Nazair Jones tinha tudo para ter um segundo ano de evolução, entretanto, pouco esteve em campo em 2018. Para o começo de 2019 é esperado para ele uma mudança de posição, de defensive tackle para defensive end.

Será que ele tem potencial para fazer essa transição?

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Bom, vamos começar falando do início dessa história. Naz Jones, na época do colegial, foi diagnosticado com CRPS, uma síndrome rara no sistema nervoso. Um certo dia aos 16 anos, Naz acordou e simplesmente não podia andar. A doença dele não tem cura, mas pode ser “administrada” com remédios e terapias.

Jones nunca abandonou o tratamento e nem seu sonho de se tornar um jogador da NFL. Foi à faculdade de North Carolina e foi draftado por Seattle em 2017, na terceira rodada, pelo seu talento e por sua força de superar adversidades, que é uma coisa que Seattle sempre valoriza nas suas escolhas.

Ele tem 6′ 5”(1.96 m) e 304 lbs (138 kg) e durante o trainning camp de 2017 apareceu muito bem, sendo nomeado por Pete como o terceiro DT do time, atrás apenas de Reed e Richardson. A temporada dele foi excelente apesar de ter terminado o ano no IR, ele teve 2 sacks, 19 tackles, 3 tackles para perda e 3 passes desviados. Começando no primeiro jogo, ele interceptou e retornou para TD, só que a jogada foi anulada por uma “falta” que ninguém viu.

Ele é um jogador que consegue manter o equilíbrio durante as jogadas e nunca desiste ou perde seus alvos da sua mira.

Ele tem um bom primeiro passo e diagnóstico de jogadas, garantindo a ele aqui um sack.

Ele faz bom diagnóstico dos passes e sempre trabalha com os braços levantados como deve ser o trabalho de um DL.

Vindo dessa boa temporada, se esperava que ele se consolidasse ao lado de Reed , mas o time trouxe Stephen e Jhonson e ficou surpreendentemente inativo em vários jogos, só esteve em campo em 9 oportunidades. Até a própria torcida levantou questionamentos sobre essa ausência.

Um torcedor em tom de brincadeira, falou: “Por acaso Nazair Jones insultou a mãe de Pete Carroll ou algo assim? Ele é bom demais para ficar fora de tantos jogos assim. Eu não consigo entender isso.” Naz respondeu no tweet, dizendo que ele deve ter tido mesmo. Bom, não sei quais problemas aconteceram no vestiário mas só algo assim que poderia explicar essa falta de jogo de Jones.

Voltando para o tema do post, no último jogo contra os Cards, Naz já atuou na posição.

Sensacional técnica para controlar dois gaps. Força e trabalho de mãos para jogar o OL para o lado que ele deseja e conseguir estar apto para chegar no RB. Essa técnica é fundamental para um dos DE de Seattle.

Depois faremos um post explicando melhor o 4-3 under, mas a responsabilidade de Naz seria 4-tech de verde, na imagem acima.

Como DE, ele continua trabalhando desviar passes, quase conseguindo o desvio.

Apesar de não ter participado efetivamente da jogada, percebam a velocidade de Jones, um DL cobrindo um WR e um RB dinâmico.

Por trabalhar muito tempo no meio da linha ele tem pouco repertório de rush moves. Ele precisa trabalhar isso, porque na NFL não dá para ganhar sempre, apenas com velocidade ou pura força.

Aqui ainda jogando como DT, ele demonstra uma excelente altura de pads, e agressividade, conseguindo parar numa jogada fundamental para equipe na redzone.

Veredito

Eu acho que ele lograria êxito na mudança, podendo funcionar de forma similar ou melhor que Jefferson ou Jackson por exemplo. No entanto num corpo tão cheio com Ansah, Collier, Green, Jefferson, Jackson, Martin, Marsh seria melhor ele voltar para DT onde tem mais experiência e menos concorrência. Já que está saudável, apesar de uma pequena lesão no joelho que o tirou dos primeiros treinos, PC não teria motivos para cortá-lo.

Go Hawks!