Nunca é tarde demais para aprender. Carroll se espelha em Bellichick para combater corridas

Se tem uma coisa que se aplica para todo e qualquer trabalho, é que NUNCA ninguém sabe demais que não possa aprender mais alguma coisa. Carroll, por mais questionado que seja, é um gênio das defesas, e já viu muita coisa, sendo o técnico mais velho da NFL. Isso mesmo, não é tio Bill o mais velho da liga.

Falando nele, ele também é um dos personagens desse post. Em Fevereiro, os Patriots enfrentaram os Rams e eles só marcaram 3 pontos no SB. “Mas meu Deus, como isso é possível? McVay é um gênio do ataque, como alguém conseguiu pará-lo?”, simples… eles não tem QB. Goff e Bortles só executam o que McVay lê, quando precisam processar o jogo… as coisas complicam.

Então, qual a grande receita dos carneirinhos? Corridas em outside zones, vender o play action e abrir espaço no fundo do campo. Qual o antídoto? Primeiro Bellichick colocou uma defesa jogando em quarters. Quatro jogadores patrulhando o fundo do campo, dessa forma o passe longo fica bem complicado.

Mas como resolver o jogo corrido? É possível parar Gurley? Sim. Não é só a artrose no joelho de Gurley que pode pará-lo. Bill usou um front da defesa diferente. Além dos quatro DLs, ele leva os dois OLBs para as pontas da linha. A maioria das corridas dos Rams são outside. Explicando de uma forma BEM GROSSEIRA (uma vez que teremos um post mais a frente detalhando isso) outside runs são corridas que buscam o lado de fora da linha, a primeira leitura do RB é o ombro externo do tackle.

Aí que entram os OLBs, sua principal função é impedir que o RB corra pelas pontas da linha. Fazendo isso, os 4 DLs que jogam por dentro não precisam se preocupar tanto e podem atacar de forma mais agressiva seu gap. Além disso, você diminui a diferença entre os bloqueadores e bloqueados, principalmente quando os Rams vão com dois TEs. Os bloqueios duplos são fundamentais em esquemas por zona.

 

Explicada  a jogada, vamos para Seattle. No jogo contra os Bengals, foi possível identificar essa novidade. O ponto mais levantado sobre Zac Taylor, é que ele implementaria quase que em full time as corridas de outside. Sendo assim Seattle se movimentou. Wright e Kendricks vinham para as pontas da linha defensiva. Seattle usou isso MUITAS vezes. Infelizmente não teve um GRANDE impacto. Principalmente porque o time dos Bengals não investiu tanto nesse tipo de corrida, pela lesão de Mixon.

Outro fator é que o pass rusher não parecia estar adaptado a esse esquema e não chegava a tempo em Dalton, dando espaço para atacar passes curtos, atrás da linha. A NFL funciona muito com novidade, pegar os times de surpresa, uma formação/jogada nova. O time já mostrar isso de primeira e contra um time que não seria tão efetivo assim, deixa em alerta os outros times que Seattle enfrentará, sabendo que esse front está no playbook deles.

Mas, como sempre digo, foco no processo. Isso mostra que PC não está acomodado, nem parado no tempo, está antenado nas novas tendências. Ano passado a defesa mostrou algumas novidades boas (isso será tema de posts mais a frente), então não há anda bom que não possa melhorar. Principalmente quando algo não está bom (nossa defesa hehe), mas no combate ao jogo corrido, fomos efetivos, principalmente forçando as corridas a virem por dentro. Além disso, aprimorando essa jogada, tanto a cobertura de passe quanto jogo corrido, devem melhorar. Vale lembrar que o combate ao jogo corrido é uma das principais coisas que PC quer melhorar esse ano.

Pra cima! Go Hawks!

One Reply to “Nunca é tarde demais para aprender. Carroll se espelha em Bellichick para combater corridas”

  1. […] Nunca é tarde demais para aprender. Carroll se espelha em Bellichick para combater corridas […]

Deixe um comentário