Rumo ao Draft #8: Quem pode ajudar a fazer a secundária voltar a ser temida?

Ainda faremos um post nostálgico lembrando a Legion of Boom mas, naquela época, nossa secundária era temida e foi uma das melhores defesas da história da NFL. Com a saída de Thomas e aposentadoria de Kam, os últimos remanescentes foram embora. Apesar de bons sinais com o ano de Flowers e McDougald, tivemos a queda de Griffin, e o time ficou de mãos atadas por ter no elenco para cobrir essa posição apenas King, que não é lá grande nome.

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Vamos lá então, o primeiro jogador eu gostava muito dele na temporada passada, mas ele nessa temporada tinha dado uma caída, e quando voltei a assistir seus jogos, voltei a querer ele em Seattle, trata-se dele, Michael Jackson, CB de Miami U. Um dos corners mais físicos dessa classe, se encaixa bastante no esquema de Seattle. Tem 6’1”, 210lbs e 32,5 de comprimento de braço. Teve sua penúltima temporada de destaque, onde registrou as 4 interceptações que tem na carreira, mas no último ano não registrou nenhuma. Terminou com um total de 97 tackles, 3.5 sacks, 6.5 tackles para perda de jardas e 11 passes desviados. Final de quarta rodada, é o que penso para ele.

Vamos ver alguns lances:

Ele tem muita disposição para ajudar no jogo corrido, não tem aquelas mentalidades “diva” de não querer ir para o “meio da confusão”. É forte e tem uma ótima técnica para fazer tackles.

Muito determinado e rápido, correu 4.4 no Combine, todos os seus treinadores falam que ele trabalha muito pós treinos, e é uma fator importante a dedicação, principalmente na mudança de college para NFL.

Apesar de não ter uma boa fluidez nos quadris, ele tem uma envergadura muito boa, e joga muito fisicamente atrapalhando as rotas dos recebedores. Atuando com muita força em press coverage.

Tem uma compreensão muito boa dos conceitos de zona do campo, mantendo uma boa  visão periférica dos adversários próximos, além de um ótimo “moon walking”, ops, quis dizer backpedal (os passos para trás até o momento que há quebra de rotas). No segundo lance mais uma interceptação com um belo trabalho de jam, que é o “soco” que o DB dá no peito do recebedor para conseguir uma vantagem de posicionamento.

Se Michael Jackson tem um perfil muito parecido com Seattle, o jogador que ainda mais se parece, é Isaiah Jhonson. Um ex-recebedor que foi convertido para CB, jogador atlético e físico, mas que sofre um pouco pela pouca experiência na posição. Jogou muito em cover 3, que é a formação mais usada em Seattle. Depois do Combine teve gente sugerindo ele até na segunda rodada, mas seria muito alto para ele, uma quarta rodada seria um bom valor.

6’2”, 208lbs e 33 de comprimento de braço. Ainda assim, correu um 4.4 no combine, e temos várias amostras da sua excelente velocidade…uma bela jogada aqui.

Tem uma boa envergadura e sabe usá-la bem, para fazer tackles fator importante para quem começou a carreira como recebedor.

 

Muito atlético e físico, tem velocidade para antecipar as rotas, mesmo quando ele é batido em cortes, consegue chegar em velocidade e usar sua envergadura para fazer interceptações e desviar passes.

Esse é o ponto mais positivo sobre ele: Apesar de ser um WR nos dois primeiros anos, tem uma técnica muito boa de press, a do step-kick, que é obrigatória em Seattle e a do “soco” com as duas mãos. Interessante que em entrevistas e dias de treinos do Senior Bowl ele demonstrou tanto a técnica de press, como off-ball. Apesar de não ser tão bom em off, suas tentativas demonstram vontade de aprender e isso, como já disse algumas vezes antes, é fundamental para um calouro, principalmente sobre a batuta de PC.

Aqui está uma de suas grandes fraquezas, é várias vezes batido em cortes, isso porque apesar de até possuir ferramentar físicas para “impedir” essas separações, jogou num esquema totalmente focado em zona, que não permitiu desenvolver essa habilidade, e isso é uma lacuna grande para um DB preencher.

Vamos aqui para o primeiro nome conectado de forma mais forte a Seattle, o do CB Lonnie Johnson, de Kentucky. Tem 6’2”, 213lbs e mais um com braços maiores que 32. Se encontrou com Seattle no Combine, e passou pelo teste para ver quanto tempo passava sem piscar. Pode parecer estranho, mas foi o mesmo teste que fizeram com nosso punter Michael Dickson.

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É um jogador muito disciplinado taticamente, capaz de cobrir zonas, principalmente no fundo do campo, outro jogador que vai muito bem no cover 3. Tem os quadris muito rígidos para a marcação individual. Sua técnica de tackles também não é das melhores, fazendo com que valha final de quarta rodada, começo de quinta. Entretanto aposto que ele vai sair bem antes disso, por alguns times terem ficado fascinados por ele.

É um cara mais criador de pancadas que um bom tackleador, como dito anteriormente. Além de na ajuda ao jogo corrido, demorar muito para sair de bloqueios, mesmo sendo alto, toma ângulos e técnicas bem ruins para fazer as jogadas.

Boa velocidade e aqui sim, fazendo bom uso dos seus braços longos para o tackle.

Marcando o fundo do campo, conseguiu cortar a linha de passe, mesmo tendo em tese dois alvos para marcar. Infelizmente essa foi a única interceptação que ele conquistou na carreira.

Bom trabalho em press e fazendo a boa leitura de quando atacar a bola. Ele demora um pouco para virar para defender a jogada, por isso que tem passes defendidos, mas UMA só interceptação registrada, precisa trabalhar nesse ponto.

O prospecto a seguir, foi um primeiro CB a ter uma visita agendada com Seattle, trata-se de Derreck Thomas, jogador de Baylor. É basicamente uma réplica física de Tre Flowers, 6’3”, 190lbs e 33 de comprimento de braço, além de 4.4 de tempo no tiro de 40 jardas. Aqueles projetos que podem dar bastante certo e deve custar um começo de sexta, o que poderia se considerar uma barganha. Contam contra ele o pouco tempo de experiência e que já terá 24 anos no momento do draft.

Começando explicando um conceito importante, o de leverage. Você pode estranhar o termo, então explico. O leverage nada mais é que espaço. Sendo mais claro, o que acontece numa jogada é o CB poder alinhar do lado externo ou interno, ou seja, forçar o recebedor ficar entre o CB e linha lateral ou ficar entre o CB e o meio do campo. Cada tipo de cobertura tem um leverage específico, essa marcação provavelmente seria uma cover 1, ou seja apenas um safety cobrindo o fundo do campo. Dessa forma o trabalho dele era usar a linha lateral como sua aliada, e ele consegue fazer com que o recebedor fique tão espremido que ele pisa fora de campo, invalidando a jogada.

Apesar de “magro”, é muito físico, tanto na marcação em pressão, como na hora de atacar a bola, sempre disputa passo a passo e sabe usar sua excelente envergadura para desviar passes.

Aqui uma excelente leitura de uma jogada improvisada, o único defeito…

… é que ele teve a chance de fazer a interceptação e por vezes lhe falta essa habilidade de completar a defesa do passe com a interceptação, a bola as vezes parece estar quente em suas mãos.

Por último, mas não menos importante, teremos Jordan Miller, jogador da minha querida Universidade de Washington. Mais um do “bonde” dos com mais de 32 de comprimento de braço. Tem 6’0” e 186lbs, um pouco leve para os padrões de Seattle. O que atrapalha em disputas físicas e combate ao jogo corrido. Excelente competidor e trabalhando bem nessa secundária forte dos Huskies. Meio para final de sexta rodada é seu valor.

Apesar de não ter uma grande porte físico, não foge da luta e gosta da pancada.

Aqui evidenciamos a fraqueza na hora do tackle para fazer a interrupção da jogada.

Nessa jogada perde o rastro do jogador ao olhar para bola, permitindo uma recepção.

Tem um bom rastreio da bola e boa agilidade para chegar em bolas desviadas.

Aparece bem em marcações individuais, mudando de direção em velocidade.

Quem vai combina com Seattle? Quem vai ter chance de ajudar a reerguer nossa defesa?

#GoHawks

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