O surgimento do improvável Jacob Martin no pass rush

Seguindo as análises dos desempenhos dos nossos jogadores, hoje vamos com a escolha de sexta rodada, Jacob Martin. O jogador veio de Temple e era mais desconhecido que a escolha de sétima rodada Alex McGough, até mais difícil de se achar vídeo. Apesar de não ter feito uma grande preseason ele ganhou a chance entre os 53 finais.

O jogador de 6’2” e 240lbs, nos 4 anos que jogou em Temple, não teve temporadas com números muito vistosos. Somou 80 tackles, 18 tackles para perda de jardas, 11.5 sacks, desviou 2 passes, forçou 1 fumble, recuperou 3 e retornou 1 para TD. O time o escolheu para tentar recriar o papel de Bruce Irvin,  de jogar como SAM linebacker e nickel subrusher em alguns pacotes.

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Porém depois dos primeiros treinos, a velocidade inicial dele e sua técnica como rusher, convenceram os treinadores a colocá-lo realmente na linha defensiva. Jogou menos de 10 snaps em 4 das primeiras 5 partidas somando apenas 2 tackles. Com o passar da temporada foi melhorando sua técnica no pass rush, tendo seu papel aumentado e terminou o ano com um total de 2 fumbles forçados, 1 recuperado, 10 tackles,sacks, tackles para perda e 8 qb hits.

Vamos agora as jogadas do #59:

Aqui ele demonstra toda sua velocidade e leitura de jogo para fazer o tackle atrás da linha.

Aqui ele alinha como wide-9 techinique (alinhamento no ombro externo do TE) e mostra que sua velocidade inicial absurda, deixa o RT facilmente para trás, criando pressão e forçando Carr a ir para frente no pocket caindo nos braços do sack.

Aqui faz um stunt e quando inicia o contato com o guard Lang, fica totalmente bloqueado onde fica evidenciado a sua falta de força, entretanto quando Stafford sai do pocket  para achar alguém ele vai na perseguição mostrando que mantém sempre o QB na sua mira. No fim da jogada ele acaba cometendo uma falta ao bater o braços no capacete do QB.

Aqui ele tenta fazer um bull-rush (técnica que o DL tenta usar a força para empurrar o OL para trás), só que fica claro a sua falta de força contra OTs maiores, sendo totalmente dominado.

Contra a boa linha ofensiva dos Rams, mostra que tem um grande bend para criar pressão para Goff, depois de um swin move.

Mais uma amostra da sua velocidade e seu motor que não desliga, criando pressão e mais um sack para seus companheiros

Aqui ele consegue seu primeiro sack numa grande jogada. Primeiro ele usa a técnica de two-hand swipe move (técnica para desequilibrar o OL antes dele fazer contato com as mãos) para atacar o gap B (espaço entre o OT e o OG), depois de bater o OL, o center chega na cobertura para bloqueá-lo, então ele faz um quick spin (giro rápido) e finalmente consegue alcançar Rodgers.

Mesmo desacelerado pelo contato do TE  consegue chegar com velocidade e força, e no embate contra o RT se livra facilmente e gera pressão no pocket fazendo Cousins errar o passe.

Nesse jogo ele fez o RT ter pesadelos, bateu ele na corrida e fazendo muito bem o bend mais uma vez, conseguindo um strip sack.

Aqui podemos ver um dos pontos fracos de Martin, a falta de repertório. O OL adversário consegue firmar uma barreira na frente do DE impedindo qualquer chance de chegar ao QB.

Aqui alinha contra o bom Staley e dá trabalho com seu primeiro passo absurdo. Sua pressão mais uma vez gera um sack para seu companheiro.

Mais uma amostra da falta repertório de counter moves, movimentos para sair dos bloqueios do OL, o spin move não é bem executado.

Aqui ele dropa (não vai atrás do QB e vai para marcação) impedindo a rota de passe. Uma vez que ele não agrega tanto no combate ao jogo corrido, ele pode ser usado assim em mais oportunidades, para essas zonas mais curtas. No primeiro jogo de preseason ele fica numa rota acima da velocidade dele, e acaba resultando em TD.

Nessa jogada os Chiefs neutralizam bem sua maior força, a velocidade. Ele é desacelerado pelo bloqueio do TE e chega no RT já sem ímpeto, o que deixa o trabalho do OL bem mais fácil.

Apesar do LT após perder o contato no bend de Martin cometer um holding, Martin não desiste ou para e consegue strip sack.

Aqui o OT sela o edge e depois disso Martin não demonstra recursos para conseguir sair do bloqueio.

Resumindo, os pontos positivos de Martin ficam sendo: seu primeiro passo (burst), sua flexibilidade (bend), seu bom trabalho de mãos e pés junto com seu motor que não desliga. Como negativos temos sua falta de repertório para sair dos bloqueios, ele tem o swipe-and-rip (o DL “dá um soco para o alto” para conseguir se desvencilhar do OL) como sua marca registrada, mas quando não dá certo ele fica em apuros. Além disso temos também sua ineficácia no combate ao jogo corrido, devido a um pouco da sua falta de força, que também o impede de sair do embate contra alguns OTs mais fortes. O que o torna um jogador situacional para jogadas de passe e não um jogador para todos os downs.

Como escolha de sexta rodada, se pagou tranquilamente, porém para a próxima temporada deve trabalhar para ganhar um pouco mais de peso (sem que perca sua velocidade e aceleração, é claro!) e aumentar seu repertório/execução de técnicas. Na rotação com Green, Jefferson, Jackson e Jordan mostra-se um jogador útil,  apesar de não ser o grande nome que o time precisa para jogar do lado oposto a Clark. Vamos aguardar se Martin dará o próximo passo na sua carreira.

Go Hawks!

2 Replies to “O surgimento do improvável Jacob Martin no pass rush”

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