Calma, ainda não é o pós jogo. Não quis atrapalhar o almoço de família de ninguém no domingão, falando de um jogo que foi terrível até para os padrões de preseason. Na segunda vocês poderão começar a semana lendo a análise detalhada, por hora, que alertar o querido leitor para alguns pontos importantes.
Vamos lá!
Quem joga a semana 3 da preseason
Existem alguns times que colocam os titulares para jogar na semana 3 da preseason. Dolphins, Broncos, Browns foram exemplos disso em 2025. Já uma boa parte dos times, como o caso de Seattle, já estão pensando na semana 1 da temporada regular e por isso poupam seus titulares e a maioria dos reservas.
Então, pensando na abordagem de Seattle, são basicamente três grupos que jogam a semana final:
- Calouros: quanto mais snaps, mais experiência os novatos vão adquirindo. Milroe por exemplo, não será cortado e o time deu a ele o jogo completo contra os Packers (ainda que tenha sido com um grupo horrível de OL + WRs);
- Jogadores que eu, você e até eles mesmos sabem que serão cortados: é uma última chance de mostrar algo e poder garantir um emprego em outro time. Nomes como Isas Waxter, Keydrain Calligan e outros, com certeza não farão o roster;
- Jogadores que disputam as últimas vagas: o time dá chance aos candidatos finais de mostrarem algo. Essa briga não vai definir nenhum titular, servindo apenas para nomear quem vai ser o último CB da lista, ou WR.
Caso MVS
Com o que foi listado acima, MVS torna-se um caso interessante. Ele jogou bastante (em quantidade, não qualidade) na semana 3. Isso coloca sua vaga em risco. Outrora ele era considerado junto com JSN e Cooper Kupp um nome certo na lista final. Contudo, durante o camp e os jogos da preseason, nomes como Tory Horton, Jake Bobo e correndo por fora até Dareke Young e Cody White colocaram pressão na sua permanência.
Vocês sabem o quanto critiquei o contrato de MVS. Para quem não sabe, dos 4M que ele tem em seu contrato, 3M são totalmente garantidos. Não existe justificativa para isso, mas, não estamos aqui para avaliar o movimento de JS. O que acontece é que esse erro do GM dos Seahawks faz o contrato de MVS ser mais palatável para outros times. Quem trocar pelo recebedor veterano terá que pagar apenas 1M.
Não acho que JS será capaz de achar algum parceiro de troca para MVS. Mesmo com alguns reports de vários times buscando algum reforço no setor, como Vikings, por exemplo.
Caso Christian Haynes
Os times também poupam de jogos de preseason jogadores que estão em vias de serem trocados. Na última quinta-feira, Brian Robinson, dos Commanders, foi poupado para evitar lesões que atrapalhassem uma troca. Pouco tempo depois ele foi trocado para os 49ers.
O fato de Haynes não jogar e não ser um titular, indica que ele pode estar, no mínimo, envolvido em potenciais conversas de troca (também não acho que JS seja capaz de conseguir algum retorno nele). Mike Macdonald após o jogo falou que ele não participou por conta de uma lesão no no músculo peitoral, que não seria grave, mas eles quiseram ser cautelosos.
Pode até ser verdade, mas em nenhum momento surgiu o assunto dessa lesão. MM deu entrevista após os treinos em conjunto e nem sequer comentou algo sobre. E é óbvio que se o time estiver tentando trocá-lo o HC não pode falar:“sim, ele não jogou porque estamos tentando arrumar algum time para ele”.
O que você precisa saber sobre os cortes
Os times tem até quarta-feira para reduzir seus elencos de 90 para 53 jogadores (muitos já começaram a fazê-lo). É muita gente sendo cortado, de bagres a caras que podem reencontrar espaço em outros times. Dito isso, é bom alertá-los para alguns cenários:
- Os 53 finais, normalmente não são finais: Acima falamos que as 32 franquias precisam cortar 37 jogadores num espaço curto. São 1184 que viram free agents ou vão para os waivers. Então, antes mesmo da semana 1 chegar, Seattle ou qualquer outro time pode adicionar algum desses jogadores cortados e para isso, vai precisar cortar mais alguém de sua lista de 53;
- Nem sempre a lista final contém os melhores: a ideia que temos é que a lista dos 53 vai ser formada pelos 53 melhores que o time tem a disposição, certo? Nem sempre. Existem algumas coisas que podem pesar no corte. O time pode optar por cortar um jogador em detrimento a outro, por achar que vai ser mais fácil trazê-lo para o PS no futuro. Não precisamos ir muito longe para mostrar isso. Ano passado, mesmo com George Holani jogando muito mais do que Kenny McIntosh, ele foi cortado dos 53. O time pode ter levado em conta o histórico de lesões de Holani e o fato do contrato de McIntosh ser mais longo. Fiquem atentos que isso pode acontecer novamente com o time pensando em manter Damien Martinez (não necessariamente significando o corte de Holani, mas de algum outro jogador que tenha performado melhor em sua área);
- Artifício do cap: outro ponto é que existe um “bônus” chamado de “vested” que é dado a alguns veteranos por estarem no elenco ativo após os cortes. Alguns times cortam alguns veteranos para fazer essa economia (que não é tão grande assim). Já faz ao menos dois anos que Seattle não se utiliza disso, mas já fez bastante com nomes mais recentes como Nick Bellore, Jaron Brown e etc.
Forever a 12s!