A secundária pode voltar a dar alegrias?

É estranho imaginar tendo em vista um passado recente uma secundária ruim de Seattle. Mais difícil ainda pensando no hype criado ano passado. Shaquill Griffin vinha de uma temporada digna de All Pro, Quinton Dunbar idem, Quandre Diggs estabelecido como patrulheiro do fundo do campo e a chegada de Jamal Adams.

O quadrado mágico, assim como na copa de 2006, não deu certo. Seattle teve os piores números da história do esporte em questão de jardas cedidas. Talvez tenha sido a grande decepção do torcedor de Seattle no ano passado.

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Esse ano o investimento não foi pesado no setor, muito pelo contrário. O time manteve D.J. Reed, que nem era visto como um titular quando chegou, trouxe o ainda inconstante Ahkello Witherspoon e…só.

Vamos pensar como essa secundária vai ser montada!

RCB: D.J. Reed

Provavelmente o melhor CB do ano passado, juntamente com Amadi e ele nem fazia parte do elenco no time anterior. A surpresa positiva fez com que ele fosse um dos primeiros nomes a ser cogitados na montagem dessa secundária. Reed descontruiu o protótipo de CB perfeito de Pete Carroll, sendo bem mais baixo e leve que o normal, mas compensando com agressividade e vontade.

Jogador da Semana – 2020.Week 15 – D.J. Reed

Não quero bancar o pessimista, mas ainda que tenha nos surpreendido, foi a primeira vez na carreira que Reed assumiu um papel de titularidade com autoridade. Ainda que caia de nível, ele seria uma ótima opção e tem a versatilidade de jogar como safety e nickel, o que é sempre bem vindo na NFL.

LCB: Ahkello Witherspoon

Para mim esse cara pode ser um dos grandes termômetros dessa secundária. O grande problema dele foi se manter saudável e constante na sua carreira. Se conseguir jogar a maior parte dos jogos e PC achar uma forma de mantê-lo regular vai ser um grande upgrade.

Ahkello Witherspoon, o Duas Caras!

Whiterspoon tem dias de Sherman e dias de Flowers. Se comparado ao que temos, que seria justamente Flowers como reserva, só teríamos a ganhar. Mas confesso que estou bem curioso para ver se ele aguenta ser o LCB de Seattle.

Nickel: Ugo Amadi/Marquise Blair

Todo mundo sabe que eu sempre fui fã de Amadi desde Oregon. Ele recebeu a chance de ser o nickel em tempo integral com a lesão de Blair no começo do jogo 2 da temporada. Não decepcionou, obviamente teve altos e baixos, mas resolveu um problema que tínhamos desde a saída de Justin Coleman.

Pelo que falam em Seattle, Marquise Blair tem muita moral com PC e a comissão, de forma que mesmo com Amadi indo tão bem, Blair é cotado para voltar a titularidade. Eu não faria isso, e deixaria Blair apenas para pacotes dime ou pensaria numa conversão para jogar como CB externo.

Reservas Grandes: Pierre Desir, Tre Flowers e Jordan Miller

Os reservas com as características de Seattle, seriam Tre Flowers, um dos projetos de PC que do mesmo jeito que deu certo, ruiu de forma vexatória e Jordan Miller, CB que foi draftado pelos Falcons e terminou o ano no pratice squad e Pierre Desir que foi um nômade pela NFL. O ano passado foi muito danoso para a imagem de Flowers, ele jogando muito mal e continuando sendo colocado sob fogo fez a torcida querer o corte imediato dele.

A difícil temporada de Tre Flowers

Jordan Miller era um cara que gostava no ano do draft, tinha feito dupla com Byron Murphy na grande Washington. Se fizer um bom trainning camp pode conseguir uma vaguinha no elenco que já seria uma coisa boa para ele, porque uma vez no elenco, as vezes as chances caem no seu colo, como fora com DJ Reed.

Rumo ao Draft #8: Quem pode ajudar a fazer a secundária voltar a ser temida?

Pierre Desir apresenta mais uma assinatura de baixo risco e potencialmente alta recompensa em um contrato de um ano para se “provar”. Se ele for capaz de recuperar seu desempenho de 2017 a 2018 em um esquema adequado para seus pontos fortes, ele pode ter uma chance legítima de competir por tempo de jogo contra Ahkello Witherspoon, D.J. Reed e Tre Flowers no camp.

Para reforçar a secundária Seattle traz o veterano Pierre Desir!

Reservas Pequenos: Tre Brown e Damarious Randall

Durante seus primeiros 11 drafts com os Seahawks, o GM John Schneider e o técnico Pete Carroll nunca escolheram um cornerback antes do terceiro round (a 90 com Shaquill Griffin em 2017) e nunca escolheram um jogador com menos de 32 polegadas de braço para jogar no outside. Enquanto uma dessas tendências continuou em seu 12º draft, ao selecionar o cornerback do Oklahoma Tre Brown com a 137ª escolha geral na quarta rodada, Schneider e Carroll descartaram as preferências anteriores em termos de comprimento do braço, mostrando uma mudança potencial na forma como a dupla avalia a posição.

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[Vídeo] Análise BSBR – Tre Brown: o DJ Reed 2.0?

Mudar Randall para o cornerback dá aos Seahawks outro jogador experiente para adicionar à competição depois de ambos os titulares da Semana 1 do ano passado, Shaquill Griffin e Quinton Dunbar, estarem com Jaguars e Lions. Outros CBs de Seattle com experiência titular são D.J. Reed, que pode jogar várias posições e que terminou a temporada como cornerback direito; Tre Flowers, que começou 37 jogos como CB direito ao longo de suas três temporadas; e o agente livre Ahkello Witherspoon, que começou 33 jogos em quatro temporadas com o 49ers, jogando tanto no lado esquerdo quanto no direito.

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FS: Quandre Diggs

Um grande acerto por apenas uma quinta rodada. Também teve seus momentos de queda como é peculiar da posição, que acaba aparecendo para torcida apenas quando erra. No entanto, foi o mais próximo a ET3 que tivemos após sua saída e foi fundamental para manutenção do esquema.

Faz sentido antecipar a renovação de Quandre Diggs?

O impacto de Diggs na defesa de Seattle

A questão sobre Diggs não é desempenho, mas sim de futuro. Seria ele uma das prioridades de renovação na cabeça de JS?

SS: Jamal Adams

Muita gente tem suas questões sobre a cobertura de Adams. Como já disse em textos, vídeos e pods ele não é um FS patrulheiro do campo, mas também não é o pior do mundo como é colocado em alguns momentos. Seu jogo contra os Falcons foi uma das provas disso, onde ajudou a combater Julio Jones.

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Claro que ele precisa evoluir, muito do que fez veio pós sua lesão na semana 2 e depois nunca esteve 100% saudável. Quando a nossa DL começou a ser melhor usada e ele parou de ser colocado em blitz jogada sim, jogada também, seu impacto foi bem mais perceptível.

Veredito

Dois anos atrás sonhávamos com um front seven de elite, com Reed vindo de 10.5 sacks, Ziggy Ansah, Jadeveon Clowney e o resultado foi uma das três piores defesas no quesito chegar ao QB. Ano passado, como já falamos o sonho passou para a secundária e o resultado também foi decepção.

Quem sabe agora com nomes mais “humildes” compondo o setor, possamos ter ao menos uma unidade mais funcional e não o desastre em números que foi o ano passado.

Go Hawks!