Finalmente teremos um front-seven a ser temido?

Desde 2018, os Seahawks não tem um jogador que chegue aos 10 sacks. Em 2019 o nosso líder de sacks foi Rasheem Green com míseros 4 sacks. Ano passado por exemplo, Chandler Jones chegou nessa marca em apenas um jogo contra os Titans. Em 2020, Jarran Reed conseguiu 6.5 sacks para liderar o time e ano passado, o veterano Carlos Dunlap conseguiu 8.5 dos quais OITO vieram da semana 12 para frente.

2022 OFFSEASON TRACKER

O time evoluiu no jogo corrido nos dois últimos anos, mas ao preço de ser ineficaz gerando pressão. O interior da linha principalmente tem sido decepcionante. Al Woods e Poona Ford foram muito bem contra o jogo corrido, mas somados na temporada passada não chegaram a 4 sacks.

Quando isso acontece, o fato de sermos inertes por dentro da linha, faz com que treinadores bons que venham nos enfrentar coloquem mais proteção pelas pontas da linha. Isso faz a responsabilidade da pressão ficar só com os EDGEs e estes serem bem marcados por double-team.

A saída de Ken Norton Jr aconteceu, e agora?

Com a chegada de Clint Hurtt, um treinador de linha defensiva, devemos ver uma ênfase maior nesse setor. E em tese, já sabemos o que de bom ele pode oferecer, como a técnica de mãos para o jogo corrido, mas em questão de pressão ao QB, ele junto com KNJ era um dos responsáveis por tanta monotonia da DL.

Seattle contrata um novo RB e o novo DC dá sua primeira entrevista

Fizemos algumas contratações e reforçamos o setor no draft. O que podemos esperar para esse ano?

Vamos lá!

Playbook 29 – O que é essa tal de Gap/Technique?

Nose Tackles: Al Woods, Bryan Mone

Como dito anteriormente, no quesito jogo corrido, temos desempenhado bem. E essa é a principal função do nose-tackle, parar o jogo corrido e absorver bloqueios duplos para liberar os companheiros. Al Woods apesar de veterano foi um dos melhores nessa função na temporada passada.

Muito agressivo deu trabalho para os OLs no jogo corrido, ainda que tenha cometido algumas faltas. Ele foi mencionado como um bom líder para os mais jovens e foi um dos poucos do setor a ser renovado. Talvez Hurtt pense nele como um auxiliar dentro de campo com um time que vai ser montado para o futuro.

Bryan Mone, seu reserva imediato, teve um ano mais em baixa do que o anterior, mas na função básica, fez seu papel.

3-Tech: Poona Ford, Quinton Jefferson

A função responsável por pressionar no miolo da linha. Ford teve um ano bom em 2020, mas não teve o salto de qualidade esperado para ele em 2021, no quesito pass rush. Ele tem um dos cap hits mais altos dessa linha para 2022. Vai precisar saber se ele dará o salto para se pensar nele como um futuro 3T, ou retrocederá para NT, onde normalmente se ganha menos dinheiro.

Poona Ford, ganha mais espaço dentro da DL!

Tentando melhorar nesse quesito, o time trouxe um velho conhecido, QJeff. O jogador logrou êxito naquela temporada de 2018 e tem versatilidade jogando como 3-tech e como big end. Isso lhe rendeu um bom contrato com os Bills, mas não foi bem por lá, sendo cortado e tendo sua carreira reacendida nos Raiders.

O que Quinton Jefferson pode adicionar a defesa?

Provavelmente Jefferson vai ser mais produtivo no pass rush dentre os nomes disponíveis. É mais um dos homens de confiança de Hurtt, que ele deve usar para ajudar os mais jovens.

Big End: Shelby Harris, L.J. Collier, Jarrod Hewitt

Essa é uma função de um híbrido de DE e DT. Acredito que ou Harris fará esse papel, ou QJeff e daí inverteríamos as funções. Harris é mais um veterano que tem habilidade para liderar os jovens. Ele vem de uma temporada de 6 sacks e 7 tackles para perda de jardas, num papel similar ao que ele deve fazer em Seattle.

Finalmente Collier tem treinado como DT. Ele não vai virar um bom jogador, mas deve ser mais útil por dentro ao menos. Nos primeiros treinos dos OTAs ele ficou com o grupo de DTs.

O motivo da evolução de L.J. Collier

Por último temos Jarrod Hewitt que corre por fora. Ele era DT no college mas tinha certos problemas no jogo corrido. Jogou como big-end na preseason passada e conseguiu 2 sacks. Passou todo o ano no pratice squad, não é para se encher de esperança, mas se for para arriscar numa surpresa, seria ele.

LEO Rusher: Darrell Taylor, Boye Mafe, Alton Robinson

Playbook 28 – Jack, Leo, Mike, Will e Sam, quem são esses caras na defesa?

Taylor teve um bom segundo ano. Com mais rotação de qualidade ao seu redor, e pacotes mais criativos ele pode repetir os bons números de 2021 e quem sabe melhorá-los. Boye Mafe vem do draft com um primeiro passo incrível e mãos poderosas. Esse é o tipo de explosão que precisamos na linha

Boye Mafe conseguirá elevar o pass rush de Seattle?

Com dois nomes potencialmente bons para serem titulares o time ainda tem o subestimado Alton Robinson. Eu ainda tenho a sensação que Seattle o envolverá numa troca ao estilo Jacob Martin, onde no novo time ele será melhor usado e florescerá.. Como ele é um pouco mais pesado que Taylor e Mafe, ele não teria a versatilidade de jogar como SAM.

No jogo contra os Raiders na preseason passada ele ficou contra um WR num 1v1 e não foi uma coisa bonita de se ver. Precisa ter mais chances e pode ser uma peça ativa no pass e no jogo corrido.

Análise Seattle Seahawks 7 x 20 Las Vegas Raiders

SAM: Uchenna Nwosu, Tyreke Smith, Aaron Donkor

Nwosu foi uma das contratações de FA mais caras da era PC/JS. Jogador de muito potencial e ainda jovem. Uma baita peça para jogar no 3-4, pode fazer a função de LEO. No entanto, ele tem mais habilidade dropando em marcações do que Taylor e Mafe. Foi uma das minhas contratações preferidas, pode dar muito certo no esquema.

Uchenna Nwosu pode ser o futuro do pass rush?

Smith vai ter que aprender a jogar de pé para conseguir uma vaga de reserva. É um jogador que veio com grande status do high school, mas que não conseguiu repetir isso no college. Ele vai apelar para esse antigo potencial atlético e a versatilidade para ver snaps, além de precisar ajudar nos times especiais. Não teria tanta esperança como foi com Robinson…mas quem sabe?!

Tyreek Smith pode finalmente brilhar?

Donkor parece ter ganhado peso durante a temporada e ao invés de jogar como ILB, parece tentar a transição para OLB. Seria mais um desafio para ele, potencial atlético ele tem, mas precisaria de bastante refino.

Conheça o LB alemão Aaron Donkor

MIKE: Jordyn Brooks, Ben Burr-Kirven, Jon Rhattigan

Jordyn Brooks com a saída de BW vai assumir o papel de “chamador de jogadas” dentro do campo. Vai ser um passo importante para ele, já que não tinha uma “voz ativa” até o momento. Na função ele precisa evoluir na cobertura de passe, principalmente tentar parar de ser manipulado pelos olhos dos QBs.

Os seus reservas tem pouquíssimos snaps como titulares. Rhattigan, ex-Army, só jogou nos times especiais. BBK vem de uma lesão séria e só foi titular em alguns snaps contra os Panthers anos atrás depois de lesões de Wagner e Wright durante o jogo.

WILL: Cody Barton, Joel Iyiegbuniwe, Levi Jones

Barton teve chances no começo da carreira, mas não no seu melhor lugar. Em 2020, ele fez uma partida fraquíssima contra os Vikings naquele jogo que foi uma virada épica. Depois de ser amassado no jogo corrido, ele não teve mais chances. Isso até o fim do ano passado, com uma lesão de Wagner. Nos dois últimos jogos, ele jogou muito bem, tanto no jogo corrido, como na proteção ao passe.

Joel Iyiegbuniwe chega discreto em Seattle

Os seus reservas são Joel Iggy e Levi Jones. Um cara que só jogou nos times especiais dos Bears e Levi Jones um UDFA. A função de LB é um ponto fraco em profundidade no elenco. Não temos mais uma das melhores duplas de LB, como outrora e agora ainda temos reservas sem experiência alguma. Seria interessante que o time adicionasse algum talento a posição antes da temporada.

Análise da Classe de UDFA 2022 de Seattle

Go Hawks!

8 Replies to “Finalmente teremos um front-seven a ser temido?”

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  7. […] Nesse jogo teve 1 sacks e 3 qb hits. No jogo corrido, cedeu 181 jardas e 1 TD. Finalmente teremos um front-seven a ser temido? […]

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