Novamente estamos aqui. Quinta-feira, 21:15, horário nobre, Lumen Field. Todas as luzes sobre nós. Parece bastante com a descrição da partida contra o Detroit Lions não é mesmo?
Mas dessa vez teremos que adicionar um pequeno ingrediente a receita para prever esse Thursday Night Football….. O jogo é contra o SAN FRANCISCO 49ERS, também conhecido como nosso maior rival.
Você pode achar que essa informação não é importante, observando bem, verá que o clima é diferente, os jogadores se preparam de maneira diferente, a torcida fica mais inflamada. É outro nível de atmosfera.
O último encontro entre as franquias foi na semana 14 da temporada passada. Um Seattle Seahawks comandado por Drew Lock foi até Santa Clara e perdeu por 28×16. Em um jogo que demonstrou claramente as diferenças técnicas e táticas entre os dois time.
A nossa última vitória contra o rival, nos leva muito longe no tempo. Em 2021, os quarterbacks eram Russell Wilson e Jimmy Garoppolo. Nessa época os 49ers eram tão nossos fregueses que eles conseguiram perder pra um time com um QB baleado por lesões e principalmente tomando o único touchdown da carreira de D’Wayne Eskridge.
Nessa prévia, vamos tentar chegar a caminhos que nos ajudem a quebrar essa incomoda marca.
49ers de 2024, decepção?
Depois de chegar ao Super Bowl, pela segunda vez nos últimos anos e perder pela segunda vez (Barulhos de fogos), o San Francisco vem enfrentando dificuldades nessa temporada. Como fraqueza principal, a franquia da Califórnia não vem conseguindo ser consistente o suficiente para fechar jogos. Em cinco partidas neste ano são 2 vitórias contra oponentes da AFC (New York Jets e New England Patriots) e 3 derrotas, todas contra adversários da NFC (Minnesota Vikings, Los Angeles Rams e Arizona Cardinals).
Para deixar mais claro essa dificuldade de terminar bem as partidas, nos três revezes até aqui, o time perdeu nos quartos finais pela pontuação de 27-13. Na semana passada, contra o nosso também rival Arizona Cardinals, os atuais campeões da conferencia nacional não conseguiram nenhuma pontuação durante todo o segundo tempo.
A equipe vem tento algumas dificuldades defensivas e a lesão séria de Christian McCaffrey parece ter tirado do ataque aquele super trunfo que fazia da unidade sempre ser dominante.
Pagando pato.
Depois de ser muito criticado pelos torcedores, o coordenador Steve Wilks foi demitido do cargo e para ser o lugar, o escolhido foi o já assistente Nick Soresen que inclusive foi por muito tempo da comissão técnica de Pete Carroll. O novo comandante até vem fazendo um bom trabalho, o time vem mantendo um excelente número de Sacks, mesmo perdendo Arik Armstead.
Mas algumas estáticas chamam bastante a atenção:
A primeira é o a unidade defensiva que cede, em média, 4.7 jardas por tentativa de corrida, pra você meu caro leitor ter ideia, isso é mais do que o nosso amado e também criticado Seattle Seahawks, que cede 4.5. Na outra dimensão defensiva também levamos vantagem, San Francisco tem a marca surpreendente de ceder 7.4 jardas por passe completado, enquanto nós cedemos 6.7.
Essas estatísticas ficam piores quando adicionarmos outra para o pensamento. A franquia californiana tem o maior tempo de posse de toda a liga com 34 minutos e 17 segundos, por partida.
O quê isso significa?
Simplesmente que o ataque passa muito tempo em campo, deixando o outro lado da bola descansar. Mas nem assim a defesa parece estar conseguindo ter boas performances, cedendo campanhas muito rápidas para os seus oponentes.
Sobre nós.
Chegamos para essa partida bastante abatidos. O embate prévio contra o New York Giants, foi um baque muito grande para o jogadores, tivemos a lesão de Derick Hall, as duas contusões de Tariq Woolen (Ombro e tornozelo) e a nova lesão de Uchenna Nwosu, que o vai tirar de campo por bastante tempo. Além de ser uma semana curta, com um menor tempo de recuperação para o corpo, perder para um time, na teoria bastante inferior pode trazer consequência mais psicológicas. Falta de confiança e falta de motivação estão entre as principais.
Durante a semana, tanto jogadores, quanto por Mike Macdonald e Ryan Grubb, foram unanimes em afirmar que mudanças precisam acontecer, o ponto mais batido sem dúvida foi a necessidade deixar as defesas mais preocupadas com os Kenneth Walker e Zach Charbonnet. Para isso talvez seja a boa ideia equilibrar os QUARENTA passes e SETE corridas. Não chegarei ao ponto de dizer que a história inocentou Pete Carroll, mas não dá pra continuar a ter um ataque tão óbvio assim.
Narrativas da partida.
Assim como foi dito no tópico acima, é correr, correr muito e correr até se estivermos ganhando 0.1 jarda por carregada. É um sacrifício necessário apenas para manter a defesa do rival em alerta, aliviando um pouco a pressão da linha ofensiva na proteção ao passe.
Para marcar pontos, será importante Geno Smith correr com a bola, na semana 5 ele foi o líder de jardas da equipe e San Francisco teve bastante dificuldade de lidar com as escapadas de Kyler Murray, que chegou perto de bater 100 jardas corridas. Em termos de tentativas de passe, é preciso tomar cuidado explorando o meio do campo. Por mais que ele venha baleado, Fred Warner ainda é um Linebacker consenso no top 2 da liga e vem fazendo um início de temporada espetacular.
Na defesa o grande desafio será lidar com os desfalques. Não sabemos em que nível Boye Mafe vai voltar a atuar, e continuamos sem Byron Murphy. Espero que Mike Macdonald tenha treinado os Linebackers e cornerbacks para limitar os passes curtos e rápidos. Esse foi nosso grande ponto fraco no último domingo e é o arroz e feijão do ataque de aéreo de Kyle Shannahan.
No mais, Brock Purdy parece ter evoluído a sua capacidade de estender jogadas, então mais disciplina ainda será necessárias de todos os três grupos da defesa, para não ocorrer falhas de atenção no meio das jogas.
Sem McCaffrey o foco terrestre do ataque será Jordan Mason, mas é fundamental perceber bem as movimentações de Deebo Samuel, que é bastante usando nas corridas laterais. Ademais, depois de um começo de temporada bastante tímido, Brandon Aiyuk teve sua melhor partida no ano.
Jogar um clássico é diferente. Dependendo do resultado, as outras cinco partidas podem ser jogadas fora, por isso que vencendo, ele se torna o jogo mais importante do ano.
Forever a 12s!