Seguindo nossas análises da classe de novatos, hoje falaremos de Phil Haynes, escolha de quarta rodada de Seattle. Um guard de Wake Forrest, que jogou como LG, RG e RT (lembrando que Seattle adora versatilidade).

“Eu sou um cara físico que adora bloquear no jogo corrido. Sou também um decente bloqueador para jogada de passes. Eu acho que é por isso que fui escolhido pelos Seahawks, porque eles adoram correr e eu definitivamente posso ajudar nisso.”, disse Haynes em entrevista.

“Phil é um cara que escolhemos cedo por causa de sua composição e estilo de jogo, ele tem  340 libras. Estamos muito animados sobre como nossos guards estão jogando. Você nos viu buscar Mike Iupati para alinhar com D.J. Fluker. Nós pensamos desde cedo que este é um cara que pode se encaixar no molde disso. Ele é um cara muito forte, muito físico. Ele gosta de terminar os bloqueios e derrubar os caras. Ele tem muita atitude. Ele se encaixaria nos moldes para competir com aqueles caras. ”, comentou Carroll após o draft.

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“Nós mudamos de marcha nos últimos dois anos aqui e isso é uma indicação disso. Foi realmente um cara que nós tínhamos visto desde cedo e John descobriu onde ele sairia e nós fomos capazes de pegá-lo especificamente por causa de sua composição que meio que combinava com os caras com os quais tivemos sucesso e estamos animados com isso”, continuou Carroll.

Confira o RAS de Haynes no combine:

Phil Haynes novato da quarta rodada foi definido como uma “surpresa agradável” pelo líder da OL, Duane Brown:

“Ele é um cara grande e forte. Ele está pegando as coisas rapidamente. Ele tem um ótimo comportamento. Muitas vezes, esse tipo de atmosfera pode ser esmagadora, receber tanta informação de uma vez, a velocidade do jogo agora, você não está acostumado a praticar sem pads tão rápido e tudo está acontecendo tão rapidamente, mas ele está lidando com tudo bem. ”

Vamos analisar as forças e fraquezas do jogador:

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Nesses lances podemos ver a força destacada por Carroll que podemos ver nos drive blocks (são bloqueios em que o OL sai empurrando o DL várias jardas para trás), além disso sua finalização de bloqueios, que é sempre importante para um OL. Sua força no jogo corrido é tão boa, que ele era o alvo das corridas prioritariamente, uma vez que com essa força ele normalmente consegue abrir caminho para o corredor. Além da força, o que lhe ajuda no jogo corrido, podemos ver melhor no último lance, ele tem um “soco” muito forte, que deixa o adversário vulnerável para ser empurrado para trás.

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Além dos drive blocks, ele também executa bem outros tipos de bloqueios. No primeiro lance vemos o down block. Esse bloqueio é feito por OL em um do interior da linha defensiva. É um bloqueio fundamental em jogadas que usam o esquema de bloqueio por gap, porque é esse bloqueio que abre espaço para o Point of Attack da corrida, ou seja, o espaço para onde o jogador vai correr.

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No lance vemos o combo block, que é feito por 2 jogadores da OL em cima de um único jogador da linha defensiva. Eles começam nesse bloqueio duplo e depois um deles vai bloquear no segundo nível, normalmente um linebacker ou safety. Na jogada, Haynes não vai para o segundo nível porque o jogador que ele faria o bloqueio vem numa blitz, e do lugar que estava ele faz a passagem para o outro adversário de forma eficiente.

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Ele é muito bom executando a corrida Power, que também é conhecido como Power O, Power Bob-O. Essa corrida é clássica num esquema em que cada OL protege um gap (espaço). Ela é desenhada da seguinte forma Os jogadores da linha ofensiva do lado da jogada (no exemplo acima RG, RT e TE) fazem Down Blocks, buscando bloquear os defensores de fora pra dentro, o OG do lado oposto da jogada (nesse caso Haynes) faz o pull (dá um passo pra trás e vai para o lado da jogada) para abrir espaço para o corredor. O esquema de Solari usa muito esse artifício.

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Apesar de não ser um cara muito ágil, ele trabalha bem em pulls e bloqueios no segundo nível. No segundo nível ele pode ficar um pouco vulnerável por linebackers ou safeties rápidos, mas uma vez que ele consegue chegar “inteiro” o adversário não tem o que fazer.

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Existe um “manual” de regras para um OL:

• Seja mais agressivo que paciente no bloqueio de jogo corrido;
• Seja mais paciente que agressivo na proteção ao passe;
• Criar o pocket (bolsão de proteção) é a única maneira de proteger o passe;
• Nunca vire seus ombros para a linha lateral;
• Nunca tire os dois pés do chão ao mesmo tempo;
• Use os calcanhares para se movimentar;
• Nunca gire suas costas;
• Seus movimentos devem ser como os de um robô, totalmente precisos.

Haynes segue bem esse manual, como sua força maior é no jogo corrido, em jogadas de play action (jogada em que se finge o jogo corrido, mas na verdade é um passe) ele faz muito bem seu trabalho. Carroll, Schottenheimer e Solari, chamam bastante essas jogadas, já que trabalham bastante em estabelecer o jogo corrido.

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Como dissemos anteriormente, ele tem uma deficiência de agilidade, que faz com que ele fique exposto e tome ângulos errados em pulls e bloqueios de segundo nível. Além disso, sua técnica de cutblock, é no mínimo engraçada.

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Outro ponto fraco dele, é que muitas vezes ele não mantém uma boa base e acaba perdendo o equilíbrio, principalmente quando é “atacado” no ombro externo. Com as 340lbs que ele tem, ele deve evoluir nesse sentido.

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Assim como seu pai, digo Fluker, sua MAIOR fraqueza é o trabalho na proteção ao passe. Seus maiores pontos de melhoria são: diagnóstico de bloqueio e determinação na proteção ao passe. Primeiro lance ele demora para reagir e perceber quem ele deve bloquear e quando age, seu ombro externo está vulnerável, o que quase gera um sack. No segundo lance, ele faz um péssimo trabalho no stunt, fazendo a passagem do adversário de forma lenta e permitindo o sack. Por ultimo ele mostra uma lentidão, tanto no diagnóstico como na ação, ele não consegue contato em nenhum dos jogadores.

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Mais uma vez, as semelhanças com Fluker ficam evidentes. Quando ele diretamente atacado na proteção ao passe é quase impossível ser batido, trabalha bem com as mãos e tem uma excelente ancoragem (ato de manter a altura do seu pad). Esses atributos fazem com que os adversários fiquem inertes nesse tipo de situação e ele esteja preparado para counter moves.

Veredito

Esse talvez seja o novato que esteja na melhor situação, uma vez que já se espera que ele esteja por trás de Fluker e Iupati, e esse tempo pode ser importante para aprender, se acostumar com o esquema e evoluir sem pressa. Precisa evoluir bastante no movimento de base na proteção ao passe, e diagnóstico também de proteção ao passe, principalmente porque na NFL, irá encontrar um nível de competição bem maior. Como Carroll falou, ele se encaixa bem no estilo Solari de ser, pesado e agressivo no jogo corrido.

Habemus linha ofensiva, o que mudou em Seattle?

Além disso, caso ele evolua bem, ele tem perfeitas chances de aparecer no time titular, uma vez que Fluker e Iupati tem as carreiras marcadas por lesões. Inclusive nos OTAs ele treinou com o time titular no lugar de Iupati.

Go Hawks!