Para você que não conhece, Schneider é o nosso General Manager, responsável por negociar contratos, fazer trocas e escolhas no draft. O “real poder” de um GM varia muito de time para time. Tem GM que escuta muito o técnico e GM que é mais “autoritário”. Schneider dá bastante abertura para Pete Carroll, principalmente no tocante a comissão técnica e draft. Em VÁRIOS anos, Schneider mereceria o prêmio de melhor executivo do ano algumas vezes, mas assim como Russell na corrida pelo MVP, o mercado de Seattle é bastante desvalorizado.
É claro, óbvio e evidente que o trabalho de Schneider não tem somente acertos. Longe disso. Nesse post iremos avaliar os movimentos feitos pelo nosso GM da última offseason para cá.
Schneider na primeira fase da free agency de 2019
Schneider nesta primeira fase trouxe Jason Myers. Eu sei, você deve ter bastante raiva dele, mas o que defendo é: ao invés de investir em jogadores falidos como Walsh e Seabass, o time trouxe o último Pro Bowler da posição. Infelizmente até então tem sofrido e muito. O outro move foi trazer Mike Iupati, um investimento semelhante ao que o time havia feito um ano atrás com Fluker. Jogador com problemas para proteção ao passe, mas que era muito bom no jogo corrido. Infelizmente, mais uma vez, a ideia foi boa, mas não deu certo.
Qual impacto de Mike Iupati na linha ofensiva?
Temos a melhor dupla de especialistas da NFL?
Vale lembrar que o time é bastante cuidadoso nessa primeira fase, para tentar acumular ao máximo picks compensatórias. Para quem não sabe como funciona, é mais ou menos da seguinte forma. Se faz uma comparação de quantos jogadores o time perdeu e quantos ele trouxe. Nesse ano perdemos ET3, Coleman, Sweezy, Stephen e Hundley, por contratos relevantes. E trouxemos apenas Myers, que foi um custo semelhante ao de Sweezy. Daí deixa o time com o máximo de escolha permitidas (4). O round em que a compensatória é dada, vai de acordo com o contrato do jogador. No caso Thomas vale o máximo, que é terceiro round, Coleman de quarto, Stephen de sexto e Hundley de sétimo.
Nota: 6
“Hey Seattle, we got a deal”
Com essa frase acabava a “novela” da renovação do maior QB da história da franquia. Foi assinada uma extensão de 4 anos tornando Wilson o QB mais bem pago, ultrapassando Aaron Rodgers. O acordo inclui um bônus de assinatura de US $ 31 milhões e aproximadamente US $ 60 milhões garantidos. Muito dinheiro, mas com o aumento do cap e outros QBs chegando para possíveis renovações, o acordo saiu extremamente barato para nós.
Hey Seattle… 😂
Tyler Lockett & DJ Fluker re-enact Russell Wilson and Ciara announcing the big contract.#NFL #GoHawks pic.twitter.com/JQiVv8U2PU
— SBR Sports Picks (@SBRSportsPicks) April 17, 2019
NOTA: 10
Seahawks troca o DE Frank Clark para Kansas City Chiefs
Ótimo negócio. Ótimo! Não porque Clark seja um mal jogador, muito pelo contrário, foi o nosso líder em sacks. No entanto ele iria assinar a franchise tag e depois deu para trás. Daí o time se viu numa encruzilhada, com a renovação de Wilson e a de BW que estava por vir. Dessa forma, um jogador que o time IRIA PERDER, Schneider transformou numa escolha de primeira rodada de 2019, uma de segunda rodada de 2020. Claro que você pode argumentar que o time deveria ter se precavido e tentado antes a renovação de Clark.
NOTA: 9
Schneider no draft de 2019
Neste texto, falamos um pouco mais sobre a análise do draft de 2019 de Seattle. Muita expectativa,e hoje já temos uma visão melhor do que aconteceu.
- L.J. Collier, DE, TCU: Péssima escolha. O calo de Schneider é a primeira rodada. Desde Earl Thomas que o time não escolhe um bom jogador na primeira rodada. O jogador luta para ficar ATIVO para os jogos;
- Marquise Blair, S, Utah: Eu sei que muita gente gostou das partidas que Blair fez. Mas foi outra escolha alta que demorou para aparecer em campo. E hoje amarga a reserva. Ele não é um jogador ruim, mas não valeria uma segunda rodada, nem de longe;
- DK Metcalf, WR, Ole Miss: Melhor escolha do draft. Schneider pegou um talento de top 10/12 na última escolha do segundo round. Um steal gigante. E vem contribuindo e muito com o time;
- Cody Barton, LB, Utah: Jogador de uma inteligência absurda. O time tem Kendricks que mais dia menos dia vai ter sua sentença lida, e nem faz algum rodízio com Barton, mesmo sabendo que irá precisar do jogador mais a frente. Não daria uma escolha de terceira rodada nele, muito menos subindo no draft. Ainda mais para usá-lo dessa forma (ou não usá-lo);
- Gary Jennings, WR, West Virginia: o sexto com mais TDs no college ano passado. Faltou dar oportunidades para ele, até na preseason. Não digo que ele era um talento absurdo, mas que ao menos merecia uma chance, como vários dessa classe. O jogador foi cortado, foi para os Dolphins e depois de dois snaps está no IR;
- Phil Haynes, OG, Wake Forrest: Jogador que eu gostava muito, mas que uma hérnia fez perder toda preseason e só está com o time há pouco tempo. A equipe precisa dar chances a ele, principalmente pensando no futuro;
- Ugo Amadi, DB, Oregon: Outra de minhas escolhas favoritas. Schneider escolhe um DB totalmente versátil, que poderia tentar lutar pela vaga deixada por Coleman. No entanto o jogador tem seu papel exclusivamente em jogadas de times especiais. Que inclusive mereceria um Pro Bowl por lá:
- Ben Burr-Kirven, LB, Washington: meu segundo jogador preferido, da minha universidade do coração(só atrás de Murphy). Liderou o college em tackles, sempre foi muito disposto e com uma boa capacidade de diagnóstico. Excelente valor aqui, apesar de poder aparecer mais em campo em pacotes situacionais;
- Travis Homer, RB, Miami: Uma boa aposta, aqui na sexta rodada, que poderia compor bem o grupo de RBs, mas que, infelizmente, também teu seu papel limitado a apenas times especiais. Mesmo podendo agregar bastante em corridas laterais;
- Demarcus Christmas, DT, Florida State: Ficou machucado e só poderá estar com o time ano que vem;
- John Ursua, WR, Hawaii: Péssimo movimento aqui. Nem tanto pelo jogador, que liderou a FBS em TDs, mas por ter gasto uma escolha do outro ano para subir no draft e deixar o WR inativo basicamente a temporada toda. Mesmo com o time tendo uma vacância ENORME no slot;
Falando de draft precisamos exercitar e muito a paciência. Tem muito jogador que precisa de tempo para se estabelecer e você não vai jogá-lo numa fogueira. Concordo totalmente com isso. No entanto, com a exceção de DK, NENHUM outro jogador da classe tem impacto imediato de titular. Blair teve sua chance, mas por poucos jogos. Fora isso ninguém mais. Muito pouco para 11 escolhas.
NOTA: 5
Seattle faz troca por Jacob Hollister dos Patriots
Eu tenho que dizer que eu avisei. Não foi xerox, eu avisei! O time troca por uma sétima rodada condicional (há relatos que foi a pick original, daí só próximo ao draft para confirmarmos), por Hollister, um TE que tinha um conjunto de habilidades justamente complementar aos outros TEs do grupo. Uma capacidade de correr rotas ímpar, sendo até comparado à Lockett. Com as lesões do elenco, facilmente se tornou o TE1 e uma grande opção para Wilson. Seu grande problema foram os bloqueios (que vem evoluindo) e a capacidade de se manter saudável.
O versátil Jacob Hollister pode fazer muito mais do que imaginam
NOTA: 8.5
Ziggy Ansah assina com Seattle
Schneider espera a free agency terminar para trazer jogadores sem perder suas picks compensatórias. Aqui ele traz Ansah, que quando saudável foi um ótimo pass rush em Detroit. Por um valor razoável e muito dele dependendo de produtividade, o time reforça um dos seus setores mais fracos. Até o momento em que escrevo esse post, ele teve apenas UM jogo bom. Muito pouco para alguém do nível dele. Mais uma vez mirou certo, mas deu errado.
Finalmente Ansah é anunciado e reforça o pass rush de Seattle
NOTA: 6.5
Al Woods assina com Seattle
Numa bagatela Schneider traz Al Woods. Não, ele não resolve os nossos problemas de pass rush e tem suas limitações. Mas com o que vem apresentando, junto com Ford a um preço de 2M no cap, é de dar inveja em muitos GMs.
Al Woods volta para Seattle para ser mais um combatente do jogo corrido
NOTA: 8
Bobby Wagner assina uma extensão de contrato com os Seahawks
Schneider assina uma extensão de 3 anos num valor de 54M, dando a Wagner o que ele tanto queria, ser o LB mais bem pago, passando Mosley e tendo 18M por ano. Apesar desse ano ele não estar jogando ao seu nível, foi um excelente negócio assegurar o melhor LB da liga.
A extensão de contrato de Bobby Wagner
NOTA: 9
Seattle traz Jadeveon Clowney dos Texans
Nessa movimentação Schneider se superou. Não há falhas nesse move! Ele vê que o time ainda sofre com nomes de peso no pass rusher, principalmente com a suspensão de Reed e vai atrás do mercado. Clowney que fazia greve em Houston vem por um custo ridiculamente baixo, 8M por esse ano. Em troca disso o time dá Mingo (que seria cortado) e Martin (jogador que foi um achado do sexto round, mas não era dominante) e uma terceira rodada. Daí se o time não renovar com Clowney, que eu DESCONFIO que não vá acontecer, o time vai ganhar no outro ano uma compensatória de: TERCEIRA RODADA surpresa. Quase que a troca vai de Martin e Mingo por Clowney. S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L
Procura-se vivo ou morto: GM comete assalto a mão armada em Houston!
NOTA: 12
Seattle envia Nick Vannett para os Steelers
Acho que eu gostava de Vannett bem mais do que o resto da torcida. Não que ele fosse o melhor TE do mundo, mas era um jogador útil. Em seu último ano de contrato, ele consegue uma quinta rodada e para substituir traz Luke Willson, que rendeu mais do que ele. Fora que, a escolha dos Steelers deve ser bem antes da escolha de Seattle.
Seattle faz troca com o Pittsburgh Steelers
NOTA: 8.5
Seattle adquire Quandre Diggs dos Lions
Outra grande troca de Schneider. Se eu dissesse que o time trocou Vannett por Diggs e Willson, seria bom, mas o time ainda mandou a SUA escolha e ficou com a dos Stellers, ou seja, ainda subiu no draft. Com isso trouxe um jogador útil e versátil para sua secundária da defesa titular de Patricia. Os torcedores dos Lions ficaram loucos com a troca.
Quandre Diggs, será a solução para os nossos problemas da secundária?
NOTA: 9.0
Schneider rejeita uma troca por Rashaad Penny
O time dos Lions ofereceu uma terceira rodada pelo RB, que convenhamos nunca convenceu em Seattle, desde sua escolha na primeira rodada do draft. Sem condições do time conseguir algo mais que uma terceira rodada por ele. Ademais, os Lions provavelmente serão um time top-10, então sua escolha seria bem próxima do segundo round. Se o time não estava procurando trocar o jogador, tudo bem. Mas não era o que circulava na imprensa naquela época. No fim das contas o time nem fez a troca, nem passou a utilizar mais o jogador após a bela partida contra os Falcons na época.
Aí que entra a sorte que acompanha os competentes. Mesmo depois desse erro, o time começa a apostar em Penny e ele se transforma em um jogador absurdamente útil. Se destacando na partida contra os Eagles e Vikings. Pena que após uma lesão, está fora da temporada.
Rashaad Penny fora da temporada
Jogador da semana: Running Backs
Jogador da semana: Rashaad Penny
NOTA: 6
Seattle traz Josh Gordon dos waivers
Lockett e Metcalf é uma grande dupla. Mas você sabe que quando tem um rookie pode viver altos e baixos. Sendo assim, para Schneider, nada está tão bom que não possa melhorar. O time faz uma aposta, com risco baixo, de trazer Gordon, que se não fosse seus problemas extra-campo, seria um dos grandes WRs da liga. O jogador pode ser um grande turbo na caminhada do time na pós temporada.
Raio-X: Gordon, impacto positivo ou negativo?
NOTA: 8
Go Hawks!
[…] Raio-X: John Schneider, o Executive of the year? […]
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