Playbook 58: As técnicas específicas da defesa de Seattle

Neste texto vamos explicar todas as técnicas específicas de Seattle. Esse texto tomou como base o trabalho de Matty Brown do Seahawks Maven.

Técnica de Tackle

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Vamos começar com o essencial da técnica de tackle. Seattle é um time que usa a técnica baseada em leverage/alavancagem com tackle usando o ombro.. O clipe acima mostra o treinador dos linebackers, John Glenn, guiando os LBs Jon Rhattigan e Nate Evans dos estágios iniciais da perseguição até a finalização do tackle.

Isso seria marcado como um drill (exercício) de vice-tackle. Os LBs marcam o running back pós-snap, rastreando o quadril dele. Eles devem fechar o espaço dele. Um jogador terá leverage de fora para dentro; o outro irá perseguir de dentro para fora. Eles terminam mexendo os pés, enfatizando que vão com o pé próximo, com a mão próxima do RB. Eles então tocam o perto do quadril para significar um “tackle”, já que os níveis de contato são limitados nesta fase da offseason. O jogador de fora tocará no portador da bola com a mão de dentro e o jogador de dentro tocará com a mão de fora. Em uma defesa Seahawks, onde se espera que os linebackers façam a maioria dos tackles, esse é o contato de segundo nível ideal.

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Você pode ver o técnico Glenn avançando adicionando um elemento de outside zone a ela, visando o lado de fora antes de cortar para o meio do campo. Ele enfatiza a importância de permanecer próximo ao quadril e não correr demais para fora da jogada, que é conhecido como overrun.

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Playbook 10 – Tipos de corrida

Treino de LEO/SAM

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O assistente de defesa Aaron Curry parecia passar a maior parte do tempo trabalhando com Taylor. A escolha da segunda rodada de 2020 será mais um jogador externo em seu segundo ano, trabalhando como SAM e LEO para ver qual se encaixa melhor. Curry parece ser o especialista da comissão técnica nesse quesito nesta temporada, com foco nos LBs. A posição será realmente importante com os Seahawks procurando continuar seu alto uso de Bear Fronts.

O que aconteceu com a defesa e o ataque de Seattle?

Saudades de 2013? Seattle tem montado sua DL da mesma forma em 2021

Taylor parecia decente em pé no sled. Então, durante um exercício de empurrar o sled, foi fascinante ouvir essa discussão entre Curry e Taylor. Os jogadores começaram um pouco mais longe da linha de scrimmage, refletindo seu status SAM LB. Após a primeira repetição, Curry teve um feedback para Taylor que parecia enfatizar a importância de dominar o bloqueador antes de se livrar da marcação. Curry não parecia querer que Taylor pegasse o blocker e quase o arremessasse contra os linebackers.

Playbook 07 – Técnicas de pass rusher

“Ei, você não pode ir assim [imitou o rip lateral], ele vai tirar você da bola”, disse Curry. “Bloqueie-os [imitou bloqueio]; armover [imitou armover]. ”

Em vez disso, espera-se que os caras na linha de scrimmage na defesa de Seattle controlem os bloqueadores e mantenham o segundo nível limpo. Daí Curry fingir controlar e manipular o bloqueador com as mãos, polegares para cima, agarrando a placa peitoral do oponente. Além disso, com a forma como Taylor executou o exercício, um OL da vida real seria capaz de acessar seu peito e movê-lo.

Técnica de controlar OLs

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O foco é manter aos mãos acima dos olhos, atacar a proteção da área peitoral, os polegares devem apontar para cima para ajudar a manipular o OL. Nesse ataque, os Seahawks querem “afastar.” Pode criar separação ou travar em seu gap. O foco aqui é que os DLs controlem os gaps onde se espera que os linebackers façam a grande maioria dos tackles depois de se infiltrar.

Técnica para os Safeties

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Os DBs estavam aprendendo a técnica de cobertura off-man descrita para mim como “skootch” e utilizada na cover 1. O safety alinha-se com leverage externo em seu homem, a fim de ser uma presença parte de fora da seam. Seattle se propõe a evitar rotas de seam na defesa MOFC, como a cobertura 1 ou cobertura 3.

Ao realizar os “passos de skootch” para ler o release dos recebedores e manter a distância inicial, os defensores são capazes de redirecionar os recebedores que busquem a rota vertical. A partir daí, a safety pode trabalhar para o ombro baixo nessas rotas verticais e ficar de olho se precisará ajudar o outro safety numa rota post.

Neste exemplo, vemos o nº 37 Joshua Moon ganhando profundidade em seu skootch lendo o recebedor. Ele é capaz de ver e quebrar de sua posição baixa na rota de out, cortando o passe graças a seu leverage externo. Há pouco movimento desperdiçado. Os outros homens que participaram do exercício foram o nº 39 Aashari Crosswell e o nº 42 LaDarius Wiley.

Técnicas de Conerbacks

O método de Seattle para cobertura de bump and run é muito conhecido como técnica de press de ‘step-kick’ ou ‘kick-step’. Mas o que isso realmente significa? Temos ótimas ilustrações dos CBs novatos aprendendo a metodologia.

Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe

Playbook 04 – Tre Flowers, o aluno aplicado das técnicas da secundária de Seattle

Zebra/Midpoint

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Essa técnica é fundamental. O time estava chamando blitz e calhou de ficar contra dois recebedores em rotas verticais. Nessa situação o DB tem que ficar entre os dois recebedores para lhe dar alguma chance de fazer o desvio. É preciso muito controle porque se o CB fechar demais no meio pode ser batido pelas costas no recebedor externo.

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Essa técnica pode ser usada juntamente com outros conceitos. Ele parte do seguinte princípio: o CB vai colocar seu ombro interno no ombro de fora do recebedor. Essa ideia faz com que o CB não ceda rotas externas e force o recebedor para dentro, onde ele terá ajuda do safety.

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Com a ameaça de dois recebedores em profundidade ele inicia seu trabalho com o midpoint. Depois que o recebedor mais externo corta para o meio, ele parte para a técnica de zebra e marca em zona o recebedor, se antecipando e se aproveitando do passe ruim para fazer a interceptação.

Cover 3/Cover 1

A técnica é usada em cover 1 e cover 3 read. O cornerback se alinha no olho interno do recebedor. Eles esperam o release do recebedor. Até que o recebedor tenha declarado totalmente para que lado está indo, o CB deve permanecer em posição square e não abrir os quadris, ao invés disso, negando espaço e diminuindo o espaço do recebedor.

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A única rota que o CB deve absolutamente parar com esta técnica é a rota vertical fade (go), que chega principalmente por meio de um release externo. Os Seahawks estão bem em ceder rotas para fora porque eles querem que seus CBs fiquem acima do recebedor e impedir em primeiro lugar a rota Go.

Na verdade, CBs mais inexperientes ou menos confiantes aprendem um passo de leitura externo. Este pequeno passo lateral com o pé externo permite que eles realmente tirem as rotas de release externos em primeiro lugar. O passo deve ser lateral, ou mesmo ligeiramente para trás, para evitar que os quadris travem na transição externa. A partir daí, o posicionamento do corpo força o recebedor a correr próximo ao CBs sem serem ameaçados.

Você pode ver o coordenador de defesa de jogo aéreo, Andre Curtis, pisando com o pé de fora e, em seguida, lendo Bryan Mills indo para dentro. Uma vez que Mills entrou e saiu da área próxima a Curtis, o treinador começou a fazer a transição. A escolha da quarta rodada, Tre Brown, tentou uma abordagem semelhante, mas queria ser mais ativo com os pés, resultado de sua técnica comumente usada para espelhar implantada em Oklahoma.

Tre Brown: Teremos uma nova era de CBs em Seattle?

Quando os Seahawks pressionam com os CBs, eles querem que eles tragam os braços com os pés. Com seu footwork, eles querem pressionar totalmente o recebedor antes da declaração clara de release.

Os braços acompanham a manutenção da posição como ferramentas para interrupções. Os braços são direcionados ao peitoral do recebedor e é importante que o jogador não se precipite ao trazê-los, daí o amor histórico dos Seahawks por CBs de braços longos. Seattle quer que seus DBs de press joguem com dois braços, um braço e zero braços em press.

Isso difere da maioria das equipes, onde os treinadores têm medo de que bater com os dois braços resulte em travamento dos quadris para a transição. A fim de evitar esse travamento do quadril, e além de precisar de atletas decentes, os Seahawks não têm medo de ter seus CBs dando passos laterais e para trás ao ler o release antes da declaração clara.

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Para Brown indo contra Mills, o jogo de braços de 2 a 1 a 0 era o que ele parecia ter dificuldades. Aqui está Curtis aplaudindo seus esforços iniciais, chegando no primeiro dia do camp.

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Então aqui está Curtis no segundo dia mostrando a Brown, novamente, como jogar com 2-para-1-para-0 e ficar por cima com a rota de release externo. Brown estava lutando para se lembrar da técnica – possivelmente se confundindo com o trabalho da técnica de cloud da Cover 2 que foi apresentado no segundo dia do minicamp. Curtis queria enfatizar o nivelamento da versão 2 para 1 para 0 com a manutenção da posição. Na última repetição, Brown teve melhor “chute” com os pés, mas precisava ficar com os dois braços por mais tempo.

Bryan Mills chega para buscar um espaço na secundária

Cover 2

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Finalmente, temos repetições de redirecionamento em cover 2, com Brown mais uma vez enfrentando Mills. O cornerback, neste caso, jogando como um dos cinco defensores da zona, tem a tarefa de atrapalhar qualquer rota de release externo. Isso ocorre porque terá ajuda por cima do safety. Este safety é responsável por metade da zona profunda do campo e está alinhado na parte interna do cornerback. Para o safety de fazer uma jogada num passe profundo para o recebedor nº 1 perto da linha lateral, ele precisa de tempo para ler do recebedor nº 2 para o recebedor nº 1 e também ver o QB. O CB é responsável por arrumar tempo para esse safety.

Playbook 13 – Cover 2, um conceito que vem sendo usado cada vez mais em Seattle, na era pós LOB

Brown fez um bom trabalho chutando para fora com um release aberto de Mills enquanto colocava dois braços no peito do recebedor. A partir daí, não mais ameaçado verticalmente, Brown jogou com um braço e foi capaz de virar o quadril para a linha lateral a fim de adquirir visão de quarterback. Este jogo de costas para lateral, às vezes conhecido como ‘técnica de sail‘, é importante para um CB de cover 2 / nuvem, pois permite que eles façam jogadas com a bola e também observem o recebedor nº 2. Dessa forma, eles ficam por baixo de uma rota vertical a partir do nº 2 para ajudar o safety da metade profunda, digamos uma rota de corner.

Texto adaptado de:

https://www.si.com/nfl/seahawks/gm-report/analysis-seahawks-rookie-minicamp-deep-dive

Go Hawks!

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