Paul Richardson pode ser o prêmio de consolação, sem Gordon?

O interesse dos Seahawks em trazer Richardson de volta surgiu de lesões que atingiram a equipe no grupo de recebedores. Phillip Dorsett está lutando contra uma dor no pé, John Ursua não participou do jogo treino de quarta-feira com um problema na perna e Penny Hart e Cody Thompson continuam de fora com uma lesão não revelada.

2020 OFFSEASON TRACKER

Qual projeção dos WRs titulares de Seattle?

Quem é Paul Richardson?

Richardson, 28, começou sua carreira com os Seahawks como uma escolha de segunda rodada vindo de Colorado em 2014. Ele lutou contra várias lesões no início de sua carreira, incluindo uma no ACL durante uma vitória nos playoffs sobre os Panthers como novato, e jogou apenas um jogo no ano seguinte. Mas depois de uma temporada de 2016 desanimadora, Richardson finalmente estourou para Seattle em sua quarta temporada, terminando com recordes de carreira em recepções (44), recebendo jardas (703) e touchdowns (seis). Ele também jogou bem nos playoffs, fazendo um touchdown espetacular na vitória da rodada Wild Card sobre o Detroit.

Saindo de sua melhor temporada da NFL, Richardson era cobiçado como agente livre e assinou um contrato de vários anos com o Washington Football Team no valor de 40 milhões em cinco anos. Infelizmente, seus problemas de durabilidade do passado voltaram a incomodá-lo ao longo de seus dois anos em Washington. Richardson jogou apenas 17 jogos no total durante esse período, devido a lesão de hamstring e uma lesão no joelho, acabando os dois anos na IR. Com os Redskins, ele produziu 48 recepções para 507 jardas e quatro touchdowns, antes de ser cortado no início desta temporada. Além das lesões, Richardson não pareceu ser usado da melhor forma no ataque do time de D.C.

O Fantástico 2017/2016

Paul Richardson foi muito sólido para os Seahawks em 2017:

  • Média de 27,2 jardas por recepção em situações de janela apertada (menos de 1 jarda de separação);
  • Terminou entre os 25 melhores em DYAR e DVOA;
  • Transformou 77,3% de suas recepções em primeiras descidas (4º na NFL);

Baita ajuste de Richardson para receber a bola sem dar chances ao CB. Vale salientar o excelente passe de Wilson.

O jogo contra os Lions nos playoffs realmente foi um dos melhores da sua carreira. Ele domina bem essa rota fade em conceito smash usando uma excelente catch radius para conseguir belas recepções.

Playbook 08 – A árvore de rotas dos recebedores

Richardson é uma ameça em passe longo e tem boa sinergia com Wilson. Detalhe, esse jogo foi um dos melhores que já assisti, e o último da LOB junta…

Bom release para bater o CB e concentração para receber o passe.

Ele para ao achar o buraco entre as zonas e retoma a velocidade com maestria para conseguir mais jardas após a recepção. (outro baita jogo).

Ele salta muito alto para receber os passes, isso aliado a sua velocidade e controle do corpo para se manter em campo.

Richardson nos Redskins

Os seus últimos anos em Seattle são o seu teto na carreira. Infelizmente nos Redskins ele não conseguiu replicar o desempenho.

Parece jogador de basquete indo buscar o rebote. Pega a bola no ponto mais alto, parece que o joelho ainda aguenta.

Boa inteligência e noção de campo. O WR também tem que ajudar o seu QB, ao achar o espaço entre as zonas ele para e espera o passe que vem.

Muito se atribui o termo speedster ao se referir a Richardson. Ele ainda parece ter gasolina no tanque, escapar de Jaylon Smith, apesar de ser um LB, não é uma tarefa fácil.

Como eu disse, os WR tem que ajudar seus QBs. Com Wilson isso ainda é maximizado já que graças a nossa OL ele tem que tirar vários coelhos da cartola. Ele corre sua rota principal e depois improvisa com boa sinergia.

Algo que ele ainda precisa evoluir é em como sair de marcação press. Iremos enfrentar muitos times durante a temporada que usam secundárias bem físicas, quando ele não ganha espaço no começo da rota, ele tem muitas dificuldades para se recuperar. Desde a época de Seattle é assim, e isso não melhorou em Washington.

Dos seus seis anos de carreira, ele só teve uma taxa de recepção/alvo de mais de 50% em apenas 3, em um deles (2015) com 1 recepção em 1 alvo, elevando a média geral com 100% desse ano. Nos últimos dois anos, em Washington, ele teve 2 drops, melhorando um pouco nesse quesito.

É claro que como ele é um cara veloz, muitos dos seus alvos são em bolas contestadas no fundo do campo, diminuindo a probabilidade de recepção. Mas ele ainda falha em passes curtos.

Veredito

Durante a offseason, Seattle foi vinculado ao recebedor Josh Gordon, que cumpre uma suspensão por tempo indeterminado e espera uma possível reintegração na liga. Com a temporada se aproximando, a organização pode não sentir que pode esperar mais se estiver buscando reforços extras na posição. Sendo pelo valor mínimo, é uma boa aposta.

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Ainda relativamente jovem, Richardson possui uma excelente velocidade e realmente se deu bem com o quarterback Russell Wilson em sua última temporada com o time. Ele ainda precisa de um pouco de refino em suas rotas. Ademais, dado seu histórico de lesões, não há garantia de que ele fará parte da lista final. Mas, se saudável, contratá-lo agora lhe daria a chance de competir pela vaga de WR4 e quem sabe WR3 que foi uma grande dificuldade nossa na temporada passada.

Go Hawks!

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