Playbook 08 – A árvore de rotas dos recebedores

Você que escuta muitas vezes o narrador falar: “ele recebeu um passe na rota slant” ou “bela execução dessa rota post”, sabe o que isso significa? Pois bem, na NFL existe uma árvore de rotas que o recebedor deve saber correr. É interessante apontar que, cada jogador vai ter vantagem em alguns tipos de rotas e desvantagem em  outros, devido a limitação física de cada um.

Playbook 01 – Papéis na formação de Punt

Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe

Playbook 03 – Dissecando a Soft-Sky: a alternativa da cover 3

Playbook 04 – Tre Flowers, o aluno aplicado das técnicas da secundária de Seattle

Playbook 05 – Quais tipos de nickel existem?

Playbook 06 – O bandit package, a solução criativa para confundir e pressionar os QBs adversários

Playbook 07 – Técnicas de pass rusher

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Acima temos essa famosa árvore de rotas. Existem outros tipos de rotas, mas que são combinações dessas rotas básicas, então nesse post nos limitaremos basicamente as rotas tradicionais.

0 – Drive, Drag

Uma rota executada que exige que o recebedor corra uma curta distância vertical e depois quebre 90 graus em direção ao centro do campo, movendo-se paralelamente à linha de scrimmage, por trás da linha defensiva adversária. O recebedor pega a bola quando ele passa em frente ao quarterback.

1 – Flat

Uma rota mais curta. O recebedor dá apenas dois passos à frente e vai para à lateral do campo, o mais rápido possível. Normalmente, running backs recebem esse tipo de passe, uma vez que não é uma rota complexa e é uma válvula de escape para o QB. Funciona bem contra marcação individual ou para receber o passe e sair de campo, parando o relógio.

2 – Slant

Outra rota curta, o recebedor corre três jardas para frente e corta em um ângulo de 45° em direção ao meio do campo, seguindo na diagonal. 

3 – Comeback

O recebedor corre 10-15 jardas para frente e faz um corte de 45 graus para o lado de fora do campo, voltando em direção ao QB. Esse tipo de rota exige uma boa sinergia entre o QB-WR, porque em caso de erro pode se gerar um interceptação retornada para TD. O QB deve lançar o passe antes dele fazer o corte, para quando o recebedor fazer o corte a bola já esteja chegando e dificulte a defesa do passe.

4 – Curl

Em tradução livre, “bengala”. Segue o mesmo conceito da rota comeback. Corre 10-15 jardas verticais e quebra 45 graus, só que dessa vez em direção ao meio do campo ou QB.

5 – Out/Flag

O recebedor corre novamente de 10-15 jardas e faz o corte de 90 graus para a linha lateral. Alguns pontos importantes sobre essa rota são: o time pode usá-la para controlar o relógio, o recebedor deve “vender” a rota longa, e o passe deve ser preciso para evitar interceptações.

6 – Dig/In

Essa rota é o espelho da Out. O recebedor corre jardas para frente e corta 90 graus para o meio do campo. Vannett na jogada acima executa a rota.

7 – Corner

Normalmente é uma rota longa, o recebedor corre 10-25 jardas e corta em 45 graus em direção as “quinas” (daí o nome corner) da endzone.

8 – Post

É o espelho da corner. O recebedor corre as jardas verticalmente e corta em 45 graus em direção ao poste do field goal (essa direção que também dá o nome a rota).

9 – Go/Fly

A rota mais simples de se explicar. Olhar para o recebedor e grita: GO!! É só isso, vai em frente toda a vida, até chegar na endzone.

Existe duas variâncias da rota Go:

Seam

É basicamente uma rota Go, mas feita no meio do campo, e nesse tipo de rota é permitido o WR se afastar um pouco. Normalmente ele faz isso para se afastar da marcação em sobra do safety.

Fade

O WR busca ter um release externo, ou seja, vai um pouco para lateral para evitar o contato com o marcador e permitir receber um passe por cima da cobertura.

***Bônus***

Como dissemos, as rotas TRADICIONAIS, foram as abordadas acima. Como bônus traremos algumas rotas derivadas.

Sluggo

O recebedor começa executando uma Slant e depois muda a execução para um Go. Pode gerar grandes avanços, uma vez que se o CB “comprar” a rota para o meio do campo, vai ficar difícil de se recuperar.

Wheel

É uma rota normalmente executada pelo RB. Também pode ser executada pelo recebedor que alinha no meio do campo. A rota começa semelhante a uma flat e depois vira uma rota Go. Funciona bem para RB, porque ele passa meio despercebido e geralmente RBs não executam rotas tão longas.

Scissor

É mais um conceito do que uma rota. É quando dois WR se cruzam um na rota post e outro na rota corner. Isso gera confusão tanto na marcação individual, como para o safety, escolher quem irá cobrir.

Rub

É outro conceito, inclusive semelhante ao anterior. Entretanto o cruzamento dos WRs acontecem logo na saída, para fazer com que os CBs se confundam e acabem “batendo” um no outro, deixando algum dos dois recebedores livres.

Bônus do bônus

Quem lê os textos daqui percebe que sou amante de jogo defensivo. De forma que até nesse post vou arrumar um jeitinho de falar de secundária.

Cobertura banjo

pick1

Essa cobertura é uma forma para defender o conceito rub. Segue o seguinte conceito: o DB do lado de fora marca o recebedor do lado de fora, a não ser que o recebedor interno faça uma rota externa. De mesma forma funciona para o DB interno, ele marca o recebedor interno, a não ser que o externo faça o corte para dentro do campo.

Go Hawks!

36 Replies to “Playbook 08 – A árvore de rotas dos recebedores”

  1. […] o “hot receiver” ajustando sua rota (por exemplo, interrompendo uma rota mais profunda e correndo uma slant ou hitch). Se um quarterback na linha de scrimmage ler a defesa e identificar uma blitz vinda, ele poderá  […]

  2. […] Sugestão para facilitar, ler esse playbook falando sobre a árvore de rotas, para uma melhor […]

  3. […] de ler o texto, sugiro a leitura desse post para facilitar o entendimento das rotas que serão faladas […]

  4. […] suprir um pouco a ausência de Dissly. Não, toda a altura dele não vai servir como TE. Mas ele em rotas seam no meio do campo e em conquista de jardas pós recepção são muito bem […]

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  12. […] da jogada: o posicionamento do CB daquele lado. Ele fica bem recuado de forma que ninguém marca o flat, a rota que Carson executa. Além disso a rota de Lockett ocupa o meio de dois defensores, deixando […]

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