Normalmente o time de Seattle sempre é criticado por suas escolhas de primeira rodada. No entanto, essa “maldição” (que na verdade é incompetência) se estende para nossas primeiras escolhas, uma vez que em alguns anos elas aconteceram na segunda rodada. A última delas, não poderia ser diferente, e foi mais uma decepção no seu primeiro ano, o WR Dee Eskridge.
D’Wayne Eskridge foi a pedida de Shane Waldron no Draft?
Vamos entender o contexto de Eskridge!
O histórico das primeiras escolhas
Para você que acompanha a pouco tempo ou que não tem a melhor das memórias, vamos lembrar aqui as escolhas desde 2013.
2.62 – RB, Christine Michael:
Reza lenda que quando ele teve seu primeiro filho não deixaram ele segurar com medo que ele pudesse sofrer um fumble com a criança. Ele teve poucos snaps e foi trocado dois anos depois para os Cowboys por uma SÉTIMA CONDICIONAL, tamanho seu talento. Depois de Cowboys ele passou pelos Redskins, voltou para os Seahawks, Packers e Colts.
Ele assinou com o St Louis Battlehawks da XFL, draftado na primeira rodada. Jogou em todos os 5 jogos, ele teve 59 corridas para 178 jardas e um touchdown.
2.45 – WR, Paul Richardson:
Um recebedor dinâmico de Colorado, que seria uma boa aposta. Mas seu grande adversário foi ele mesmo. Nos seus 4 primeiros anos ele não conseguiu ficar saudável até seu último ano. Inclusive, no segundo ano ficou a temporada inteira fora de campo. Com os números que conseguiu no seu último ano fez com que Washington lhe dessem um baita contrato. Teve os mesmo problemas de lesões lá e depois foi cortado antes do fim do contrato.
Paul Richardson pode ser o prêmio de consolação, sem Gordon?
2.63 – DE, Frank Clark:
Sem muito a explicar aqui, foi o ponto fora da curva. Um jogador que seria de primeira rodada mas tinha MUITOS problemas extracampo e Seattle deu uma chance. Depois foi trocado pelos Chiefs e nos rendeu uma primeira rodada.
1.31 – OT, Germain Ifedi:
Seattle apostou num cara atlético vindo do college, numa posição que precisavam. O problema é que vinha com várias redflags e que nunca foram consertadas por Tom Cable e Mike Solari. O time não apostou no quinto ano e agora ele está tentando a vida nos Bears.
Seattle acertou em não exercer o direito de quinto ano em Ifedi?
2.35 – DT, Malik McDowell:
Jogador de muito potencial, mas que havia dúvidas se queria viver de futebol americano. Ele tem o mesmo número de snaps como um Seahawk que eu porque se envolveu num acidente de carro pós draft. Ele foi cortado e os Browns lhe deram uma outra chance nessa temporada, ele jogou bem, mas foi preso novamente no fim da temporada.
1. 27 – RB, Rashaad Penny:
Escolha que decepcionou muitos e só veio produzir na última metade do seu último ano de contrato de novato. Não iremos falar muito sobre ele porque teremos mais textos sobre o RB.
1.29 – DE, L.J. Collier:
A única coisa boa da escolha de Collier foi ter trocado para baixo e conseguido alguma pick ao menos.
1.27 – LB, Jordyn Brooks:
Hoje vem se destacando, mas foi um chute no escuro que acabou dando certo. Mas lembrando que quando você escolhe na primeira rodada você não deveria ficar surpreso pelo fato do jogador ir bem.
2.56 – WR, Dee Eskridge:
O estudo de caso desse texto.
Lesão foi um problema
Depois de lesões na preseason, ele veio para o jogo 1 com muita esperança. Contra os Colts ele teve 1 alvo, 1 recepção, 6 jardas e 2 corridas para 22 jardas. Parecia que ele se encaixaria no esquema novo de Shane Waldron, mas ele sofreu uma concussão que o fez ter até problemas de visão. Ele só voltou na semana 10. Teve muita incompetência dele no ano, mas o fato de ter sofrido uma lesão que lhe tirou tanto tempo de campo complica demais.
Ele não se tornou o WR que se esperava
Ninguém conhecia D’Wayne até seu desempenho incrível nos TREINOS do Senior Bowl. Isso mesmo, depois de conseguir um desempenho para que emocionados o colocassem na primeira rodada e o comparassem a T. Hill, ele desistiu de jogar o Senior Bowl para não derrubar seu stock.
Senior Bowl e East-West Shrine Game na história de Seattle
Na sua temporada de calouro ele teve 10 jogos, 20 targets, 10 recepções, 64 jardas, 1 TD, além de 4 corridas e 59 jardas. 2 jogos sem alvos, coincidentemente os dois jogos contra Arizona. 3 jogos com 0 jardas recebidas ou menos, Texans, Rams e Packers (teve -4 nesse jogo). Nunca teve mais do que 4 alvos em uma partida.
Ele chegou para se tornar o WR3 do time, mas nem teve chance disso com Freddie Swain tendo números absurdamente melhores que os dele. A título de comparação, vamos aos números de Penny Hart. O que deveria ser o W5 do time, esteve nos 17 jogos, 12 alvos, 7 recepções, 62 jardas. Em alguns jogos foi preferido no lugar do novato.
O teto não é encorajador
Seattle escolheu um cara que passou pelas posições de CB e RB e já tem 24 anos. O Rasheem Green que foi para seu último ano de contrato com Seattle tem a mesma idade de um novato. Ele ganhava muitas de suas jardas com velocidade e na NFL era de se esperar que ele não tivesse o mesmo sucesso.
Essa é a questão de pegar um jogador mais velho e com teto baixo. Ele deveria estar se esforçando mais que os outros. É óbvio que não foi culpa dele não converter uma terceira para quatorze. O problema é não saber o playbook e levar uma bronca do DK.
Um drop displicente e faltou inteligência de jogo novamente. O passe foi para trás o que configuraria fumble, e ele demorou muito tempo para ir atrás da bola quase cedendo um turnover por conta do seu drop.
Ele está numa marcação individual contra um EDGE, o Leonard Floyd, um jogador muito mais pesado do que um WR. É uma prova de como ele não tem um bom release e no espaço curto sua velocidade não faz mais diferença.
O passe foi ruim, mas perceba que em nenhum momento ele conseguiu separação. Ao que parece, o desenho da jogada era esperado que ele batesse em velocidade o CB, o que não acontece, pela sua inabilidade de criar separação.
O que Artie Burns pode oferecer a Seattle?
O que pode dar esperança
Outro fato que pode ser benção ou maldição é o esquema. O plano de jogo de Waldron maximizaria suas jardas. Se acontecesse de perdemos o OC ou ir numa outra direção, o jogador perderia ainda mais valor. E esse é só mais um motivo para carimbar o passaporte para incompetência de não ter escolhido o Creed Humphrey.
Um recebedor que sai do backfield é uma das coisas mais difíceis para as defesas defenderem, pois os força a colocar um CB no box (o que é improvável) ou marcar o recebedor com um linebacker ou safety. Vemos as mentes ofensivas mais criativas da liga usando isso com alguma regularidade – Sean McVay utilizando Kupp dessa maneira e Kyle Shanahan usando Deebo Samuel e Brandon Aiyuk.
Obviamente, Eskridge não é tão bom quanto Cooper Kupp, mas para que esse estilo de jogo seja eficaz, ele não precisa ser. Se o recebedor “X”, que provavelmente seria Metcalf na jogada, fizer um bom trabalho ao eliminar os defensores e Eskridge fizer o suficiente para ameaçar a rota de double no final da jogada, é extremamente difícil para qualquer defensor impedir.
Aqui ele usa seu background como RB para conquistar jardas carregando a bola.
Excelente trabalho da nossa OL no jogo corrido. Ele lê bem os bloqueios e baixa a cabeça para conseguir mais jardas. Por pouco não consegue chegar a endzone.
Rotas cruzando o campo devem lhe ajudar mais, enfrentando safeties e LBs. As rotas verticais ou o cara é muito rápido como DK, ou muito técnico como Lockett.
Mais uma vez ele impressiona pós a recepção do que correndo a rota. Seattle precisa que ele saia do campo e ele arrisca, quebra um tackle para conseguir um pouco mais de jardas.
Novamente sem grande destaque correndo a rota, mas ávido por ganhar jardas no contato.
https://twitter.com/i/status/1471186500951883776
Ele é ao menos um jogador voluntarioso.
Mesmo que as vezes disposição apenas, não vá adiantar.
O que esperar para 2022?
Depende muito do quanto ele vai se esforçar para aprender o playbook e se dedicar nos treinos. Além disso, o quanto o OC vai envolver o esquema para ajudá-lo. Seattle tem 2 recebedores estabelecidos, Swain que está a sua frente e deve trazer mais um nome via draft/free agency. Se ele não se cuidar, pode acabar virando um Christine Michael dos recebedores.
Go Hawks!
[…] Dee Eskridge segue a sina das primeiras escolhas de Seattle […]
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