Rumo ao Draft 2022 #4: Como reconstruir o front-seven?

Posted on by Alexandre Castro

Durante todo esse mês trouxemos Draft reports de jogadores que tem características que agradam Seattle nos últimos anos. Obviamente, não conseguimos passar por todos os prospectos. O objetivo dessa série é passar de forma mais rápida quem se encontrou ou se interessou durante o processo e se encaixam nos moldes do time.

Rumo ao Draft 2022 #1: Seattle vai trazer seu QB em 2022?

Vamos lá!

Kayvon Thibodeaux, EDGE, Oregon

Jogador que deveria ser a pick 1 do draft. No entanto, começaram a soltar reports sobre ele não ter motor ou ser descompromissado. Só quem ganha com isso são os times que estão mais abaixo e que podem pegá-lo sem sequer fazer um trade up. Ele é muito forte e atlético, usa como ninguém o speed to power no pass rush. Eu particularmente acho que seu repertório de moves poderia ser melhor, mas ele tem todas as ferramentas para desenvolver mais moves na NFL, além de poder refinar ainda mais seu bend.

Nota: Top 3

David Ojabo, EDGE, Michigan

Jogador que veio da Nigéria e tem pouco tempo no futebol americano. Todavia, seu potencial atlético fez ele ter um destaque gigante no seu terceiro ano em Michigan, onde realmente teve tempo de jogo. Seu primeiro passo é muito bom, sua capacidade de perseguir o adversário também é de encher os olhos.

A grande questão fica na parte técnica. Seja nas mãos, repertório de moves ou ocupando gaps no jogo corrido. Seu piso pode ser considerado baixo, mas seu teto é bem alto, se cair num time que souber desenvolvê-lo. Provavelmente ele seria escolhido próximo ao top 10, mas sua lesão no Pro Day deve fazer ele cair bastante.

Algum time que não precise de um pass rush para o dia 1 de 2022 e que possa esperar pode pegá-lo e em alguns anos falaremos do grande steal que ele foi.

Nota: Top-15

Jermaine Johnson, EDGE, FSU

Eu acredito fortemente que se Jermaine Johnson estiver disponível, ele será a escolha dos Seahawks. Tem os braços longos e a explosão (com um RAS de 9.86) que o time procura num edge rusher, sendo fator no pass rush e no jogo corrido, além de sua história pessoal. Segundo alguns reports, Pete Carroll “defendeu” o jogador no Combine, falando sobre segundas chances e se referindo que o jogador que Johnson é de verdade seria o de FSU e não o de Georgia. Jogador foi bem no Senior Bowl, é RS Senior, como o time gosta e começou a carreira no Junior College, se transferiu para Georgia para explodir somente quando se transferiu para Florida State.

Nota: 1º round

Travon Walker, EDGE, Georgia

Recruta de 5 estrelas que recebeu um hype incrível. Além do ano sensacional da defesa de Georgia, foi excepcional no combine. Talvez times que se empolguem com essa capacidade atlética pode puxar o gatilho antes da 9 de Seattle. Já jogou como DT, depois perdeu peso e virou edge, mas ainda tem traços da sua versatilidade no interior da linha.

Vai muito bem nos movimentos de força, precisa refinar seu bend e seus finesse moves.

Nota: 1º round

Boye Mafe, EDGE, Minnesota

Veja o report!

Nota: 2º round

Nik Bonitto, EDGE, Oklahoma

Se encaixa bem no novo perfil de EDGE de Seattle. Na constituição física, só fica devendo nos braços menores que 33′. Até hoje Seattle só draftou dois edges com menos que isso, Alton Robinson na quinta e Cassius Marsh no quarto round, ambas picks de dia 3. No entanto, ele tem um diferencial de também ser bom dropando e marcando as zonas curtas, habilidade que nem Taylor e nem Nwosu dominam.

No jogo aéreo tem muita explosão e ganha muitos embates pelo alinhamento. Ele sabe escolher bem o ângulo, e sempre que fica na posição de wide-9 ou 7-tech coisas boas acontecem. Não sei se ele vai ter a mesma facilidade na NFL, até porque ele sempre morde play action e read-option, ou seja, sempre ataca com afinco. No jogo corrido tem velocidade para perseguir o RB e vontade para atacar o gap, mas não tem tanta força para ocupá-lo.

Nota: Dia 2

Josh Paschal, EDGE, Kentucky

Seattle tem o costume de apostar em jogadores com histórias de superação. Paschal venceu um câncer que o tirou dos gramados por uma temporada. Foi capitão do seu time e é redshirt Senior, adicionando ainda mais pontos que Seattle procura. Um jogador MUITO bom no jogo corrido sendo muito disruptivo nesse quesito defendendo muito bem seus gaps.

Seu reportório de moves no pass rush não é vasto. Ele ganha muitos confrontos na força, finess moves e bend ainda precisa melhorar bastante. Provavelmente jogando como defensive end no novo esquema de Seattle pode liberar os edges para ir no pass rush, dada sua qualidade no jogo corrido.

Nota: Dia 3

Kingsley Enagbare, EDGE, South Carolina

Jogador senior, com braços longos (34 e 3/8) e muito atlético. Seu motor não desliga e ele não desiste das jogadas. O time precisa dessa velocidade no pass rush nessa defesa jovem. Uma ferramenta na nova defesa 3-4 de Clint Hurtt seria uma grande adição.

Nota: Dia 2

Arnold Ebiketie, EDGE, Penn State

Jogador Redshirt Senior que se destacou no último ano depois de se transferir de Temple. Jogou numa divisão maior e não decepcionou, inclusive melhorando seu desempenho. Precisa de refino, mas seu arsenal de moves e trabalho de mãos já estão em nível de ajudar na NFL.

Nota: Fim de dia 2

Michael Clemons, EDGE, Texas A&M

Entrará na NFL já com 24 anos, o que implica num crescimento limitado para ele no próximo nível. Tamanho e fit para o que Seattle procura no momento, jogando como edge. Penso que Seattle vá trazer pelo menos dois edges nesse draft, um de nível maior e um no dia 3. Ele teve bastante problemas extracampo. Foi preso por porte de armas, drogas e dirigir com habilitação vencida.

O time aparenta lhe dar uma chance, uma vez que lhe chamou para uma das 30 visitas que tem direito no período pré-draft. Boa peça de rotação.

Nota: Dia 3

Dominique Robinson, EDGE, Miami (OH)

Era QB no high school, quando foi para o College, foi convertido para WR. Em 2020, no ano da COVID fez a conversão para edge, mas vimos seu jogo mesmo em 2021. Muito atlético, teve bons números no combine. Pode ser uma boa aposta no dia 3, se for refinado pode gerar bons frutos para o time que escolhê-lo.

Nota: Dia 3

DeAngelo Malone, EDGE, Western Kentucky

Seattle se empolgou com ele encontrando no Senior Bowl e no Combine (#medo). Vai se encaixar no novo esquema de edges também. É veloz e tem bom bend, ganha bastante snaps desse jeito. Precisa refinar e diversificar mais para ter sucesso na NFL, onde movimentos repetidos não tem carreira longa. Assim como Clemons, pode ser opção de dia 3 para um edge reserva, no entanto, como Seattle se empolgou com ele no combine e senior bowl, não se assuste se ele sair MUITO mais cedo.

Destaques e decepções do Senior Bowl 2022

Nota: Dia 3

Zachary Carter, iDL, Florida

Prospecto que tinha a cara do que Seattle procurava nos últimos anos. Um jogador que pode alinhar por dentro e por fora, num esquema de 5-tech/big end e 3 tech em situações claras de passe. Eu não sei como se encaixaria agora nesse novo esquema. Seria pesado demais para ser um edge, e leve demais para jogar por dentro. O time enfrentaria problemas semelhantes ao que tem/teve com LJ Collier.

Nota: Final de dia 2/Começo de  Dia 3

Jordan Davis, DT, Georgia

Monstro atlético, é a melhor palavra para descrevê-lo. Segundo melhor RAS da história, atrás apenas de Calvin Johnson. Um dos melhores nose-tackles dos últimos anos. O grande problema é esse, jogar como NT. O time de Goergia o tirava em situações claras de passe, então até para projetar o que ele pode fazer nesse quesito na NFL é complicado.

Ele tem alguns problemas de manter seu motor e ligado, bem como lidar com bloqueios duplos. Ele pode se inspirar no que Vita Vea trouxe para a liga nos últimos anos.

Nota: 1º round

DeMarvin Leal, DT, Texas A&M

Pode jogar como DT e como DE, lembra bastante o Michael Bennett, inclusive da mesma universidade. Consegue com maestria jogar nas duas, inclusive, foi contra ele a pior partida de Evan Neal de Alabama, que para muitos é o OT1. Pode ser o 3-tech que Seattle procura e precisa há anos e poderia jogar tranquilamente como DE de 3-4 no novo esquema.

Nota: Começo de dia 2

Devonte Wyatt, DT, Georgia

Assim como quase toda a defesa dos Bulldogs, traz muito atleticismo. Começou no JUCO e depois se transferiu para Georgia. Consegue ser efetivo em ambas as fases do jogo. Muito bom primeiro passo, confirmado num RAS de 9.55.

Nota: 1º round

Perrion Winfrey, DT, Oklahoma

Jogador que começou na JUCO, chegou a Oklahoma em 2020. Pode jogar como big end e como defensive tackle. Foi MVP do Senior Bowl e teve boas conversas com Seattle no SB e Combine. O time disse que o enxergava como 3T. Ele é bem explosivo mas precisa melhorar alguns fundamentos para ter sucesso na NFL.

Nota: Dia 2

Phidarian Mathis, DT, Alabama

Veja o report!

Nota: Dia 3

Devin Lloyd, LB, Utah

Muito veloz e versátil. Era WR e safety no college e quando foi para o College virou LB. Consegue alinhar como off-ball e também pressionar o QB. No jogo corrido cobre de sideline a sideline e está sempre atento para onde a bola vai. Consegue aproveitar seu background de safety indo bem nas coberturas de zona e man.

Em entrevista, Shelby Harris falou sobre a importância dos LBs nos esquemas de Vic Fangio. Ele seria uma ótima opção para alinhar com Jordyn Brooks. A grande questão é que ele deve ser uma pick e alta, e com o time com tantas lacunas pode querer aproveitar a nove de outra forma.

Nota: 1º round

Chad Muma, LB, Wyoming

Veja o report!

Nota: Dia 2

Darrian Beavers, LB, Cincinnati

Mostrou versatilidade vindo como safety do High School. Conseguiu mais destaque quando chegou em Cincinnati. Teve uma baita semana de Senior Bowl, mostrando capacidade contra o jogo corrido, marcando em zona e marcando TEs de forma individual. Já que o time não se movimentou de forma maior na free agency e com o corte de Bobby Wagner, o time pode escolher um LB no draft.

Nota: Dia 3

Troy Andersen, LB, Montana State

Um faz tudo. Jogou como FB/TE/RB/WR e até QB. Ele era basicamente o Taysom Hill de Montana St. Na NFL ele deve ficar como LB, mas os times podem aproveitar sua capacidade atlética em outros momentos. Porém, essa versatilidade toda fez com que ele fosse cru em vários aspectos e precisa de refinamento para o próximo nível.

Nota: Começo de Dia 3

Channing Tindall, LB, Georgia

Uma máquina de tackles. Mas foi basicamente um reserva na defesa de Georgia e tem um belo trabalho nos times especiais. Caça os RBs de sideline a sideline. Seu potencial de recruta quatro estrelas não foi explorada principalmente na cobertura.

Nota: Dia 3

Go Hawks!

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