Algo que está na boca do povo é o trabalho de BS com Russell Wilson e as chamadas ofensivas. Como se sabe, é bem fácil criticar por criticar, aqui vamos tentar fazer um contraponto e montar uma abordagem mais construtiva. Primeiramente, por mais que você queira criticar, é fácil ver uma melhora na condução das chamadas. Vamos aos números de Russell Wilson, tendo como comparação o último ano com Bevell e os dois últimos com Schotty:
- em 2017: 34 TDs, a segunda melhor marca da carreira, para 11 interceptações e uma taxa de passes completos de 61.3%, a pior marca da carreira;
- em 2018: 35 TDs, a melhor marca da carreira, para 7 interceptações e uma taxa de passes completos de 65.6%, a terceira melhor marca da carreira;
- em 2019: 31 TDs, a quarta melhor marca da carreira, para apenas 5 interceptações, a melhor marca da carreira e uma taxa de passes completos de 66.1%, a segunda melhor marca da carreira.
É fácil ver que a acurácia de Wilson melhorou muito nos anos com Brian. Mas, como dito no começo do texto, vamos tentar pensar como esses números podem ser ainda melhores, e Wilson conseguir, ao menos UM VOTO para MVP, algo que é absurdo para alguém com sua carreira.
Jogo Corrido
Esse ponto é um dos mais criticados, o exagero das chamadas de corrida. Para mim, esse não é o maior dos problemas, vamos aos números:
- 2.560 jardas em 534 corridas para 15 TDs, uma média de 4.8. Foi o PRIMEIRO time da liga em 2018 no jogo terrestre;
- 2.200 jardas em 481 corridas para 15 TDs, uma média de 4.6. Foi o quarto time da liga em 2019 no jogo terrestre;
O maior problema não é correr muito, mas sim como corre. Muitas corridas são jogadas no lixo ou dão certo apenas porque Carson consegue criar jardas depois do contato. Mas sobre o fato de correr melhor, temos esse texto:
Como maximizar a produção do jogo corrido de Seattle?.
O jogo corrido é importante, primeiramente para o uso do play action, e em seguida, para evitar que o pass rush adversário venha apenas para cima de Wilson e tenha que se preocupar em conter o jogo corrido. E já sabemos que nossa linha ofensiva não é das melhores e precisamos da tempo a Wilson para o menino brilhar. Além disso, com a ameaça do jogo corrido, a defesa vai ter que colocar mais jogadores no box, permitindo ser explorada no fundo do campo.
Concordo que devemos colocar mais a bola não de RW3, mas não excluir totalmente o jogo corrido, ele é importante, por mais que a liga se desenvolva e se torne mais focada em passes.
Criatividade em passes profundos
Wilson foi o 4º geral da liga em deep balls, com 40 passes longos difíceis, em 2019, liderando a liga, de acordo com o PFF, sob pressão ele teve 15, também ficando em primeiro. Em passes para mais de 20 jardas, Wilson teve 26 TDs e apenas 2 turnovers entre 2018-2019. Nesses passes para mais de 20 jardas, ele tem a maior nota com 98.9.
https://twitter.com/i/status/1191143038984294400
Não me entenda mal, não estou dizendo para Wilson parar de lançar passes longos, ele é um dos melhores nesse quesito. Com Lockett, Metcalf e o talento de Wilson em campo, seria um desperdício. O que falo é para não ficar previsível demais e o plano de jogo não se basear apenas em passes longos ou corridas. Você sempre deve manter a mistura de conceitos, para manter a defesa honesta, sem saber o que vai acontecer.
Como melhorar o ataque?
Explorando o meio do campo
Wilson foi o sexto melhor quarterback atacando o meio do campo em DVOA, métrica do Football Outsiders. Nesse ano contamos com Olsen que é um baita TE explorando os espaços entre as zonas. Dissly (se Deus quiser) vai poder ter uma boa temporada e é uma bela arma.
O que Greg Olsen pode oferecer a Seattle?
Colby Parkinson é uma arma na redzone!
Além dos TEs, Lockett tem jogado bastante no slot e ido bem nessa função. Ele continua ágil e lendo muito bem as defesas, se adaptando ao corpo de 27 anos, pós aquela grave lesão contra os Cards em 2017. Desde então, a sua explosão nunca mais foi a mesma, ele tem compensado isso e Schottenheimer alinhando ele no slot, ele tem enfrentado menos marcações em press, conseguindo ir muito bem no quesito.
A maldição do pássaro de Arizona que lesiona jogadores
Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe
Focando em jardas pós recepção
Outro ponto em que podemos atacar é o foco nas jardas pós recepção, ao invés de passes profundos. É aqui a chave, ao invés de correr para jardas negativas ou 1,2 jardas, podemos lançar mais passes curtos e deixar que os jogadores lutem por essas jardas a mais, talento é o que não falta.
DK Metcalf
https://twitter.com/i/status/1312851401417150466
Seja na velocidade ou na fisicalidade do monstrinho, ele tem potencial para deixar as defesas honestas, produzindo em profundidade, ou conquistando jardas pós recepção. Foi basicamente a primeira jogada em que buscaram esse potencial.
Tyler Lockett
https://twitter.com/i/status/1277000216273661956
Além de absurdamente inteligente e criativo, Lockett também é muito ágil e pode ajudar o time nesse esquema de passes curtos/intermediários, focando em jardas pós recepção.
Will Dissly
https://twitter.com/i/status/1039172280495079424
Olsen não tem o mesmo físico de antigamente e com a idade avançada o ponto que mais pesou foi seu desempenho em jardas pós recepção. No entanto, o grupo de TEs não ficará órfão por conta disso. Dissly é muito difícil de ser derrubado, apesar de não ter uma velocidade de elite, consegue quebrar muitos tackles na força que tinha desde que era DT. Não sei se por lesão ou para guardar bala, mas Dissly tem sido pouco usado nesse quesito.
Passes para RB
Algo que Brian tinha falado no começo da temporada anterior, não foi colocado tão em prática em 2019. Já em 2020, observamos um playbook que integrou os RBs recebendo passes e, inclusive, marcando TDs. Temos RBs que podem produzir recebendo passes curtos. Essa tática é uma das mais usadas para desacelerar o pass rush, vide o time dos Patriots que sempre fez com maestria isso.
Chris Carson recebendo o dobro de passes?
https://twitter.com/i/status/1265818282994683906
Apesar de não ter uma velocidade final incrível, Carson consegue jardas pós recepção, tal qual ele consegue jardas pós contato em jogadas de corrida. Muita força física e equilíbrio para quebrar tackles no puro braço.
https://twitter.com/i/status/1265829144878821377
Penny é o cara que mais acho que pode produzir nesse quesito. Ele com a bola nas mãos em campo aberto, vira um retornador e com menos bloqueios a sua frente, consegue fazer uma leitura melhor dos espaços.
Let.RUSS.Cook.
Por fim, é só soltar a fera mesmo, como o time fez no começo dessa temporada.
Jogador da Semana – 2020.Week 1- Russell Wilson
Jogador da Semana – 2020.Week 2- Russell Wilson (2)
Jogador da Semana – 2020.Week 3- Russell Wilson (3)
Go Hawks!
[…] Schottenheimer pode maximizar a produção de Wilson? […]
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