Continuando a série de análise dos setores do roster, hoje seguiremos com o interior linha ofensiva, que já falamos da OL, especificamente dos tackles e agora para finalizar a unidade teremos os outros jogadores.
Justin Britt, C (6′ 6”- 315 lbs)
Jogador de Missouri, foi escolha de segunda rodada em 2014, jogou de RT e LG tendo péssimas temporadas, até que foi movido para center e realmente se achou, vem sendo um dos melhores da posição desde então, e até mereceria uma chegada a Pro Bowl, mas é muito subestimado.
Tem um ótimo trabalho no uso das mãos para segurar os adversários, e tem vários jogos no currículos sem permitir uma ÚNICA pressão. Em duelos contra nose tackles também faz um ótimo trabalho com sua técnica, força e agilidade. Em 2017 assinou uma extensão de 3 anos no valor de 27 milhões.
J.R. Sweezy, LG (6′ 5″ 298 lbs)
Um grande projeto, no college jogou de linebacker, defensive end e no seu último ano como defensive tackle. Suas estatísticas em NC State foram: 86 tackles (65 solo), 22 tackles para perda de jardas, 11.0 sacks, 33 pressões ao QB, 3 passes defendidos, 2 fumbles forçados e 2 recuperados. Tom Cable conversou com ele antes do draft para que ele se apresentasse como OL, ele aceitou e os Seahawks o draftaram na sétima rodada. Fez parte do elenco titular da conquista do Super Bowl, depois foi para Tampa onde sofreu com lesões e está de volta a Seattle, fazendo uma temporada regular. Vem se apresentando muito bem, principalmente pela técnica em pulls e traps ainda percebo um pouco de falta de química com Brown, mas isso vem evoluindo com as partidas. Começou o ano com exibições ruins do lado direito da linha, mas quando foi para o lado esquerdo começou a desempenhar um bom papel.
D.J. Fluker, RG (6’5″ 342 lbs)
Jogador de Alabama escolhido na primeira rodada de 2013 pelos Chargers, onde jogou até 2017, quando foi cortado. Após o corte foi contratado pelos Giants do coordenador Mike Solari, jogou até a semana 11, quando se machucou e foi para a lista dos lesionados. Nesse ano foi contratado por somente 1.5 milhões e é um dos melhores jogadores do ataque desse time.
Sua vinda para o time, além de ter mudado totalmente o jogo corrido, foi fundamental para a evolução do criticado Germain Ifedi. Solari aprecia ter jogadores pesados na linha, e Fluker sabe usar isso muito bem, e em Seattle vem melhorando sua principal fraqueza que era na proteção ao passe. Teve algumas lesões que o atrapalharam durante a carreira, mas fora isso, tem uma temporada ESPETACULAR. O grande ponto é se manter saudável.
Ethan Pocic, C/G (6′ 6″ 320 lbs)
É um dos meus jogadores preferidos, e na minha opinião é muito injustiçado. Foi selecionado no segundo round de 2017 da universidade de LSU onde abriu espaço para ninguém menos que Fournette. Recebeu prêmios em 2015 e 2016 no college. Sua versatilidade sempre foi exaltada, jogou em todas as posições da linha.
Em seu ano de calouro, jogou nos dois lados de guard e alguns snaps como center, e recebeu o prêmio de All-Rookie Team. Com a demissão de Cable, começou a trabalhar para se adaptar ao estilo de Solari, ganhou 20lbs na pré-temporada e passou um bom tempo num “curso preparatório com os melhores OL” aprendendo mais sobre técnicas e leituras de jogadas. E nos jogos da preseason já foi possível ver uma mudança, bem como nas primeiras partidas que jogou como titular principalmente na técnica no jogo corrido, talvez tenha a função exata de Sweezy no elenco.
Porém após sofrer uma lesão, as coisas mudaram, além de perder a titularidade, em vários jogos ficou inativo, e quando Fluker sofreu uma lesão, não foi o substituto imediato, nem quando Britt também sofreu uma lesão, foi preterido dessa vez por Hunt. Se ele não é o reserva para guard e center qual a função dele no elenco? Eu acho uma grande falha de análise deixá-lo fora do time, ainda tem muito a evoluir, ano que vem deve ser decisivo para ver qual rumo sua carreira tomará. Na minha opinião sua função deveria ser de center mesmo, talvez Seattle o segure até o término de Britt, ou uma possível troca, quem sabe. Ainda assim é útil de guard. Voltou a campo contra os 49ers e acabou ficando marcado pelas duas seguradas, que Carroll se apoiou para esconder a covardia do plano ofensivo nesse jogo.
Jordan Simmons, G (6’4″ 339 lbs)
Fez faculdade em USC, onde teve suas temporadas atrapalhadas por conta de lesões, chegou até a ser movido para DL e depois de voltar a OL tentou mais um ano de elegibilidade, porém foi negado. Talvez uma temporada saudável o colocasse em melhor posicao. Foi contratado como não draftado pelos Raiders, onde ficou no time de treino e depois na lista de lesionados, até ser cortado esse ano. Foi contratado, e por várias vezes ficou entre os lesionados, mas contra os Rams fez sua primeira partida, surpreendendo a todos, tendo como justificativa manter alguém tão pesado quanto Fluker na linha. Tiveram um certo hype nele, numa amostra tão curta, e numa partida que não foi perfeita. Jogou contra os Vikings numa boa partida do jogo corrido. Sua capacidade de chegar no segundo nível é até melhor que Fluker, tem alguns problemas para lidar com bull rush. Sofreu mais uma lesão e agora está no IR.
Joey Hunt, C (6’2″ 299 lbs)
Foi escolhido na sexta rodada, vindo de TCU. Um jogador muito inteligente, mas que caiu no draft por ser pequeno, e aí que talvez esteja sua maior fraqueza. Faz boas leituras, tem um bom centro de gravidade e força, mas é fisicamente limitado. Fez uma ótima partida contra Dallas, quando precisou substituir Britt. Porém quando foi acionado para jogar como guard, foi péssimo e essa é uma ideia que deve ser totalmente esquecida. Parece outro jogador e suas limitações ficam mais evidentes.
Go Hawks!