Bom dia, boa tarde ou boa noite amantes da franquia Seattle Seahawks, essa time desgraçado que acaba com a semana de qualquer torcedor fanático. Foi uma daquelas tardes bem longas. Durante mais de duas horas ficamos vidrados na tela dos nossos dispositivos eletrônicos assistindo um grupo de jogadores totalmente desconexo, vestidos de azul marinho e verde, ser completamente humilhado pelo Buffalo Bills. Com o placar final de 31- 10 ficando bem longe de refletir com veracidade as diferenças técnicas e táticas entre as duas equipes.
Pós Jogo Buffalo Bills 30 x 10 Seattle Seahawks [Week 8 2024]
Em qualquer tipo de jogo ou esporte, de amarelinha a futebol americano existem apenas três opções de resultados para os participantes: A vitória, a derrota ou o empate. Porém, muito mais importante que os desfechos em si, o que realmente é como eles são construídos. Na tarde de domingo, falhamos justamente nesse quesito. Por mais que enfrentávamos um time infinitamente superior ao nosso, não competimos, não fizemos frente, não houve a mínima possibilidade de vitória, isso é o mais frustrante.
Nesse Raio-X vamos tentar descobrir como chegamos até aqui. Vai ser difícil relembrar esse jogo.
Vantagem de jogar em casa?
https://x.com/EvanHillHB/status/1844780532107825230
Nessa sessão do textos vou ter que tocar em um tópico um pouco sensível para a nossa torcida. Primeiramente, vamos a algumas perguntas: O Seattle Seahawks é um bom mandante? Jogar no Lumen Field tem sido um fator positivo para nós? Jogar no pacifico noroeste tem sido uma desafio grande para os nosso adversários?
Bom para responder tais questionamentos, vamos olhar de início apenas para frieza dos números. Nos últimos trinta jogos em seus domínios, os seahawks tem o surpreendente recorde de quinze vitórias e quinze derrotas. Mas para além das estatística, nas últimas semanas perceberemos que o mando de campo muitas vezes se inverte.
Depois da partida contra o Buffalo Bills tivemos Geno Smith abertamente falando como estava difícil de se comunicar e que se sentia jogando fora de casa. Na imagem acima temos uma visão aérea da partida contra o San Francisco 49ers, nosso maior rival. É claramente perceptível a massa vermelha concentrada nos lugares mais privilegiados do Lumen Field.
Não se sabe como nem porque perdermos essa vantagem historicamente estabelecida. A teoria que é mais comentada pelas redes sociais é que as pessoas que compram as entradas anuais para os Seahawks estão revendendo para torcedores adversários. Por que isso começou a acontecer? Como evitar isso? Essas são perguntas para um dono de franquia que se importa com sua equipe responder. O que não pode acontecer é continuarmos jogando a fora de casa a temporada inteira.
Engrenagens enferrujadas.
Você meu caro leitor, e de certa forma é um clichê do futebol americano, ouvir que as unidades do jogo, tanto ofensiva, quanto defensiva, funcionam como uma maquina de engrenagens. Se olharmos para a defesa por exemplo, os jogadores de linha defensiva (Defensive Tackles e Defensive Ends), os Linebackers, e a secundária (Conerbacks e Safeties) precisam estar em sincronia em todas as chamadas.
Se uma dessas partes deixa de funcionar, assim como uma máquina quebra e pode explodir, defesas levam jogadas gigantescas e complementem não só partida, mas também, se ajustes não ocorrerem, temporadas inteiras de franquias.
Na tarde da semana 8 tivemos mais uma amostra disso, mas infelizmente o bode expiatório da vez foi o nosso Seattle Seahawks. Não foi uma, nem duas, nem três, nem quatro vezes que a mesma situação ocorreu. O Buffalo Bills corria com a bola, o Running back parava em frente a linha defensiva, esperava 2 segundos e corrida para o lado inverso onde o mesmo tem todo espaço do mundo para correr.
Isso acontece para porque, a linha defensiva não pressiona, os linebackers não travam os gaps e a secundária não está atenta o suficiente para fazer tackles externos. Podemos ter falhas individuais, mas o pior é quando a máquina inteira não está funcionando.
Para não dizer que não falei do Barner.
https://x.com/alexcastrofilho/status/1845978258803745033
Sempre que vou escrever um Raio-X meu caro leitor, esse autor sempre busca trazer pontos positivos e negativos sobre toda a partida. Afinal, um texto fica muito mais agradável de ser ler quando ele não leva o assunto, nesse caso, o nosso amado gigante do pacifico noroeste, nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.
Depois de uma partida pavorosa como foi a derrota para o Bufallo Bills foi realmente difícil. Mas revistando um pouco o embate me deparei com uma figura curiosa, AJ Barner. O Tight End escolhido na quarta rodada vem surpreendido positivamente. Escolhido inicialmente para ser um simples bloqueador, o camisa #88 vem até tendo boas atuações recebendo passes, algo que não aprecia muito em Michigan, onde foi campeão do college, devido o viés terrestre do time de Jim Harbaugh.
Chegando na NFL, Barner chegou recentemente as 105 jardas, com 10 recepções em 10 alvos e um bom número de 10.5 jardas por recepção. Por essa boa fase, o calouro passou a frente do bem mais veterano Pharao Brown. Sendo, sem dúvida nenhuma o segundo Tight End mais utilizado da equipe apenas atrás de Noah Fant.
Aj já teve algumas boas recepções contra defesas em zona e se olharmos com um otimismo puramente clubista, ele lembrou um pouco, assim, bem longe mesmo, Travis Kelce.
A frase a cima foi puro hot take, mas o novato vai bem, não existe razão para tentar desenvolve-lo melhor.
[…] Raio-X: Derrota total. […]