O ataque de Seattle encantou muitos nessa última temporada. Geno Smith liderou a liga em porcentagem de passes concluídos, Tyler Lockett e DK Metcalf bateram as mil jardas, Ken Walker foi garfado para o prêmio de Calouro Ofensivo do ano. No entanto, em algumas áreas o ataque de Seattle foi muito aquém do esperado.
Vamos ver esses pontos!
Aproveitamento na Redzone
Seattle terminou em 9º em pontos marcados, mas também deixou muitos pontos no campo. Os Seahawks marcaram apenas 26 touchdowns em 55 viagens à redzone. Sua taxa de conversão de touchdown na redzone de 47,3% ficou em 28º lugar no ano passado, melhor do que apenas o Baltimore Ravens, o Indianapolis Colts, o New York Jets e o New England Patriots, todos os quais haviam machucado seu QB titular e/ou tinham QBs muito ruins.
Geno Smith estava empatado com Davis Mills na maioria dos sacks de redzone levados (7), e sua porcentagem de conclusão foi de 52,9% em 70 tentativas. A questão gritante?
Alvos de DK Metcalf.
A (des)conexão de Smith para Metcalf foi extremamente ineficiente 8 de 27 (29,6%) para 62 jardas e 5 touchdowns. Ninguém mais na equipe (nem mesmo Tyler Lockett) teve mais de 8 alvos na redzone, o que é insano. Metcalf foi o terceiro em toda a liga em alvos da redzone, mas ninguém mais no top 10 teve uma taxa de recepção abaixo de 45%.
Na verdade, em sua carreira, ele fez 33 de 79 (41,8%) para 23 touchdowns na redzone, mas seu ano de calouro e 2022 foram ambos abaixo de 30% de sucesso. Mike Williams, do Los Angeles Chargers, é a única ameaça menos eficiente dos 20 principais alvos da RZ desde 2019. Isso parece muito com o uso excessivo de Metcalf em áreas onde ele não é o mais forte.
Kenneth Walker III teve a 2ª taxa de carregadas na redzone (atrás de Jamaal Williams), e também a 2º maior número de carregadas na redzone sem ganho ou para perda de jardas atrás de Williams. Enquanto Williams liderou a NFL com 16 touchdowns na redzone em 57 tentativas, Walker teve 7 touchdowns em 48 carregadas. Menos de 30% das corridas de redzone de Walker resultaram em uma primeira descida ou touchdown, sendo um dos piores da liga.
Aproveitamento em situações de Jardas Curtas
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Um ponto bem frustrante do ataque de Seattle foi sua incapacidade de converter descidas curtas. O time terminou com menos de 60% de sucesso em conversões para três ou menos jardas. O time não foi criativo nessas situações e colocou muitas vezes Ken Walker para esses cenários.
Daí tivemos duas situações. A primeira foi que isso calhou com vários momentos em que a OL não conseguiu criar espaços para os RBs com força, sempre perdendo fisicamente. Isso trouxe ao segundo ponto, seja por ver tudo fechado a sua frente ou por decisões ruins, por vezes o novato tentou improvisar e isso não deu muito certo.
Sacks em terceiras descidas
A taxa de sacks dos Seahawks por down:
1ª descida: 4,8% (média da liga 5,2 %)
2ª descida: 4,9% (média da liga 5,5 %) ,
3ª descida: 15,0% (média da liga 10,3 %)
A distância média de Seattle para a 3ª descida foi de 9,2 jardas, a 4ª mais longa da liga. Em outras palavras, a linha ofensiva estava sendo prejudicada em situações óbvias de passes. Presumimos que isso vai melhorar com mais um ano de experiência para jogadores como Charles Cross e Abe Lucas, mas tenha em mente a possibilidade distinta de que pelo menos um de Olusegun Oluwatimi ou Anthony Bradford possa estar no time titular este ano.
Acredite ou não, os Seahawks estavam empatados em 5º lugar ao transformar os primeiros downs em novas descidas ou touchdown, mas o 3º down continua a ser problemático para a equipe, e a 3ª longas dão tudo que os pass rushers adversários querem. É fácil dizer apenas “seja mais eficiente nas descidas iniciais e evite totalmente a terceira descida”, mas isso é simplesmente impraticável. Este é o futebol situacional básico e Seattle teve muitas jogadas negativas nessas circunstâncias.
Jardas após a recepção
Acredito que esse problema pode ajudar muito a resolver os outros dois problemas listados aqui. Tentar converter 3º para 10+ requer o tipo de tempo que aumenta a possibilidade de um sack. Explorar o espaço e colocar os recebedores em campo aberto deve ser uma prioridade para jogadas explosivas não ficarem restritas a arremessos intermediários a longos.
Melhorar no YAC não apenas fornece outros caminhos para alcançar as primeiras descidas, mas, dependendo da distância, também pode transformar uma situação de FG em um cenário em que tentar na 4ª descida pelo menos merece consideração. Não é por acaso que três dos principais ataques em 2022 (Detroit Lions, Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers) se destacaram em jardas após a recepção.
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