Russell Wilson lançou em 2019: 31 TDs, a quarta melhor marca da carreira, para apenas 5 interceptações, a melhor marca da carreira e uma taxa d epasse completo de 66.1, a segunda melhor marca da carreira. É por isso que insisto, que apesar do coordenados ofensivo, limitar o ataque, ainda podemos ver certa evolução, bem diferente do que vemos no lado defensivo da bola com Ken Norton Jr.
Por que tanto ódio a Schottenheimer?
Quem foi o culpado do desempenho do ataque no SNF?
O time melhorou pós offseason para 2020?
Recap do Draft 2020 de Seattle
Já ouviu falar de Mesh? Smash? Drive e outros conceitos? Nesse post, vamos analisar todos os TDs da temporada, vendo qual conceito foi utilizado e no que podemos projetar para 2020. Esse texto foi dividido em duas partes.
Vamos lá!
Semana 9 (Buccaneers)
Lockett é muito subestimado [2] pic.twitter.com/lCttUUEUnP
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Seattle chama aqui o conceito Switch. Esse é um conceito popular de passe, um recebedor externo executando uma rota post com um recebedor interno correndo uma wheel pela linha lateral. Ao mudar (Switch para quem manja de OpenEnglish), cria uma oportunidade para uma grande jogada no fundo do campo.
Conceito Switch pic.twitter.com/iKiz3pFbYl
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O conceito de switch é uma combinação de rota de dois recebedores que trabalha para atacar o campo verticalmente contra as defesas em zona e individual. O que aconteceu aqui usou dois WRs, mas essa jogada também pode ser executada com um WR e um TE, por exemplo. A proteção é muito importante aqui, para que dê tempo ao QB de achar o recebedor na rota mais profunda.
Jogador da semana: Russell Wilson (2)
Marcação homem a homem deu vantagem ao nosso ataque pic.twitter.com/r58ZY4IN4y
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A movimentação de Carson indica uma cobertura individual o LB pensa que Hollister vai ficar para bloquear e hesita por um instante. Esse tempo é o necessário para Hollister se desmarcar na rota flat e fazer o TD.
Análise Tampa Bay Buccaneers 34 x 40 Seattle Seahawks
O versátil Jacob Hollister pode fazer muito mais do que imaginam
Jogada bem desenhada pic.twitter.com/x7A5DLeVsb
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Formação com trips e apenas dois corners daquele lado, dificultando um pouco o trabalho da secundária. Conceito Double-China 7 / Y-Corner / 722, dependendo de como o time irá chamar no seu playbook. Isso consiste em três recebedores em um lado do campo, com os dois WRs externos executando rotas shallow(Double-China) e o terceiro recebedor executando uma rota corner (a rota 7). Outro ponto de destaque é que as rotas dos outros recebedores, normalmente venderão ameaça no fundo do campo, com o intuito de espalhar a defesa e impedir marcação dupla. Sendo assim, o WR tem a obrigação de bater sua marcação individual e conseguir jardas pós a recepção.
Play action spear para destruir a defesa dos Bucs pic.twitter.com/d5kdXxOK8y
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O conceito play-action spear é uma ótima opção para redzone e para atacar cover 3 e cover 1. O play action em tese dará tempo a Wilson tempo para tomar uma decisão sem tanta confusão a sua frente. O conceito Play Action Spear de Seattle parece bastante semelhante ao conceito shallow. Os objetivos são muito diferentes, com Spear envolvendo duas rotas profundas se cruzando e indo em direção uma a outra. A jogada é uma excelente maneira de vencer a cobertura fechada no meio do campo (MOFC, Cover 1, Cover 3), com o safety tendo que escolher uma rota e o outro cornerback acaba ficando longe para fazer qualquer coisa. Um conceito muito bom, e que combina bem com as armas que temos.
Em outros Playbooks, o conceito pode ficar conhecido como Portland. Uma rota dig e uma rota post. A ideia é a mesma, fazer o safety do meio do campo, morder uma das rotas e atacar a outra. Wilson em 2019 teve 1.179 jardas liderando a NFC West nesse ano de 2019.
O safety fica muito passivo e permite o TD de DK pic.twitter.com/1zs9fL3lwe
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Apesar do tweet falar que foi um TD de DK, foi Hollister, falha nossa. O safety fica com medo de uma rota vertical de Hollister, mas ele faz uma rota cruzando o campo e avançando. Pela hesitação do jogador da defesa e do esquema em cima, um buraco enorme é criado no meio do campo e o TE consegue fazer o TD, sem grandes problemas.
Jacob Hollister vai assumir o papel de TE3?
De um lado um recebedor corre a rota “shallow now” e do outro alguém irá na rota dig (mas há variações, o que importa é que explore o meio do campo numa rota mais profunda que a shallow, podendo ser uma rota snag também). A outras rotas podem variar bastante, mas mantém a ideia de serem verticais para espalhar a defesa. Uma coisa boa desse conceito é que basicamente todas as rotas aqui podem se tornar alvos, mesmo as rotas complementares. A primeira rota de leitura é a shallow que é bem efetiva contra marcação individual. Para atacar marcações em zona você pode escolher a dig.
Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe
Semana 10 (49ers)
Hollister improvisando bem com Wilson pic.twitter.com/Q1ayPKVpDW
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Aqui sem muito conceito. O grande desenho da jogada é o motion duplo que acontece da esquerda para direita, talvez tentando deixar o lado esquerdo do campo livre. No entanto, essa separação não acontece, Wilson mantém a bola e o safety que estava marcando indinvidualmente fica de costas para o QB, dando chances do passe. Hollister mostra boa sinergia com RW e concentração para atacar a bola no momento certo.
Jogador da semana: Jadeveon Clowney
Análise Seattle Seahawks 27 x 24 San Francisco 49ers
Semana 12 (Eagles)
Adoro Flea Flickers pic.twitter.com/mXi4Vicopx
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Uma jogada saindo mais da caixinha. O time simula uma corrida para o lado direito, até mesmo entregando a bola para Carson. Um detalhe, é que a movimentação de Fant, indica uma marcação individual, e poderia indicar relamente uma corrida para aquele lado, com um bloqueador a mais. A defesa dos Eagles cai na armadilha, muito porque, Turner sai da linha simulando o bloqueio. Aí vem o Flea Flicker, Carson joga de volta a bola para Wilson que acha Turner no fundo do campo no meio da marcação.
Seattle retira o tender e Malik Turner agora é FA
Análise Seattle Seahawks 17 x 9 Philadelphia Eagles
Jogador da semana: Rashaad Penny
Semana 13 (Vikings)
Conceito verticals e confusão na secundária dão esse TD a Moore pic.twitter.com/JwpGtbgd04
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Bem simples esse conceito, conhecido como verticals. Simplesmente, os jogadores vão correr rotas profundas. O que acontece aqui, é que o CB Xavier Rhodes acreditando estar em cover 3, espera a ajuda do safety por dentro. No entanto, o safety pensava que o CB iria marcar o fundo do campo, nessa indecisão, Moore se aproveita e marca o TD fácil.
Análise Minnesota Vikings 30 x 37 Seattle Seahawks
Continuo insistindo que Penny tem muito potencial nesse tipo de jogada pic.twitter.com/mFRxpHxtJa
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Aqui temos a jogada chamada de screen. Ele pode acontecer para RBs, WRs e TEs. Eu vejo muito potencial em Penny, porque uma vez que ele está com a bola nas mãos ele consegue muita velocidade. A linha ofensiva “entrega” os bloqueios, perdendo propositalmente e atraindo a linha defensiva, e daí saí para bloquear tentando deixar o time em superioridade numérica nos bloqueios.
Essa jogada faz muito sentido, contra defesas agressivas. Elas vem com tudo, e permitem justamente a vitória por parte do ataque nessa questão númerica.
PS: No Madden essa jogada quase nunca dá certo, desde sempre e eternamente.
Jogador da semana: Running Backs
Semana 15 (Panthers)
Diferença de tamanho dando o TD pic.twitter.com/9ghg9durNy
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Seattle manda os dois recebedores do lado direito em rotas profundas aliado a uma rota flat do RB. Isso faz, com que o safety fique orientado a atacar aquele lado do ataque, já que aparentemente estão em cover 1. Com isso, Metcalf é deixado no 1v1 contra o CB, que é muito veloz, mas tem suas limitações de altura. Sem ajuda do safety, o CB tenta encurralar Metcalf na sideline, devido a seu leverage, mas ele consegue passar em velocidade e receber a bola lançada perfeitamente por isso, no ponto mais alto.
Jogador da semana: Chris Carson (2)
Mais um switch concept e Lockett dando aula pic.twitter.com/DRkvppobJv
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Na verdade aqui, o time chama um fake Switch. O que o time realmente chama é um conceito chamado Divide. É um conceito com um recebedor vindo com uma rota em direção ao meio do campo, por exemplo uma post. A rota envolve um MOFO ou MOFC lido pelo quarterback. Para aqueles que não conhecem o MOFO, significa simplesmente “meio do campo aberto” ou nenhum safety no meio. MOFC significa “meio do campo fechado” ou existe um safety no meio do campo. Outra rota é usada para complementar a rota do passe de “divisão”, é um recebedor do lado de fora, executando uma rota de Go.
Playbook 14 – Cover 0 e Cover 1 – É hora da blitz e do caos
Playbook 11 – Como funciona a Cover 3, que fez a defesa de Seattle tão temida?
Playbook 12 – Cover 4 um jeito para defender o fundo do campo
Com essas duas rotas, o safety fica indeciso e Lockett bate a cobertura, com double move.
Análise Seattle Seahawks 30 x 24 Carolina Panthers
Semana 16 (Cardinals)
Quem esperaria uma passe para Bellore? Acho que nem ele pic.twitter.com/iX2jyo0gVn
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A jogada de elemento surpresa. Único drive do jogo inteiro em que o ataque foi dominante e criativo. Nessa jogada, era esperado um bloqueio de Bellore para Carson. O defensor sai na caça do RB tão agressivamente que até deixa passar o FB, já que não seria tão provável o passe. Vem a mágica e criatividade e Bellore marca seu primeiro e único TD em Seattle.
Análise Arizona Cardinals 27 x 13 Seattle Seahawks
Semana 17 (49ers)
Lockett e Wilson com uma sinergia incrível pic.twitter.com/NiHi0KdBxr
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O time tenta chamar o conceito double china de novo, na bunch formation, no entanto a marcação impede essa leitura. Ele se mantém firme no pocket e Lockett improvisa sua rota, depois de correr a estabelecida pela jogada. Daí é algo que falo bastante, os WRs precisam ter sinergia com o QB, principalmente em Seattle, já que nossa OL é ruim e Wilson tem que improvisar muitas vezes. Baldwin tinha essa caracterísitca e Lockett vem amadurecendo nisso, tem excelente potencial para tal.
Bunch Formation pic.twitter.com/VHlgqBS5Gm
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) November 19, 2019
Doug Baldwin, o recebedor que mudou a arte do route running, vai deixar saudades!
Análise San Francisco 49ers 26 x 21 Seattle Seahawks
A movimentação de Homer chama a atenção do safety e deixa Metcalf isolado no 1v1 pic.twitter.com/sADvhu31LV
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O time dos niners estava aparentemente em cover 3. Quando Homer se moimenta para o flat, o safety fica mais atento aquele lado do campo, tal qual aconteceu de forma semelhante no TD de DK contra os Panthers, listado mais acima. O resultado é o mesmo, Metcalf no 1v1 contra o CB. Detalhe que o WR tinha levado a melhor contra ele em outras áreas e aqui o time faz o certo ao explorar esse matchup. Rota fade e aqui Metcalf usa toda sua fisicalidade peculiar para marcar o TD.
Raio-X: A estreia de Travis Homer
Wildcard (Eagles)
Portland concept com o safety mordendo a dig pic.twitter.com/ShqB6R8U3f
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O conceito de passe de Portland é semelhante ao conceito de Mills, pois o design é uma oportunidade para o quarterback olhar para o fundo do campo para um recebedor que corre um rota profunda, post se o safety vier cobrir a rota dig, ou qualquer outra que cruze o campo na zona intermediária, executada pelo outro lado do campo. O primeiro olhar do QB é profundo na post. Se isso estiver sendo marcado, a rota cruzando o campo é a próxima opção.
Conceito Portland pic.twitter.com/afpgJnY93b
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) May 28, 2020
Nesse lance foi adicionado o fator motion de Lockett para tentar confundir um pouco a defesa.
Análise Seattle Seahawks 17 x 9 Philadelphia Eagles
Divisional (Packers)
Mais uma vez uma sinergia incrível entre QB e WR pic.twitter.com/lTPftOSFL0
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Marcação em zona e todo mundo bem marcado. Os Packers vinham defendendo bem o jogo corrido a partida inteira, por esse motivo, não tiveram dificuldades de confiar na linha defensiva. Wilson fica sem opções e ameaça correr com a bola se movimentando para a direita, onde tinha apenas Lockett naquele lado do campo. O QB e o WR se olham e mantém a conexão até o limite. No momento em que Lockett improvisa uma rota, o CB se perde e permite o TD.
Análise Seattle Seahawks 23 x 28 Green Bay Packers
Verdades inconvenientes que ninguém quer ler sobre o fim da temporada [2]
Raio-X: Após a estreia de Phil Haynes, o que podemos esperar?
Go Hawks!
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