Continuando a série de análise dos setores do roster, hoje seguiremos com a linha ofensiva, que já falamos um pouco aqui e agora falaremos de forma mais aprofundada. Se você perdeu os primeiros posts é só dar uma conferida aqui e aqui.
Dias atrás falamos sobre o interior da OL, agora vamos aos tackles!
VEJA MAIS: Analisando o elenco – Linha ofensiva – Interior da OL
Duane Brown, LT (6′ 4” – 314 lbs)
O jogador com mais “nome” dessa linha ofensiva. Jogou na universidade de Virginia Tech, foi draftado na primeira rodada em 2008 pelos Texans, onde jogou até 2017. Em Houston foi Pro Bowl em 2012,2013 e 2014 sendo All Pro em 2012 no primeiro time e em 2011 All Pro no segundo time. Em 2017 após um holdout se transferiu para os Seahawks onde também foi para o Pro Bowl.
O time saiu de Odhiambo para um Pro Bowler, e apesar de ter chegado no meio da temporada, já houve uma evolução notável no desempenho da unidade, principalmente na proteção ao passe. Sua experiência e técnica ajudaram bastante os outros membros da equipe.
Nesse ano vem se destacando muito, não só na proteção ao passe, mas também nas jogadas corridas. Vem fazendo pulls e bloqueios no segundo nível fundamentais para corrida, incluindo um belo trabalho no primeiro TD de Penny, no Century Link Field, contra os 49ers.
Em 28 de Julho de 2018, Brown assinou uma extensão de 3 anos custando $36.5 milhões com os Seahawks, que o manterá no time até a temporada de 2021. Talvez seja hora do time começar a pensar no preparo do próximo LT do time, devido a idade de Brown, esses anos restantes poderiam ser usados para uma tutoria do seu sucessor.
Germain Ifedi, RT (6′ 5″ 325 lbs)
Jogador de Texas A&M, escolhido no fim da primeira rodada em 2016, mesmo com várias questões de faltas cometidas e disciplina no jogo, além de ser muito cru. É um jogador extremamente físico, mas Cable (que sempre apostou em jogadores assim) não sabia usar todo esse poder físico.
No seu ano de calouro jogou de guard e foi bastante mal, mas no ano de 2017 como RT conseguiu ser ainda pior, tanto tecnicamente como em questões de disciplina. Foi o jogador mais faltoso da NFL com folga, e sempre causava pânico no pocket, fazendo com que Wilson sempre corresse para sobreviver. Já estava no caminho para se consolidar como um bust, e apesar de na minha opinião nunca irá chegar no nível Pro Bowler, amenizou ter sido escolhido como primeira rodada.
Apesar de um começo de ano PÉSSIMO, tendo quase perdido a vaga para Jamarco Jones não fosse sua lesão, Solari realmente achou o caminho para usá-lo, e sobre seu comando vem fazendo um bom papel, e vem conseguindo diminuir um pouco as desconfianças que haviam sobre ele. Ainda há espaço para evoluir, mas como disse anteriormente seu teto não é tão alto, devido sua capacidade de processar o jogo, mas pode se manter como um jogador útil no elenco.
George Fant, T (6’5″ 322 lbs)
Era jogador de basquete na faculdade, mas decidiu ficar mais um ano para tentar jogar futebol americano. No seu último ano foi TE e teve uma recepção para 7 jardas, nos dois jogos que teve no ano. Não foi draftado e Cable viu nele potencial para linha ofensiva, devido sua velocidade e braços longos. Tinha 296 lbs quando entrou no trainning camp onde aprendeu rapidamente sobre a posição, a ponto de se manter no time como reserva de Bradley Sowell, que sofreu com lesões deixando sobre ele a responsabilidade de proteger o lado esquerdo de Wilson.
Sempre demonstrou muita agilidade, e evoluiu bastante. Claro que ele não teria um grande ano depois de ser jogado nessa “fogueira”. Em 2017, aumentou de peso para 320 lbs, e passou um bom tempo estudando a posição, inclusive com Walter Jones, o melhor jogador da posição que o esporte teve. Infelizmente sofreu uma lesão no segundo jogo da pré temporada, que encerrou seu ano.
Em 2018, vem sendo parte importantíssima na evolução da unidade alinhando como sexto homem da linha, tanto na proteção ao passe como na ajuda ao jogo corrido. Ainda fez uma recepção no jogo contra os Vikings e ainda pode surpreender na pós temporada.
Jamarco Jones, T (6′ 4″ 299 lbs)
Foi titular na posição de LT, dois anos no time de Ohio State e era esperado um pouco mais acima do que a quinta rodada do draft, porém devido a um Combine horrível, caiu bastante, já que a maioria dos times prefere os resultados físicos, do que a técnica do jogador, pensando ser mais fácil ensinar a posição do que ensinar velocidade no primeiro passo.
Jones tem muita habilidade e possui inteligência para saber sua deficiências e limitações físicas. Tem uma boa base para segurar bull rush, e absorver o impacto de jogadores vindo em velocidade, além de um bom trabalho de pés contra speed rushers.
Sabe posicionar suas mãos contra os adversários para afastá-los e tem um bom repertorio, tanto fazendo o primeiro movimento, quanto esperando o que o defensor irá fazer e tentar contê-lo. Em times que jogam em zona tem habilidade e inteligência para chegar ao segundo nível para bloqueios chave.
É claro que existem várias jogadas no seu tape em que a incapacidade física aparece, mas sua principal fraqueza é a fluidez no quadril para mudança de direção, até porque essa falta de agilidade ressalta sua falta de aceleração.
Foi colocado em questão se ele deveria ser movido para guard, eu acho que não, uma vez que em jogadas de trap e pulls a sua falta de velocidade será mais evidenciada. A sua calma, consciência e leitura de jogo (principalmente pré-snap), o colocam em posição de se manter como tackle, percebendo stunts e blitz. A questão é se sua “inteligência” e posicionamento vão ser suficiente contra o os jogadores mais físicos que enfrentará na NFL. Como dissemos anteriormente teve a possibilidade de jogar como RT titular, mas a lesão terminou com sua temporada.
Go Hawks!