Raio-X: Rotina ou Desastre?

Hoje, nessa terça-feira, feriado é dia de nós refletimos sobre o doída derrota do último Domingo pela manhã, para o Tampa Bay Buccaneers, na gelada Munique, no sudeste da Alemanha. Há muitas lições a se tirar desse jogo, portanto, sem mais delongas vamos começar nosso Raio-X.

O Momentum importa muito em jogo.

Existe uma expressão vinda do mundo da física chamada momentum, literalmente, ela significa força, ímpeto, movimento. No mundo dos esportes geralmente seu contexto é alterado e ela passa a apresentar um sentido parecido com seu homônimo, nesse caso o momento favorável é sagrado dentro de uma partida.

Os jogadores não robóticos, eles sentem a atmosfera, a torcida gritando ou em silêncio, as expressões faciais dos seus companheiros e as suas linguagens corporais. Agora vamos pensar a partir do jogo de ontem.

É o meio do terceiro quarto, o placar estava 14 à 3 para Tampa Bay, o adversário está no campo de ataque, na beira da redzone, nossa defesa não conseguiu para-los o jogo inteiro, de repente o Leonard Fournette tenta uma passe para Tom Brady em uma jogada bizarra, Tariq Woolen intercepta o passe de forma sensacional!!!

Todos pensam: É agora que viramos o jogo. A torcida no estádio se anima, vemos os jogadores dos Bucs com a cabeça baixa, é a hora de atacar!

Mas…… Assim que entramos na redzone…. Geno tenta salvar uma jogada que já estava totalmente morta, sofre um fumble besta e tudo vai por água abaixo. Muito mais que os sete pontos perdidos naquele momento, o time perdeu toda vontade e a garra, devolveu o jogo para a mão de Tampa e contra Tom Brady, você não vai ter uma oportunidade de assumir o controle do jogo duas vezes. 21x 3 Buccaneers, virou garbage time.

Em um contexto certo, momentum vale muito mais do que pontos.

Erros repetidos.

Estamos agora na semana 10, a essa altura da temporada já existem vídeos de amostragem suficiente para os times estudarem uns aos outros, e olhando bem para três dos últimos quatro jogos, nomeadamente, Chargers, Cardinals e mais recentemente, Buccaneers. O que todos esses jogos tem em comum?

Em todos esses jogos tomamos um touchdown de maneira quase idêntica, em rotas iguais cruzando o campo. No jogada contra Los Angeles foi um bom desenho contra a marcação individual de Tariq Woolen. Em Arizon, Boye Mafe apareceu, em zona, marcando DeAndre Hopkins, um dos melhores Wide Receivers da liga.

Em terras germânicas, mais uma vez Julio Jones executou o mesmo tipo de rota e a defesa bateu cabeça completamente. Venha comigo no replay pra acompanhar cada um meu caro leitor: Tariq Woolen alinha na frente do recebedor dos Bucs demostrando marcação individual, mas quando a jogada começa ele recua guardando a sua zona.

Ryan Neal que está posicionado como Linebacker sai pra marcar o running back em uma rota curta. Jordyn Brooks é completamente exposto na jogada tentando se recuperar depois de tomar um baile do Mike Evans no meio do campo.

Um erro é um acidente, duas vezes o mesmo erro é burrice, três vezes é incompetência. Nos próximos jogos com certeza os times adversários irão explorar isso.

Será que Seattle algum dia vai resolver isso?

O bater de asas de uma borboleta pode criar um furacão.

Antes desse jogo, o time do Tampa Bay Buccaneers era disparado o pior jogo terrestre da história da NFL, tendo recordes negativos atrás de recordes negativos. Como consequência, as linhas defensivas pressionavam o quarteback sem maiores preocupações, portanto, Tom Brady estava sendo pressionado e jogando mal.

Tudo isso acontecia apenas porque o jogo corrido não funcionara, uma coisa acontece por efeito da outra, literalmente como a teoria do efeito borboleta.

Pois bem, se a teoria se encaixa negativamente nessa situação, ela também pode ser encarada pelo lado positivo da moeda, pelo menos positivo para os Bucs, e bom, parar o avanço deles pela a terra, deveria ser uma das nossas prioridade.

A partir do momento que fomos completamente incompetentes na contenção dos running backs toda a engrenagem volta a girar, então o talento do Brady volta a aparecer, depois disso, ele teve tempo suficiente para dissecar facilmente a nossa defesa. É preciso identificar melhor os pontos de ignição dos times, ou seja, neutralizar seu bater de asas da borboleta.

Folga no momento certo.

Na minha humilde visão não há momento melhor para a nossa Bye Week do que este. Foi uma viagem cansativa e uma derrota frustrante, agora é o o mento que de descansar pra se reposicionar no resto da temporada. Faltam apenas 8 jogos e a sequência vai apertar de vez, os Seahawks jogam contra 49s, Chiefs e duas vezes contra os Loas Angeles Rams, que por mais que venham em uma sequencia negativa, tem a tradição de nos derrotar com certa facilidade, incluindo a nossa mais recente aparição nos playoffs.

Existem jogos vencíveis no caminho, mas provavelmente apenas eles não vão nos levar aos playoffs. É necessário se adaptar, porque como eu já citei mais acima, o times já possuem tape da defesa e do ataque, está na hora de abrir o playbook, pelo menos esperamos que Pete Carroll e companhia não tenham aberto totalmente ainda.

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