Foi mais um daqueles. O típico jogo do Seattle Seahawks deu as caras mais uma vez. Dessa vez o jogo maluco da vez, foi mais uma vitória na temporada, simplesmente a terceira seguida. O triunfo 26×21 contra o New York Jets, nos deu a liderança isolada NFC West. Mas que apenas um número a mais na colunada de vitórias, o jogo em si pode ser uma perfeita representação de todos as unidades da nossa equipe.
Em um confronto tão maluco, tão folclórico e por que não, cinemático. Pessoalmente, tive a sensação de um clássico filme de Faroeste. Tivemos personagens intensos, duelos completamente frenéticos e principalmente um quadrilhão de reviravoltas surpresas. Portanto, porque não usar uma das maiores obras da sétima arte e provavelmente o melhor filme de Faroeste da história para uma crônica sobre futebol americano?
Ou melhor, Faroeste não, já que o Estado de Nova York fica no extremo Nordeste do Estados Unidos. Nosso filme na verdade foi uma aventura em Faraleste (Peço perdão pelo Neologismo). Nesse Raio-X vamos analisar a Defesa, os Times Especias e o Ataque. Também Mike Macdonal, Jay Harbaugh e Ryan Grubb. Três homens que carregam e guardam a sete chaves os segredos do Seattle Seahawks.
O bom.
A evolução da defesa já é mais que notável. Se um viajante do tempo chegasse pós-semana 8, depois da derrota arrasadora contra o Buffalo Bills por 30×10, e entregasse a informação que aquela defesa, que mais parecia um grande emaranhado de jogadores, não cederia mais de vinte pontos no tempo regulamentar, tenho certeza que todos os 12’s apenas o considerariam com um maluco. Mas entre uma série de mudanças ocorridas vamos aqui citar duas.
A primeira e mais óbvia é o time em geral, mas mais especificamente a linha ofensiva ficando saudável. Se você meu caro leitor não se recorda, no dia trinta de Setembro, na semana quatro contra o Detroit Lions, o Seattle Seahawks foi a campo no Ford Field sem: Uchena Nwosu, Boye Mafe, , Leonard Willams e Byron Murphy. Isso é sem a linha defensiva INTEIRA titular. Inclusive não tem como esquecer que o horroroso Trevis Gipson, que atualmente, nem ativo para as partidas fica.
Em segundo lugar, é importante também destar Coby Bryant. O jogador escolhido na quarta rodada do draft de 2022, veio de Cincinatti jogando como outside conerback (Do lado oposto de Sauce Gardner). Já na NFL, na temporada de calouro atuou como nickel. Depois de perder espaço no seu segundo ano, fez a transição para ser safety. Com a lesão de Rashawn Jenkins, ele assumiu a titularidade e até que vem jogando bem. Contra os Jets, ele foi fundamental na última jogada pressionado Aaron Rodgers e evitando que o QB conectasse o passe.
O mau.
https://x.com/alexcastrofilho/status/1863751416239513838/video/1
Depois de tantas lambanças como foram nesse jogo fica muito difícil defender qualquer parte da unidade dos special teams. Tudo bem, não é tão ruim assim, principalmente se considerarmos a figura de Michael Dickson, o jogador australiano está entre o melhores punters da liga, e foi muito bem no domingo, mesmo atuando com espamos na lombar, inclusive fazendo seu papel como holder no sacrifício. Mas passado o breve elogio a um jogador específico, tudo foi ruim.
A primeira coisa que salta os olhos são os fumbles de Dee Willams e Laviska Shenault em retornos de Kickoff SEGUIDOS. Sinceramente esse tem sido o ponto mais crítico da unidade desde do início da temporada. Praticamente a única jogada positiva da dupla dinânmica citada acima, foi o retorno para touchdown por Shenault no jogo contra o San Francisco 49ers, que convenhamos foi uma jogada muito mais por fisicalidade do que um bom trabalho de bloqueios. Willams por exemplo, não trouxe absoutamente nada de bom para os Seahawks nada, e até o presente momento que esse texto é escrito, o ignóbil continua empregado no Virginia Mason Athletic Center.
A coisa foi tão feia que Jaxon Smith-Njigba, aparentemente se voluntariou para retornar os chutes. Quando seu líder em jardas recebidas assume o risco de lesão para poder contribuir coletivamente, é por quê todo mundo já percebeu que isso tá em estado crítico.
O feio.
https://x.com/new_era72/status/1863614251731931174
Pessoalmente, eu acho impossível ter na língua portuguesa uma adjetivo que represente melhor o nosso ataque do que feio. Não sei se é uma sensação coletiva, mas desde da semana 1, eu sempre tive a impressão que nossos jogadores ofensivos estão fora de sintonia. São muitos snaps errados, um jogo corrido que não existe uma linha ofensiva que parece sempre mais lenta e mais fraca do que a linha defensiva adversária.
O ataque ao todo parece não ter ritmo nenhum. A unidade precisa passar por dores similares a de parto para poder avançar no campo. É sempre uma terceira decida longa, sempre é preciso um passe em uma janela super apertada, uma recepção milagrosa. No confronto contra o New York Jets foi uma quarta decida em que Geno lança uma bola longa muito pressionado e JSN vai buscar para a conversão. Não deveria ser tão difícil assim.
Os desenhos e chamadas são ruins e se a temporada acabasse hoje, gostaria de outro nome posição de coordenador ofensivo em 2025. E aproveitando sobre a parte final do Raio-X da temporada passada, meu nome ffavorito caso Grubb seja mandado embora seria o homem que foi responsável por montar o ataque que desenvolveu Josh Allen e balança no caro de treinador principal dos Giants.
Mas isso, fica pra depois, por enquanto vamos deixando a vida nos levar.