Após escolher Brooks, que ficou longe de agradar a maioria dos torcedores, Seattle seleciona o EDGE de Tennessee, Darrell Taylor. Ao menos o time foi numa necessidade enorme, uma vez que ficou entre os piores da liga no ano passado, na defesa em geral, mas principalmente no quesito pressionar o QB.
Mais um reach e uma análise do dia 1 do Draft 2020!
Por que Seattle escolheu o Jordyn Brooks?
O jogador tem 6’4″/267lbs, 33″ de braço e foi o defensor mais bem avaliado em 2019 na conferência SEC. Teve em sua carreira 118 tackles, 26.5 para perda de jardas, 19.5 sacks, 7 passes desviados e 6 fumbles forçados. Na entrevista pós draft disse que quer ser o melhor novato pass rusher da liga em 2020.
Se você gosta de surpestição, Seattle subiu no dia 2, 4 vezes na era JS/PC. A primeira subiu no terceiro round para pegar o Tyler Lockett em 2015. Na segunda, subiu no segundo round para pegar o Jarran Reed em 2016. Ano passado voltamos para a segunda rodada para garantir nosso monstro D.K. Metcalf. E agora, subimos para pegar Taylor na primeira parte do segundo round de 2020.
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Segundo Pete Carroll, o time pensou em pegar Taylor na primeira rodada e achou que havia perdido a chance. Tentaram de várias formas subir e conseguiram com os Jets. Ele foi selecionado para o Senior Bowl, mas só não jogou porque tinha uma lesão de fratura por stress na canela. Com bem sabemos Pete e John adoram jogadores do Senior Bowl e com certeza devem ter conversado com ele.
Taylor esperou a temporada acabar para fazer uma cirurgia para reparar a lesão, Seattle foi um dos poucos times que conseguiu avaliá-lo clinicamente. Talvez por isso, fosse o que estivesse mais alto nesse jogador, uma vez que tivemos um draft marcado por jogadores bons caindo por questões médicas. Mesmo com a lesão durante todo 2020, Taylor jogou 13 jogos em 2019, conseguindo 7 sacks, 44 pressões e 34 apressamentos.
Vamos a sua análise
Qual papel ele terá?
Taylor em 2020
Seattle trouxe Benson Mayowa e Bruce Irvin nessa FA, para ajudar a sanar o problema de edge da equipe. Ele é um cara disicplinado e que defende bem o jogo corrido, principalmente quando está do lado contrário da jogada usando sua explosão, podendo assim jogar em descidas iniciais. Com esse papel ele pode ter a chance de lutar por uma função mais específica de pass rusher. Isso porque, Irvin deve ter número reduzidos de snaps e Mayowa vem de sua melhor temporada, mas também jogando poucos snaps. Bater Collier nessa disputa não seria muito difícil.
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Se ele manter o que fazia no college ele vai ser no mínimo um jogador OK no pass rusher, ajudando bastante na rotação. Isso já seria bem mais do que os outros da posição como Collier, que luta para ficar ativo nos jogos e Jackson que é mais fácil de enganar do que torcedor dos Patriots pensando que a dinastia não acabou.
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Taylor no futuro
Com a capacidade atlética que tem, ele pode aprender bastante principalmente com Irvin. Isto porque, é projetado para ele se tornar o próximo LEO da franquia. Essa posição ficou famosa com Irvin que teve grande destaque. Quando perguntado sobre isso, Carroll falou:“Ele é exatamente isso. Ele se encaixa perfeitamente nesse estilo. … Nós pensamos que ele era um cara que pode abrir o pocket para nós”.
Qual papel Irvin terá em 2020?
Para entender mais o papel do LEO, leia o texto acima sobre Irvin. Com o físico e velocidade ele é perfeito para função, falta apenas resolver seu problema de timing que falaremos mais a frente. Outra comparação que se faz, é com Frank Clark.
- Frank: 6’3″/271lbs, 34 3/8″ de braço, 4.5 sacks, 13.5 TFL em 10 jogos;
- Darrell Taylor: 6’4″/267lbs, 33″ de braço, 8.5 sacks, 10.0 TFL em 13 jogos;
Esse pode ser o teto que ele possa atingir se for dedicado e disciplinado na liga. Se ele alcançar esse potencial vai ser a peça que precisamos. Outra similaridade com Clark, ele saiu na mão com um parceiro no treino e foi suspenso por dar um chute no rosto do coleguinha. Para quem não lembra em um dos trainning camps tivemos um Ifedi x Clark.
Características
Capacidade Atlética
Por conta da lesão na canela que falamos acima, ele não pode participar do combine. Então não temos como “mensurar” seu atleticismo. Mas fisicamente seus 6’4 e 267lb, mais os 33 de braço se encaixam no biotipo que o time procura.
Darrell Taylor com muita explosão pic.twitter.com/btGJqpf2VH
— Blog do Seahawks Brasil (Cortes) (@blogcortes) April 27, 2020
Apesar de errar o tackle (que inclusive é algo que ele precisa melhorar), ele é deixado livre no lado contrário da jogada (backside) e explode para cima do RB, com muita velocidade. Como dissemos, o tackle não foi perfeito, mas foco no processo, não no resultado.
Darrell Taylor deixado sem bloqueio não é uma boa ideia, muita explosão pic.twitter.com/VqNbKfLvTJ
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Vendo essa jogada eu só me lembro do Everaldo Marques falando: “Sem tempo irmão!”. O TE faz um bloqueio fraco e Taylor dispara, acabando com a jogada de Georgia.
Darrell Taylor no topo da tela com um impacto inicial muito forte pic.twitter.com/ZC2mRBHd6s
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Ele consegue transformar bem sua velocidade em força, algo que é muito necessário na NFL.
Darrell Taylor com um baita impacto inicial pic.twitter.com/yee51SNqN3
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Isaiah WIlson é uma jamanta. O punch incial de Taylor faz ele perder o equilíbrio.
Darrell Taylor conseguindo infiltrar trabalhando apenas com um braço em cima OT pic.twitter.com/j9wlnZi1M3
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Aqui sua flexibilidade e mobilidade lateral. Deixa um braço apenas bloqueando o OT e consegue fazer o sack em Fromm.
Darrell Taylor e seu belo primeiro passe pic.twitter.com/GasWz9ZHTC
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Nesse lance vem como wide-9 que é onde penso que deva ser bastante utilizado. Wilson não consegue em nenhum momento chegar numa distância para bloqueá-lo e ele consegue vencer na velocidade pura. Detalhe para o fumble que ele força.
Bend
Para quem não é acostumado com o termo, bend se refere a capacidade do jogador dobrar a esquina do OT e ir para cima do QB. É uma das características fundamentais para um bom pass rusher. Ele ainda precisa melhorar e refinar um pouco o bend mas para começo de carreira já conseguiria um certo impacto.
Darrell Taylor com um bend incrível pic.twitter.com/5LVdShajJO
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Ele consegue proteger o seu peito, impedindo que o OT consiga controlá-lo e vai basicamente em linha reta para cima do QB. Excelente jogada!
Darrell Taylor com rip move pic.twitter.com/hPqvSqMSNJ
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Nesse lance ele faz um swipe e rip move para fugir do TE e quase não muda de direção com o bloqueio. Mais um strip-sack(quando o jogador faz o sack e força o fumble) para ele.
Defendendo a Corrida
Um bom ponto para atentarmos, visto que deve ser onde ele vai contribuir primariamente no começo de sua carreira. Precisa de um refino em sua técnica de combate ao jogo corrido, que é muito físico, mas ele tem totais condições de ir bem nesse ponto.
Darrell Taylor setando bem o edge e forçando o RB a vir por dentro pic.twitter.com/bf6AX8DTJ0
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Aqui é o que ele faz de melhor no jogo corrido. Ele sela o edge, a ponta da linha ofensiva, forçando o RB a ter que fazer o corte. Isso é justamente sua função e ele a faz com brilhantismo. Uma ressalva é que muitas vezes ele se contenta em apenas selar o edge. Se após tomar essa posição ele forçar o OL para dentro do pocket pode causar mais problemas. Não sei se é falta de técnica, entendimento de jogo ou até mesmo certa preguiça.
Darrell Taylor muito bem defendendo a corrida pic.twitter.com/5KZa5xioMt
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Um dos melhores lances dele contra a corrida. Percebam que o POA, para onde a corrida se destina, era onde Taylor estava. Nesse lance sim ele força o OL para dentro e isso faz com que o RB tenha que ir para sua segunda leitura e não consiga um bom avanço. Precisa fazer mais disso Taylor! Mais shedding block!!
Darrell Taylor defendendo a corrida pic.twitter.com/mC2SdxXqrD
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Sua agressividade e explosão para um tackle para perda de jardas. Se os adversários abrirem o gap assim para ele, vai ser fatal.
Darrell Taylor defendendo a corrida pic.twitter.com/GcJnAq1NUG
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O jogador da DL pode trabalhar em 1-gap, quando ele ataca um espaço. Ou então como 2-gap quando ele controla o jogador e daí pode atacar ambos os lados, dependendo de como a corrida se desenvolva. Ele tem controle total do TE aqui, quando percebe que forçou o RB a vir por dentro ele se desengaja e faz o tackle. Muito importante esse trabalho de 2-gap para a defesa de Seattle.
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Pass Rush
Ele tem uma porcentagem de vitória no pass rush de (18.6%) que é um número bom. Ele precisa desenvolver mais seu repertório de moves. Ele consegue ganhar de três formas. Por dentro, normalmente usando um swin move para atacar o guard. Por fora, usando seu bend e rip move. E por fim, usando o bull rush em cima do próprio jogador da OL.
Playbook 07 – Técnicas de pass rusher
Darrell Taylor com o swin move pic.twitter.com/mnFAd6J58V
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Aqui temos um exemplo dele atacando o OG com swin move. Passa como se não tivesse ninguém bloqueando ele. Queria ver ele em mais oportunidades assim, para avaliar seu potencial em stunts coisa que pouco foi pedido no college.
Darrell Taylor e o inside move pic.twitter.com/ltIhBU8w3N
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Aqui ele usa uma finta de cabeça para simular que iria por fora e quando o OT abre demais o espaço ele ataca com tudo por dentro.
Darrell Taylor e sua insistência… pic.twitter.com/7K9Akt3cd9
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Eis aqui um de seus problemas. Ele insiste demais em coisas que não dão certo. Parece que não tem um plano B. Ele tenta vencer na força, não consegue e basicamente a jogada acabou para ele.
Darrell Taylor falta de repertório e insistência no que não está dando certo… pic.twitter.com/dOEHYQmuwl
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Vemos isso mais uma vez aqui e ainda com a ressalva que ele tenta vencer um cara de 350lbs na força pura. Precisa aprender a “resetar” o trabalho com as mãos e começar de novo. Falta instinto.
Darrell Taylor precisa refinar seu plano de counter moves pic.twitter.com/evHJNbF8nx
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Se ele usa um swipe move no começo teria mais condições de vencer aqui. Eu sempre digo, um DE precisa ter um plano montado. “Vou usar o movimento X, se não funcionar o Y”. Ele não consegue perceber as oportunidades a sua frente e fica muito preso a usar apenas o rip move.
Darrell Taylor com um bull rush inefetivo pic.twitter.com/hElXuBN1Id
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Outra técnica que ele precisa melhorar é seu bull rush que poderia encaixar bem com seus braços longos e velocidade. Mas as vezes parece que falta perna para ele.
Timing
Espero que esse tenha sido um dos pontos que Carroll tenha em mente. Ele sofre demais com isso e acaba fazendo com que sua explosão física perca o valor algumas vezes. Ele demora para se decidir no que fazer e demora muito o no ato de sair da sua postura pós snap, o que dá chance para o OL se preparar. Quando ele acerta as coisas complicam muito para seu adversário.
Darrell Taylor precisa melhorar seu timing pic.twitter.com/kMtg7FzOGa
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Muita demora na hora de decidir o que fazer permite ao QB conseguir lançar a bola.
Veredito
Eu gostei do jogador. Tem potencial e pode alcançar um bom teto de produção. Estou curioso para o quando ele vai produzir esse ano. Eu tinha ele como nota de segunda metade de terceira rodada. PC e JS disseram que muitos times tinham ele como primeira e só não pegaram pela questão da cirurgia que falamos antes. Eu aceitaria ele fim de segundo round na 59. Teria sido bom, o grande problema para mim, não foi a escolha no segundo, mas sim subir para pegá-lo, uma vez que era bem provável que ele estaria disponível na 59. Além disso foi gasto uma TERCEIRA rodada para subir e mais nada em troca foi recebido. Alguns times usaram apenas uma terceira para voltar para primeira rodada, achei que ficou cara e acabou “manchando” um pouco a avaliação da escolha em si.
Go Hawks!
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