Abraham Lucas pode se tornar o melhor RT da era Pete Carroll?

Não posso negar que essa foi uma das escolhas que mais fiquei feliz dos drafts de Seattle. Quem nos acompanha deve ter ficado de saco cheio de tantas vezes que levantei o nome de Abraham Lucas no processo. Seattle o trouxe e ainda lá pela terceira rodada, depois de onde eu imaginava. Com isso temos uma dupla muito sólida para o futuro da franquia.

Draft Report: Abraham Lucas, OT, Washington State

Abraham Lucas foi a escolha preferida dos torcedores?

Vamos lá!

Temporada em números

Estatisticamente, Lucas cedeu mais sacks do que Charles Cross, foram nove sacks permitidos, que o deixa com a terceira pior marca entre todos os tackles de acordo com a PFF. Obviamente, isso não é o ideal e ele teve sua cota de problemas na segunda metade da temporada, enquanto lutava contra uma lesão no joelho. No entanto, pode-se argumentar fortemente que a escolha da terceira rodada vinda de Washington State superou seu colega novato. Na proteção de passe, ele permitiu 20 pressões a menos (28) e foi um por cento melhor do que Cross na eficiência da proteção de passe (96.9%), também de acordo com a PFF.

Jogando com muita imposição física e distribuindo pancakes, principalmente em esquemas de zona, Lucas também foi um bloqueador de corrida mais consistente, segurando-se nas trincheiras, bem como no perímetro e no segundo nível. Embora seu bloqueio para corrida tenha diminuído devido a jogar bem abaixo de 100 por cento, ele parece parte de uma peça fundamental para a linha ofensiva de Seattle e pode ser um Pro Bowler no futuro. Ele somou apenas 4 partidas com nota abaixo de 58 de acordo com a PFF.

Calouros jogados no fogo

Seattle foi o primeiro time desde os Jaguars de 2009 e apenas o terceiro time em 50 anos. somando ao St Louis Cardinals a lista, a ter dois calouros como titulares como OTs. Isso prova o quão raro e arriscado isso é. Mas além de mandá-los ao fogo, Seattle foi o terceiro time a deixar esses rookies mais vezes numa ilha. Isso quer dizer que ele bloqueavam sem ajuda no 1v1. A grosso modo, um esquema que ajudasse mais eles como calouros poderia ter gerado números melhores.

Jogo Corrido

O trabalho no jogo corrido de Lucas era uma incógnita. Ele jogou por Mike Leach num esquema que era quase em sua totalidade chamadas de passe. Mas os testes e as características físicas de Lucas, nos levavam a crer que ele teria um bom desempenho. Mesmo sendo bastante otimista, me surpreendi com a força de jogo de Abe no jogo terrestre.

Trabalho no Segundo Nível

Ele correu 4.92s nas 40 jardas (97 de percentil), 7.25s no 3 cone drill (98 de percentil) e 4.4s no short shuttle (97 de percentil). Números atléticos incríveis e que denotam um olhar de Seattle mais preocupado com agilidade do que com força pura, como outras escolhas como Damien Lewis, Phil Haynes etc.

Excelente ângulo indo para o Linebacker e criando o caminho para Penny atacar.

Selando o caminho para o RB passar anulando o LB no meio do campo.

Down Blocks

Ele levanta uma parede para que a corrida aconteça ganhando na força e no leverage.

Novamente, a sua força de jogo me surpreendeu positivamente no jogo corrido.

Proteção ao passe

Ancoragem

Paciente, espera vir o contato e com uma boa base impede qualquer investida.

Ele absorve o ataque de ninguém menos que CAMERON JORDAN, reestabelece a base e consegue ancorar bem.

Trabalho de pés muito bom, monta a base ninguém mais passa. Ele tem uma capacidade boa de baixar o quadris e montar essa ancoragem.

Ele não recua o suficiente e fica vulnerável ao movimento de força.

Trabalho de Mãos

Consegue colocar as mãos rapidamente no peito do defensor e consegue controlá-lo.

Ele usa uma técnica que é dominada por OTs veteranos a “independent hands“. Como o nome indica, uma técnica em que um OL ataca o defensor primeiro com uma mão (de fora ou de dentro) e depois usa a outra. A primeira mão acerta primeiro um contato menos forte e o OL então mantém o contato. Essa mão no defensor ajuda a manter o alcance quando um segundo contato, mais forte, é desferido com a segunda mão.

Mãos muito bem posicionadas para evitar a investida de Aidan Hutchinson.

Duelo de Washington contra Washington State. Assim como no snap contra Hutchinson ele coloca as mãos de forma a controlar totalmente o defensor.

Ele espera demais para usar as mãos e permite que o adversário acesse seu peito.

Mãos muito próximas, ele perde o contato e o snap.

Novamente, erra o punch e cede a pressão.

Capacidade de Recuperação

Isso é uma das coisas que mais gosto do seu jogo. Você não vai ganhar sempre no primeiro momento. É necessário ter a capacidade de se recuperar e manter a jogada viva.

Ele erra novamente o recuo, mas consegue usar a parte superior do corpo para manter ele na frente tempo suficiente para se estabelecer e se recuperar.

Ele se assusta um pouco com a possibilidade de blitz e abre um espaço para o defensor. Ele se ajusta e consegue salvar o snap.

Processamento

Boa leitura do que o veterano vai fazer e belo snap.

Não processou corretamente o que a defesa iria fazer e basicamente não encosta no edge num momento decisivo.

Time meio perdido sobre como lidar com o stunt e ambos perdem gerando o sack.

Com o passar da temporada ele foi elevando seu nível de jogo, principalmente sendo mais paciente, esperando mais pelos defensores sem se afobar.

Ele ajusta seu pass set para um postura diferente para bloquear defensores mais abertos (em wide-9). Ao invés de recuar bastante, ele dá um ou dois passos para trás e depois vai para cima do defensor. Isso faz com que eles percam o timing do ataque. Vai funcionar todo snap? Claro que não, mas só mostra o quão técnico é Abe Lucas.

Playbook 23 – Set para linha ofensiva

Veredito

Lucas não recebe os mesmos créditos do que Charles Cross. Mas, como dissemos nos números, ele foi até mais consistente. Seu trabalho no jogo corrido e sua capacidade de recuperação podem nos dar a esperança de ter o melhor RT da franquia para o futuro. E podem me crucificar, mas tenho mais esperanças na solidez de Abe Lucas do que de Charles Cross (pronto, falei).

Forever a 12s

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