Playbook 55: As Formações do Futebol Americano

Com certeza você já ouviu falar de tal time na formação shotgun, ou empty formation. Bem, tentando sanar alguma dessas dúvidas, vamos tentar falar de algumas formações do futebol americano.

A lista de formações não é pequena. Existem centenas de maneiras diferentes de organizar os jogadores de uma equipe, permanecendo dentro da convenção “7 na linha de scrimmage e 4 ao menos um passo atrás”. Como sempre falamos, o futebol americano é um esporte em evolução, dessa forma, existem formações que são derivadas de outras. Vamos tentar cobrir o básico par aajudar a identificar isso.

Vamos lá!

T formation

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A formação T, uma das formações mais básicas do futebol. É a precursora da maioria das formações modernas, pois coloca o QB diretamente atrás do center com três running backs alinhados lado a lado a cerca de cinco jardas atrás do quarterback, formando a espécie de um T. Pode apresentar dois TEs (conhecidas como Power T) ou um TE e um WR. Quando o lendário técnico George Halas do Chicago Bears usou a formação T para derrotar o Washington Redskins por um placar de 73-0 no jogo do campeonato da NFL de 1940, isso marcou o fim da Single Wing em quase todos os níveis de jogo, como equipes, ao longo da década de 1940, mudou-se para formações com o quarterback “under center”, como o T. George Halas é creditado por aperfeiçoar a formação T.

Uma variação da Formação T seria onde todos os running backs estariam mais perto do que o normal, estando na profundidade do fullback ao invés da profundidade do RB (halfback). Outra variação da formação em “T balanceado” é a chamada formação em “T desequilibrado“. Nesta configuração, a linha de scrimmage tem um TE e tackle à esquerda do center, enquanto à direita do centro estão dois guards, um tackle e um TE. Isso cria uma linha com peso à direita do center. Com o backfield alinhado na formação T convencional atrás do center(QB, dois RBs e FB), a configuração resultante é “desequilibrada” devido à assimetria da colocação dos OL. O “T dividido” espalha a linha ofensiva por quase o dobro do terreno em comparação com a formação T convencional. Isso faz com que a linha defensiva também se espalhe, criando gaps que o ataque pode explorar.

I formation

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Esta já foi uma das formações mais comuns usadas em todos os níveis do futebol, embora tenha sido substituída por formações que colocam o QB na formação de Shotgun e o desuso do FB. A formação I consiste em dois halfbacks atrás do quarterback. O termo halfback é pouco usado e hoje se referimos as suas tipificações, running back ou fulback. Os dois HBs se alinham em uma linha (daí o nome da formação, já que se parece com uma letra I) ou com o fullback “offset” ou para o lado direito, ou para o esquerdo.

Singleback

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Normalmente chamada como formação “ace” ou “set back“, a formação consiste em um running back alinhado cerca de cinco jardas atrás do quarterback. O set básico singleback não emprega um fullback. Os outros jogadores que não estão na linha de scrimmage podem atuar como tight ends ou wide receivers. Esta formação é normalmente usada para um jogo de passe, mas também pode ser boa para correr, já que os defensores devem mover pelo menos um jogador para fora do meio do campo (o “box”, entre os tackles na linha ofensiva) para cobrir o wide receiver adicional ou tight end. Uma vez que um wide receiver extra é alinhado no espaço entre o tackle ou tight end e o wide receiver externo, ele é chamado de receptor de slot.

No frigir dos ovos quer dizer que tem apenas um HB, como o nome fala: SINGLE BACK. (Inglês e espanhol é FISK)

Spread formation

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Uma variação do Ace é conhecida como formação de spread. Ele utiliza quatro WRs e sem TEs. Na NFL, essa formação foi a base do ataquerun and shoot que era popular na década de 1980 com times como Detroit Lions e Houston Oilers (hoje os Titans), mas desde então caiu em desuso como filosofia ofensiva primária.

É frequentemente usado como uma formação de passe, por causa dos recebedores extras. Também faz uma formação de corrida eficaz, pois “espalha o campo” (assim como o nome diz, spread) e força a defesa a respeitar o passe, tirando assim os jogadores da área. Certos programas universitários, como a Universidade do Havaí e o Texas Tech, ainda o utilizam como formação primária.

Pro set

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Também chamada de “slpit back”, é semelhante à formação em I e tem as mesmas variações. A diferença é que os dois HBs estão divididos atrás do QB, em vez de estarem alinhadas atrás dele.

Clark Shaughnessy projetou a formação, derivando da Formação T em 1949 após adquirir o halfback Elroy “Crazy Legs” Hirsch. Shaughnessy pensou que seria um ótimo recebdor, mas já tinha dois ótimos receptores em Tom Fears e Bob Shaw. Schaughnessy moveu Hirsch para a posição de flanker atrás da extremidade direita. Assim começou o que ficou conhecido como formação de três ends.

Esta formação é mais frequentemente associada às equipes do San Francisco 49ers de Bill Walsh na década de 1980 e seu West Coast Offense. Foi também a formação favorita dos pass-happy BYU Cougars sob a gestão do lendário treinador LaVell Edwards. O Seattle Seahawks sob o comando de Mike Holmgren, cosplay de Leôncio e de Andy Reid, também favoreceu este tipo de formação com o tight end sendo geralmente substituído por um terceiro wide receiver.

Wildcat

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A wildcat é principalmente uma formação de corrida na qual um jogador atlético (geralmente um running back ou um recebedor que corre bem com a bola) recebe snap no lugar do quarterback. O snap é feito para o corredor, que geralmente tem a opção de correr ele mesmo ou passá-la para outro running back alinhado no backfield, ou quem sabe até surpreender com o passe.

Isso dá vantagem ao time porque vai ter mais um bloqueador, já que quem toma o lugar do QB é um corredor.

Shotgun

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É a formação básica e uma das mais usadas no esporte. Ao invés do QB receber o snap diretamente do pôpô do center, como acontece na “under center” ele fica afastado e recebe num lançamento para trás o snap e o RB ao seu lado.

A invenção da Shotgun é creditada a Red Hickey, treinador do San Francisco 49ers em 1960.  Historicamente, foi usado com grande sucesso como formação primária na NFL pelas equipes do Dallas Cowboys lideradas por Tom Landry nas décadas de 1970 e 1990, Buffalo Bills, comandadas por Marv Levy, que usava uma variação conhecida como K-gun. o quarterback Jim Kelly. O ataque de Shotgun tornou-se um marco em muitos ataques do futebol universitário no início dos anos 1990.

Pistol

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Este ataque é creditado a Chris Ault da Universidade de Nevada, Reno. É essencialmente uma variação de Shotgun, com o quarterback alinhado mais perto do que na Shotgunpadrão (normalmente 3 a 4 jardas atrás do center), e um running back alinhado atrás, em vez de próximo ao, QB (normalmente 3 a 4 jardas atrás quarterback).

A formação Pistol adiciona a dimensão de um jogo de corridas, com o HB em uma posição de Singleback. Isso interrompeu o tempo de algumas defesas com a maneira como o QB passa a bola para o HB. Isso também permite que os QBs menores se escondam atrás da linha ofensiva, fazendo com que os linebackers adversários e os DLs joguem de forma mais conservadora. A Pistol também pode apresentar a read option ou coisas do tipo. E adiciona um H-Back na formação, que pode ajudar a bloquear e pode também sair para receber passe.

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As formações de Pistol ganharam alguma popularidade no futebol da NCAA e, de fato, variantes desse ataque foram usadas pelos campeões nacionais BCS de 2007 e 2009, LSU e Alabama, respectivamente.

Em 2008, o coordenador ofensivo do Kansas City Chiefs, Chan Gailey, começou a usar a Pistol de forma proeminente em seu ataque e foi o primeiro time da NFL a fazê-lo. Ele trouxe a filosofia com ele para o Buffalo Bills em 2010. O San Francisco 49ers adicionou o Pistol ao seu ataque em 2012, depois que o ex-quarterback do Nevada Colin Kaepernick se tornou o titular do time. No final da década de 2010, a Pistol havia se tornado uma formação favorita de equipes que executam o ataque opção run-pass (RPO), como o Baltimore Ravens 2019 com o quarterback Lamar Jackson.

Empty backfield

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Também conhecido simplesmente como “Five-wide”, uma referência aos cinco wide receivers. Nesta formação, todos os jogadores estão perto da linha de scrimmage para atuar como recebedores, com o quarterback alinhado under center ou, mais comumente, na Shotgun. Esta é quase exclusivamente uma formação de passe, usada para espalhar o campo, muitas vezes para abrir rotas internas curtas ou rotas de screen.

A jogada de corrida mais comum dessa formação é uma jogada de QB draw no meio, já que os jogadores de defesa estão espalhados de uma linha lateral para outra. Essa formação é mais frequentemente usada em situações óbvias de passe na NFL e no futebol universitário, embora alguns times a usem com mais frequência, como a Texas Tech University e o New England Patriots em sua temporada recorde de 2007.

Goal line formation

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Também chamada de “jumbo“, “heavy“, “full house” e outros nomes semelhantes, essa formação é usada exclusivamente em situações de jardas curtas e, especialmente, perto da linha de gol. Esta formação normalmente não tem wide receivers e muitas vezes emprega 3 tight ends e 2 running backs ou, alternativamente, 2 tight ends e 3 running backs. Frequentemente, uma posição tight end ou full back é ocupada por um jogador que normalmente joga posições de linha ofensiva ou defensiva para atuar como um bloqueador extra, tal qual, George Fant fazia bastante.

O Chicago Bears de meados dos anos 1980 usaram o famoso defensive tackle William “The Refrigerator” Perry como um FB nessa formação. Na maioria dos casos, é exclusivamente uma formação de corrida, projetada para pontuar por força bruta. Alguns times têm usado com sucesso esta formação para jogadas de passe, mais famosos os New England Patriots, que usaram o linebacker Mike Vrabel (hoje técnico dos Titans) como um tight end para receber passes.

Victory Formation

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A formação de “vitória” foi criada em 1978 após The Miracle at the Meadowlands. Uma formação ofensiva especial é usada no final de um jogo, quando uma equipe está na frente e precisa apenas de gastar o tempo para vencer o jogo. A formação “ajoelhar” ou “vitória” foi desenvolvida na temporada da NFL de 1978 após The Miracle at the Meadowlands, uma jogada final fracassada em um jogo entre o New York Giants e o Philadelphia Eagles que resultou em um fumble e virada de jogo inesperada. Esta formação tem um propósito: permitir que o quarterback ajoelhe com a bola com segurança sem perder o controle, evitando que a defesa se recupere e avance a bola para a end zone. A formação apresenta vários stop-gaps no caso de o QB perder a bola: uma linha de sete homens, o QB, dois upbacks (running backs) imediatamente atrás dele, um de cada lado no caso de sofrer fumble e um jogador rápido (geralmente um wide receiver ou cornerback) vários metros atrás como último recurso no caso de a defesa se recuperar e for capaz de avançar a bola.

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Na verdade o BSBR descobriu de onde essa formação veio. Ela foi criada baseada na formação Exclamação de Atena, usada a partir da saga de Hades.

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Go Hawks!

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