Playbook 07 – Técnicas de pass rusher

Princípios

Além dos atributos físicos, para conseguir chegar ao QB é necessário ter o domínio de técnicas de pass rusher. Ademais, é FUNDAMENTAL um plano de ataque. Muitos novatos sofrem por contam disso, acham que usando o físico e o move que eles mais dominam serão o suficiente para bater a linha ofensiva. Antes mesmo do snap, ele tem que pensar na combinação que usará. Por exemplo: “usarei o move X para desequilibrar e o Y para tomar a vantagem”.

Playbook 01 – Papéis na formação de Punt

Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe

Playbook 03 – Dissecando a Soft-Sky: a alternativa da cover 3

Playbook 04 – Tre Flowers, o aluno aplicado das técnicas da secundária de Seattle

Playbook 05 – Quais tipos de nickel existem?

Playbook 06 – O bandit package, a solução criativa para confundir e pressionar os QBs adversários

Neste post iremos trazer as técnicas ou moves mais utilizados.

Stunt

Um “stunt” é um termo geral para uma jogada em que os jogadores de linha defensiva atacam gaps diferentes daqueles com os quais estão alinhados. Se o stunt funcionar, o guard se tornará irrelevante, o OT terá dois espaços para proteger e o pocket entrará em colapso. Stunts exigem precisão; caso contrário, os defensores se encontrarão ou os bloqueadores mudarão de tarefa com calma. Os stunts também podem deixar buracos na linha contra o jogo de corrida, então a maioria dos treinadores só os chama no lado fraco da formação, a menos que seja de 3ª para 15 (stunts podem realmente ajudar a preencher as linhas de corte, pois os bloqueadores têm dificuldade de se reajustar contra os defensores que fazem o stunt, quando o running back abandona o script).

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Em todos os stunts você precisa de um infiltrador e um looper. Um stunt TED, ou Pirate Stunt, é uma jogada em que o DT infiltra, e o DE faz um loop por trás do DT (tackle + end = TED, Pirate é um nome muito mais legal para este stunt haha).

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Esse stunt é o TEX, tackle exchange, ou até mesmo TEXAS. Nesse lance os dois jogadores do interior de linha defensiva trocam de lugar apenas.

Bull Rush

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Indicado para jogadores fortes com um baixo centro de gravidade e força nas pernas. As suas mãos vão de encontro aos números do peito do OL. Você deve estender totalmente seu braços para gerar mais força. Se os braços não estiverem totalmente esticados, o OL vai poder puxar você contra seu corpo, controlando assim seu movimento. DL deve tentar empurrar o OL 3 jardas para trás, focando sempre em chegar o QB. Essa técnica visa tentar abrir os ombros e tentar compensar o equilíbrio permitindo que ele possa ser batido internamente. Bull rush não é apenas força, é necessário usar velocidade também, se o defensor não for veloz o suficiente o OL vai poder dar um “pulo” para trás e retomar sua base correta.

 

https://twitter.com/alexcastrofilho/status/1436172905126285327

Essa é uma maneira de desacelerar o bull rush, dando pequenos saltos com os pés (hop). É uma ótima maneira de interromper o ímpeto do defensor. Suas mãos devem estar em uma boa posição e você deve estar muito equilibrado para fazê-lo. Também é uma boa maneira de um OL restabelecer uma boa base com os pés. Às vezes, os pés ficam muito juntos e adicionar um salto pode ajudar a resetar a base. 

A execução disso requer muita técnica. Existe uma regra de ouro entre os OLs: Nunca tire os dois pés do chão ao mesmo tempo. Ou seja, essa técnica é situacional e deve ser usada com parcimônia, do contrário poderemos ver o OL ser jogado no chão.

Rip move

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Bom para jogadores com um baixo centro de gravidade e força nas pernas. O DL deixa seu ombro interno cair, para diminuir a área de contato do OL, então ele dá um “soco” para cima no braço do OL, se ele executou bem isso, nesse momento ele terá tudo para se livrar e o pé de fora livre para chegar ao QB.

Spin move

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O DL usa seu braço interno para empurrar o peito do OL no sentido oposto e com o pé de dentro jogar o peso e ficar livre para completar o giro. Esse tipo de move também pode gerar o fake spin. Do mesmo jeito que o DL deve estudar a linha ofensiva o contrário também deve acontecer. Se o OL estiver esperando o giro, o DL pode fingir que fará o giro e parar deixando a compensação do OL desnecessária e sendo pego fora de posição.

Swim move

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Jogadores mais altos vão ter mais facilidade para fazer esse movimento. O ponto principal desse movimento é que o defensor vai ter que expor seu peito e por isso terá que que ser extremamente disciplinado. Primeiro o jogador vai ter que que manter o quadril alinhado com o quadril do OL. Nessa posição ele vai estar apto para puxar o ombro/pads do OL em sua direção e com o outro braço ele faz o movimento com força, como se faz para nadar no braço do OL.

Speed rush

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Esse tipo de movimento requer explosão, baixo centro de gravidade, agilidade e especialmente tornozelos bem articulados para contornar o arco. É um movimento basicamente de pura velocidade, o DE contorna o arco e deve manter seu quadril em direção a presa, digo o QB.

Swipe move

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É um tipo de “sub-técnica” que pode ser usada dentro dos outros movimentos. Ele usa a força e velocidade com as mãos, para tentar afastar as mãos do OL, “deslizando” os braços do OL com o intuito dele perder equilíbrio.

Hump move

https://twitter.com/SamuelRGold/status/1031043534982406144

Esse tipo de movimento é bom quando você sabe que o OL está esperando que você o vença usando a velocidade pelo lado de fora. Isso pode fazer com que ele tente compensar e ficar desequilibrado. Aliado a esse desequilíbrio, um movimento de mão e força na parte superior pode aprimorar a execução. O momento de atacar deve ser quando os pés do OT estão desalinhados ou quando a compensação cria um gap maior entre ele e o guard permitindo o movimento por dentro. As mão no momento de atacar o OT devem estar no formato de uma “concha”.

Go Hawks!