Green, Griffin e Jones, será que merecem mais tempo em campo nesse ano?

Bom, dos novatos da última classe, os que menos tiveram em campo foram Shaquem Griffin, Rasheem Green e Jamarco Jones. A grande questão é se esses jogadores mereciam mais tempo em campo ou se em 2019 eles terão essa chance?

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Vamos analisar um a um aqui, mostrando seus pontos fortes e fracos.

Shaquem Griffin

Não podemos começar a falar dele, sem contar sua história fantástica. Shaquem é irmão gêmeo de Shaquill Griffin, que é CB de Seattle. Ele nasceu com uma síndrome congênita, que fez com que tivesse que amputar sua mão ainda criança. Entretanto isso não o impediu de jogar, seu irmão foi um dos maiores apoiadores, inclusive teve convites para jogar em universidades maiores mas recusou porque não o aceitaram Shaq.

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Em UCF, conseguiu visibilidade porque além de uma grande história de superação ele tem bastante talento. Registrou 195 tackles, 33.5 tackles para perda de jardas, 18.5 sacks, 16 passes desviados, 3 interceptações, 4 fumbles forçados e 5 recuperados.

Não havia sido convidado para o Combine, mas no fim o convite chegou e ele emocionou todos, conseguindo fazer o supino com uma prótese em uma das mãos. 

Agora indo para os lances de Griffin #49:

Griffin foi titular em apenas um jogo, e nem foi a partida toda. Na estreia da temporada regular, acabou falhando na leitura e execução da jogada, executando uma cobertura errada e deixando o corredor livre. Esse sempre foi um dos pontos fracos de Shaq, na época do college, falta de visão periférica e consciência de qual zona cobrir.

Essa jogada vem para contrapor a anterior e mostrar o potencial dele. Ele jogou duas temporadas como defensive back e aqui ele consegue executar perfeitamente: olha para o TE e depois vai atacar o RB que chega a sua zona de campo.

 

Aqui é onde ele na marcação se destaca. Ele na marcação individual é difícil de se livrar. Muito atlético e determinado além de uma ótima mudança de direção, não cai na “finta” do RB e consegue desviar o passe.

Aqui mais uma vez mostrando capacidade atlética para invadir o gap e quase conseguir o tackle para perda de jardas.

Os jogadores de linha ofensiva ficam sem ação e sem ter como conter a velocidade e agressividade dele chegar no jogador adversário.

Toda essa velocidade e agressividade foi bastante aproveitada nos times especiais. Corre bem cuidando da sua lane e consegue chegar para fazer os tackles.

Bom, apesar de toda história de superação, a limitação de uma das mãos, deixa ele em desvantagem para jogar… como um edge que era o que ele fazia no college muitas vezes, porque se desvencilhar de bloqueios a nível de NFL é bem mais difícil. Eu acho que ele ficou muito marcado pela falha no primeiro jogo contra os Broncos e pouco foi aproveitado pelo time em situações de defesa. Eu acho que ele seria muito capaz de jogar em pacotes de cobertura individual, como um híbrido de LB e DB e também em situações de blitz. Foi falado que deve ser mais aproveitado na defesa, e ele deve ser bastante útil se usado com criatividade.

Apesar de dificuldade de sair de bloqueios, e algumas leituras erradas, ele é absurdamente atlético, determinado e é muito instintivo no jogo corrido.

Rasheem Green

Provavelmente muitos torcedores dos Seahawks acham ele uma grande decepção. Entretanto, com paciência acredito que ele terá bastante potencial e foi por isso que Seattle o draftou na terceira rodada. A grande questão foi que ele não conseguiu ficar saudável durante o ano, tendo apenas 1 sack e 9 tackles.

Bem diferente da sua produção em USC, onde teve 115 tackles,  20 para perda de jardas, 16.5 sacks, 8 passes desviados e 3 fumbles forçados. Mostrando potencial para jogar por dentro e por fora da linha, o que Carroll tenta replicar é um novo Michael Bennett.

Vamos para seus lances #94:

Esse lance foi justamente o único sack dele no ano, e veio num ótimo momento. Mostra uma ótima velocidade inicial e faz o stunt, mantendo sempre o QB na sua mira e consegue finalizar a jogada. 

Essa velocidade lateral também pode ser vista aqui, conseguindo chegar ao RB.

Nessa jogada, ele e Martin trazem o caos para o pocket, com primeiro passo fora de série. Alinhando como DT em jogadas óbvias de passe, é uma ótima opção.

Um dos pontos fortes no seu jogo é a força para mover os OLs, aqui ele consegue empurrar e impedir que faça o contato desejado, gerando pressão e ajudando Jordan a conseguir o sack,

Mais uma demonstração de força passando por cima do TE e conseguindo parar o jogo corrido.

Sobre Green, esse ano serviria de aprendizado do esquema, uma espécie de redshirt, já que ele está indo de 3-4 (esquema de USC) para 4-3 (em base, é claro) e é muito novo, foi draftado com 20 anos, tem tudo para ser lapidado por Pete, que sabe usar esses atributos físicos. Pode se tornar peça importante, porém, tem que se manter saudável. Outra coisa a se pontuar é que jogando por dentro da linha, ele acaba sendo arrastado no combate ao jogo corrido, então adicionar alguma massa pode ser importante, ou tirá-lo dessa situação, colocando-o por dentro apenas em situações óbvias de passe.

Jamarco Jones

Ele tinha um potencial bem maior do que uma quinta rodada, mas devido ao seu PÉSSIMO desempenho no Combine, levantou questões sobre sua capacidade física. Isso demonstra a mudança clara em Seattle. Cable olhava especificamente para a capacidade atlética em detrimento da técnica, e Jones, primeiro draftado na era Solari, é justamente o contrário. Tem muita técnica e inteligência mas tem limitações físicas.

Vamos a alguns lances dele #74, começando pelas limitações físicas:

Não consegue impedir o adversário de fazer a volta, muito porque acaba perdendo no primeiro passo e fica vulnerável depois.

Nesse lance simplesmente cai no chão. Ele tenta compensar a diferença de velocidade recuando rapidamente, só que deixa um espaço para o adversário atacar e faz com que ele não tenha agilidade para impedir o avanço.

Nesse lance deveria bloquear o #35, mas não consegue ter velocidade para chegar num bom ângulo para o bloqueio.

Um dos lances que mais destaca sua falta de atleticismo, já no primeiro passo é fácil ver a diferença de velocidade, deixando todo um lado do pocket vulnerável.

 

Agora indo para o lado positivo,vemos Jones alinhando contra Green, que possui uma capacidade atlética invejável. Ele faz um ótimo trabalho com as mãos e sua envergadura, impedindo qualquer reação do DL.

 

O adversário tenta fazer o giro para escapar de Jones, mas ele tem paciência e impede qualquer investida.

Um dos fatos importantes para um OL é ser atento aos stunts. Nesse lance ele faz a passagem para o guard, e pega o DL sem perder o equilíbrio.

Apesar da falta de atleticismo, nessa inside zone ele faz o passo lateral e tira o DL a chance a de fazer o tackle.

Excelente drive block, demonstrando força para empurrar jardas para trás o DL.

Belo bloqueio no LB abrindo espaço para boa corrida.

Sobre Jones, o que podemos diagnosticar é que ele, apesar da incapacidade atlética, é um jogador muito inteligente para se posicionar de forma de compensar suas fraquezas. Jogador consciente que entende suas limitações e consegue se adaptar. Foi cogitado uma mudança para guard mas essa mudança só deixaria mais exposto sua falta de atleticismo.

No começo do ano ele havia conseguido ganhar a posição de RT de Ifedi, mas após uma lesão, ficou fora da temporada. Esse ano é importante demais para ele, porque Brown já está próximo do fim da carreira, provavelmente mais dois anos. E Jones pode ou não aproveitar essa chance para se tornar LT da franquia.

No geral, os jogadores aqui abordados tem chance e mereceriam mais tempo de jogo, com o training camp e os jogos de offseason podem fazê-los subir.

Go Hawks!

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