11 entre 10 torcedores detestam o trabalho de do Coordenador Defensivo, Ken Norton Jr. Isso tem total razão, vamos aos fatos, em 2018 o time foi muito mal contra o jogo corrido, em 2019 o time foi um dos piores no quesito pressionar o QB [que gerou até uma das paródias do site] e em 2020 foi a pior defesa aérea da história da liga.
Nesse texto aqui iremos um pouco além das críticas, mas iremos fazer algumas sugestões de esquemas que poderiam dar certo com as peças que nós temos atualmente.
Vamos lá
Pacote Dime serve só para cobrir passes?
Para os que são pouco familiarizados com o termo Dime, essa é uma formação em que há 6 defensive backs em campo. Normalmente é usada em situações mais claras de passe. Mas aí vamos ver o que temos no elenco. Ugo Amadi e Marquise Blair, que são os prováveis usados nessa formação, são dois excelentes blitzers conseguindo achar bem o caminho para os QBs.
Seattle encontrou seu nickel em Ugo Amadi?
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Enquanto Ugo Amadi tem mais velocidade, Marquise Blair tem boa força para atacar o QB. Percebam nesse lance acima como ele usa a força contra o RB e quase chega ao QB.
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E aqui vemos Blair atacando o QB novamente e apesar de não conseguir o sack, ele estaria em posição de fazê-lo e consegue levar a bola para a endzone.
Mestre dos Disfarces
Você deve estar estranhando eu falar de Blitz e não citar Jamal Adams. Estava guardando o melhor para o final. Essa formação dime permite ser absurdamente criativo com os jogadores que o time tem a disposição. Além das três opções que temos para enviar em blitz, temos três jogadores que jogam como safety. Então o time pode fazer com que Amadi ou Blair cubram a função de safety, enquanto Adams vem na blitz, confundindo assim o ataque adversário.
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Percebam o disfarce na jogada acima. Parece que Ryan Neal vai para blitz e Jamal Adams estará em marcação individual no recebedor. No entanto, no momento do snap as funções mudam. Neal vai para marcação e Adams vai para cima do QB. Essa confusão gerada fez com que Wentz hesitasse e permitisse que Adams conseguisse o sack.
Com Blair saudável, Amadi vindo de uma boa temporada e Adams finalmente saudável e com mais adaptação ao esquema, essa é uma boa saída, para se complementar com a rotação da linha defensiva. Manter os ataques adivinhando é fundamental para o sucesso de uma defesa.
Pacote Cheetah, o novo velho NASCAR
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Em 2016, Seattle usava um pacote defensivo chamado de NASCAR, que havia sido desenvolvido pelos Giants, anos antes. Esse pacote vai receber um texto só para ele mais a frente. Esse ano Seattle tem usado algo semelhante e o chamou de pacote Cheetah.
Isso surgiu em LSU, Ed Orgeron-USC técnico de linha defensiva e assistente técnico sob Pete Carroll de 2001 a 2004- usou um pacote Cheetah. Isso tecnicamente colocaria uma formação 1-5-5 campo. “Vamos colocar quatro caras rápidos lá, e deixá-los ir atrás do QB”, disse Orgeron em setembro de 2017.
Com a versão Cheetah de Seattle, o pacote parece ser mais sobre colocar os quatro melhores pass rushers em campo. Se esses jogadores forem rápidos, isso é obviamente bom! No entanto, o foco está em chegar ao QB o mais rápido possível.
“Bem, as cheetahs são rápidas, e esse grupo, é melhor eles pegarem o QB rápido”, explicou o coordenador defensivo Ken Norton Jr. durante uma entrevista na offseason.
Usando um front even dos Seahawks coloca dois defensive ends abertos e dois DTs como 3-tech. Esses 3T podem alinhar a frente do guard ou abrir para ficar a frente dos OTs, como um 4-tech. Consequentemente os DEs abriram ainda mais nessa situação.
Carroll gosta desse visual porque cria confrontos 1v1 na linha defensiva para seus rushers. Os edges enfrentam um tackle, os tackles enfrentam um guard. Sim, o ataque provavelmente deslizará o center para ajudar de um lado da proteção. Ainda assim, o center tem um longo caminho a percorrer para ajudar na proteção de passes em comparação com um DT alinhando como 0-tech, 1-tech ou 2-tech.
Aqui a sugestão é mais para a escolha dos jogadores. Se nas pontas é quase certo o uso de Mayowa e Dunlap, com Robinson e Taylor como “reservas” imediatos, os jogadores “internos” geram mais dúvidas. Rasheem Green reencontrou seu futebol nessa offseason e parece ser um dos nomes certos para a função.
O outro tem sido uma constante mudança. KNJ tem insistido em LJ Collier, mas Kerry Hyder é uma escolha óbvia. Não é nem pelo fato de Collier ter sido uma das piores escolhas da era PC/JS, mas sim pelas caracterísitcas. Jogando por dentro Collier usa quase que exclusivamente o bull-rush e tem dificuldade de ganhar seus 1v1. Hyder tem bem mais repertório para ganhar no 1v1 e de forma rápida, que é o que se espera nesse pacote Cheetah, o bull-rush gasta muito mais tempo.
Referências:
https://www.si.com/nfl/seahawks/news/analysis-breaking-down-seahawks-cheetah-package
Go Hawks!
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