Raio-X: Como Seattle tem se saído na sétima e oitava rodada?

Bom, já fizemos um post analisando os erros de PC/JS nas primeiras rodadas do draft. Não que isso tire o prestígio de JS, pelo fato das mágicas que ele já conseguiu em trocas e em achados no sétimo e oitavo round. “Mas o draft não tem apenas sete?!”, sim, sim, pequeno gafanhoto, mas o draft  não acaba quando termina (por mais fora de lógica que isso seja).  Após a última escolha do sétimo round, começa o trabalho forte para recrutar os undrafted free agents.

Raio-X: Como Seattle tem errado no uso da sua primeira rodada?

Poucos times tem a “sorte”/competência de achar esses valores no pós draft. Vamos dar uma olhada nessa análise, ano a ano.

2011

Primeiro ano da era PCJ/S e o time traz na sétima rodada, Malcom Smith (LB), que posteriormente se tornaria MVP do SB que conquistamos.

https://twitter.com/i/status/1204925842041774080

Indo para os UDFAs o time traz dois jogadores que não desequilibraram, mas era bem úteis no elenco, o SAM LB Mike Morgan e o o safety Ron Parker, que acabou se achando quando chegou aos Chiefs. E para fechar com chave de ouro, traz um jogador bem discreto de Stanford, Doug Baldwin, que quando assumiu a camisa 89, se tornou um dos melhores WR que a franquia já teve e um dos melhores slots da história. Além deles o grande jogador de times especiais e que teve boa participação em momentos importantes, mas que infelizmente uma grave lesão o tirou de campo, o WR Ricardo Lockette.

https://twitter.com/i/status/1074427653912879106

Doug Baldwin, o recebedor que mudou a arte do route running, vai deixar saudades!

2012

Na sétima rodada, o time escolhe um projeto para Tom Cable. Após o combine o time conversou com ele e escolheu J.R. Sweezy, que era DT no college para jogar como OG. Ele fez parte da boa linha ofensiva que levou o time ao SB, pelo custo de uma simples sétima rodada. Após o fim do draft o time trouxe o último bom fullback que tivemos, Derrick Coleman e o WR Jermanie Kearse, cria de Washington. Ambos bons jogadores, principalmente Kearse, que formava uma bela dupla com Baldwin.

https://twitter.com/i/status/953692235312304129

Teremos uma linha ofensiva de respeito novamente? Parte 1 – (2012)

Além de Kearse, a equipe trouxe também Deshawn Shead. Um defensive back que jogou em todas as posições da secundária e apesar de não ser fantástico foi um dos jogadores mais úteis que Seattle já teve em seu elenco.

A volta de um integrante da Legion of Boom, Deshawn Shead

2014

Ano sem destaques na sétima rodada. Mas trouxemos  mais um projeto, o TE de Penn State,  Garry Gilliam. O time escolheu o jogador e o tornou RT, foi útil enquanto as lesões permitiram. Além disso é dono da icônica recepção do fake field goal no jogo contra os Packers.

https://twitter.com/i/status/1063182925435494401

2015

Outro ano sem destaques na sétima rodada, mas trazendo um bom corredor no UDFA. Thomas Rawls, veio com o estilo agressivo de corrida que o time de Seattle gosta. Teve 830 jardas e 4 TDs, foi muito importante com Lynch, tendo alguns problemas de lesão. Chegando até ter jogo com mais de 200 jardas, coisa que não acontecia desde a Shaun Alexander. Infelizmente as lesões atrapalharam o resto da carreira de Rawls.

https://twitter.com/i/status/668776987989815296

Quem vai ficar com a vaga de Penny?

2016

Mais um ano sem destaque no fim do draft, mas com duas boas adições. A primeira, mais um projeto de Cable. George Fant de Western Kentucky. Ele era jogador de basquete, até que no último ano decidiu tentar jogar futebol americano. Alinhando como TE para pode se tornar elegível par ao draft. Ele não foi draftado mas o time o transformou em LT. Tendo em vista o pouquíssimo conhecimento da posição, ele foi bem, inclusive batendo o titular no meio da temporada. Depois com a chegada de Solari, se transformou num sexto jogador de linha e as vezes sai para fazer recepções.

https://twitter.com/i/status/1207031861181992962

Outro jogador foi Tanner McEvoy, um coringa. Tinha uma capacidade atlética e altura muito boas. Em Wisconsin tinha jogada de QB, safety e WR. Depois de muito pensar o time o colocou como WR.

George Fant pode ser uma resposta a longo prazo para RT?

https://twitter.com/i/status/901277779878043648

É outro que também fez algumas graçolas com a bola nas mãos.

https://twitter.com/i/status/877224957171949570

2017

Aqui o contrário. Não tivemos um nome no UDFA, mas o time foi bem no último round. Escolheu David Moore da desconhecida East Central e Chris Carson faltando apenas 5 escolhas para o draft acabar. Isso gerou um WR que já mostrou bom potencial, apesar de oscilar demais.

https://twitter.com/i/status/1049068647354789888

Benjamin Moore ou David Button: Por que o declínio da quantidade de recepções do WR na temporada passada?

E o RB1 da franquia, que na temporada de novato, já havia desbancado Lacy e Rawls, veteranos e só não fez mais, por conta da sua lesão. Vindo saudável tem duas temporadas para mais de mil jardas.

https://twitter.com/i/status/1074446775434571777

Chris Carson, um dos responsáveis pelo ressurgimento do jogo corrido em Seattle

2018

Aqui o time troca uma sétima rodada (ele jogou em 2017 e 2018, mas a escolha usada foi a de 2018, por isso está listado aqui) por Justin Coleman, que se torna um dos melhores nickels da liga. Um achado para um jogador UDFA, que nunca apareceu muito na defesa poderosa de New England. Teve 3 INTs, duas picks six, 1 fumble forçado, 1 fumble retronado para TD e 19 passes desviados.

https://twitter.com/i/status/945071583177175040

Além disso, foi nessa classe que trouxemos o último grande UDFA, Poona Ford. Jogador absurdamente subestimado. Não foi convidado para Senior Bowl, apenas depois de jogar muito bem no East West, que ele foi “promovido”. Ainda assim, não foi chamado para o combine e acabou sendo a primeira ligação que Seattle fez para convidar para o UDFA. Subestimado pelo tamanho, mas com uma velocidade invejável, ele se consolidou como força no combate ao jogo corrido.

Rasodraft #2 – Porque o Senior Bowl é tão importante para Seattle?

https://twitter.com/i/status/1207369484685721600

A lenda de Poona Ford cresce em Seattle

Conheça Poona Ford, um dos rookies mais subestimados dessa classe

2019

Seattle traz na única escolha de sétimo round em Ursua, que não chegou a ter 5 snaps jogados durante o ano. O time com a falta de alguém próprio par ao slot poderia ter ao menos apostado no jogador, mas não foi o que aconteceu. Teremos que esperar, para ver o que pode acontecer com o líder de TDs da FBS no seu ano.

https://twitter.com/i/status/1163836660838092801

Ursua e Homer empolgaram a torcida na preseason

Ursua conseguirá provar seu valor no slot?

2020

A do nosso próximo ano,  já foi investida. O time enviou uma sétima rodada novamente para os Patriots, para conseguir outro titular (deja vu?!). O time traz Hollister que sofreu com lesões no começo da carreira, que impediram o jogador de desempenhar seu papel. Ele não é um TE bloqueador ou muito atlético. Mas sua capacidade de correr rotas é melhor que a de muitos recebedores. O jogador chegou em Seattle e conseguiu se transformar num dos alvos de desafogo de Wilson, criando boa sinergia com o QB.

O versátil Jacob Hollister pode fazer muito mais do que imaginam

https://twitter.com/i/status/1194095309149933569

Se vocês compararem os jogadores que aproveitamos da primeira rodada, para os escolhidos fim do draft irão ver um aproveitamento muito maior. Talentos brutos transformados em grandes jogadores. Nesse ponto, temos que bater palmas para JS pela escolha e a PC por moldar esses jogadores.

Quem traremos esse ano? Torcedor de Seattle sabe que tem que olhar bem para essas escolhas de fim de draft, que já nos ajudaram MUITO.

Go Hawks!

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