Análise do dia 3 do draft de Seattle – Parte 1

Dia 3, não poderia começar de forma diferente a não ser com um trade down de Seattle. E fazendo 3 escolhas no quarto round, 1 no quinto, 2 no sexto e 1 no sétimo.

Análise das escolhas:

VEJA MAIS DA SÉRIE SOBRE O DRAFT:

Bom, o primeiro nome é Gary Jennings de West Virginia, com 6’1” (1,85m) e 214lbs (97kg). No college era a melhor opção de Will Grier depois de David Sills. Jennings teve 168 recepções para 2294 jardas e 17 TDs.

Vamos a algumas jogadas do camisa #12:

Apesar dos rumores de aposentadoria de Baldwin (lágrimas), Jennings não seria o substituto imediato, mas tem potencial para isso, se aprimorar mais o route running. Ele tem uma boa habilidade para slot, que Baldwin inclusive fazia com primor, que é a leitura de espaço entre as zonas, conseguindo ficar livre e dar opção ao seu QB.

Ele é um jogador muito veloz e com uma explosão e execução cortes muito boa. Na primeira jogada ele quase consegue converter uma segunda para 23 jardas, com seus cortes, leitura de espaços e velocidade. Por isso que digo, apesar de não jogar PRIORITARIAMENTE no slot, ele tem as ferramentas para isso.

Aqui o atributo que ele mais precisa lapidar, tanto para jogar na lateral como no slot, caso seja esse o plano do time: as rotas. Percebam que a mudança de direção ainda é meio “arrendondada” e não um corte, como deveria ser.

Ele foi uma bela escolha, complementar ao Metcalf, bem próximo da sua nota real.

A próxima escolha, tem o selo Mike Solari de qualidade, um guard com a nova abordagem do time, inclusive se preparando para eventuais lesões de Iupati e Fluker,que infelizmente são frequentes.

VEJA TAMBÉM:Qual impacto de Mike Iupati na linha ofensiva?

O jogador é Phill Haynes, de Wake Forest, que tem 6’4” (1,93m) e 322lbs (146 kg). Ele é um belo projeto, não tinha tanta experiência no esporte e inclusive quando começou a jogar era DE, portanto é muito cru. Entretanto as ferramentas físicas demonstram um grande potencial, sendo uma espécie de Fluker Jr.

Olho na força da “criança” dando uma bela pancada e levando o adversário ao chão (pancake).

Mais um exemplo da força do jogador, percebam que ele é o OL que coloca para mais longe seu adversário (drive block).

Apesar de não ser tão veloz, ele executa bem os pulls com boa técnica e equilíbrio. Quando ele consegue chegar inteiro no adversário é certeza de um grande espaço aberto, bem semelhante a Fluker.

Prestem atenção a percepção dele para a blitz do linebacker tardia. Ele consegue impedir o avanço do adversário.

Nesse ponto aqui sua agilidade fica evidente, ele tenta fazer um cutblock que por pouco consegue êxito, faltou velocidade e técnica.

Nessas jogadas percebemos sua maior fraqueza: o ombro externo. Ele o deixa muito exposto e sempre que é atacado nesse ponto, acaba perdendo o equilíbrio. Isso na NFL vai ser um prato cheio para adversários que estudam os pontos fracos podendo ser bastante explorado.

Uma expressão importantíssima para todas as posições da NFL é: jogar até o juiz apitar! Ou seja, não desistir de jogadas, algumas vezes ele tem o hábito de parar nas jogadas quando batido, deixando o QB vulnerável a pancadas.

A nota dele seria de meio de quinto round, então foi um pequeno reach, mas nada demais, um jogador com um teto alto e com a tutoria de Solari pode ser uma peça fundamental para os próximos anos (favor verificar o currículo de Solari na evolução de Ifedi hehe).

A última escolha do quarto round foi uma das minhas preferidas do draft. A escolha foi de Ugo Amadi. Um jogador muito importante para equipe, capitão em todas as temporadas que disputou e joga como FS, nickel e CB. Versatilidade, além de excelente trabalho nos times especiais, inclusive retornando punts. Ele é uma arma com a bola nas mãos, com 3 retornos para TDs defensivos. Fora isso, teve 165 tackles, 8.5 para perda, 3 sacks, 9 interceptações, 25 passes desviados e 3 fumbles forçados. Isso porque apesar do 5’9” (1,75m) e 201lbs (91kg) ele tem quase os 32′ de comprimento de braço, disputando muitas vezes as bolas difíceis. Apesar de toda a vontade, inteligência e agressividade é claro que marcando alguns TEs fica evidente a diferença física. Boa escolha numa boa posição e sanando um espaço importante no time (nickel).

VEJA MAIS:Quem assumirá a vaga de nickel deixada por Coleman?

Muito bem executando e finalizando blitz, técnica fundamental para o nickel de Seattle.

Como dito anteriormente, apesar do tamanho, não é muito bom bater de frente com ele. Amadi não foge do contato e sempre tenta se impor fisicamente. O que lhe ajuda bastante combatendo o jogo corrido, que também é muito valorizado pelo time de Seattle, além da busca do turnover forçando fumbles.

Bela marcação individual numa rota atravessando o campo mantendo o adversário no seu campo de visão e fazendo o tackle imediato. Inclusive lembrando uma jogada (exibida acima) bastante elogiada por Pete, de Tre Flowers contra os Panthers que nos garantiu a vitória.

A prova que ele é uma grande arma com a bola na mão, seja retornando punts, interceptações e desviando passes, excelente posicionamento e rastreio de bola.

Para encerrar uma bela jogada. Ganha fisicamente da proteção do RB e ainda tem o timing perfeito para desviar o passe.

E para encerrar o post, falaremos de BBK, Ben Burr-Kirven um dos meus jogadores preferidos desse draft, uma ÓTIMA ESCOLHA no quinto round, para mim fim de terceira era sua nota. Jogador que trabalha muito nos times especiais, é uma máquina de tackles e pode ajudar em vários subpacotes como um híbrido de DB/LB evidenciando sua deficiência no tamanho e exaltando sua velocidade e noção de marcação. Tem 6-0 (1,82m) e 230 lbs (104kg), dono de 338 tackles, 11.5 para perda de jardas, 4 sacks, 4 interceptações, 3 fumbles forçados e 6 recuperados. Na entrevista pós draft Carroll falou que ele lembrava Lofa Tatupu, um dos grandes LBs da história de Seattle.

Aqui um pouco da visão periférica e leitura de jogo dele, consegue ver a hora que o passe é lançado e dispara para fazer o tackle  e acaba forçando o fumble, só acaba fazendo o tackle de forma muito alta.

Boa velocidade de reação e leitura dos olhos do QB, faz o corte da linha de passe.

Muita agressividade e diagnóstico para fazer a infiltração no gap da linha de Alabama, que é uma ótima linha.

Uma amostra que apesar do tamanho ele tem bastante força, em campo aberto consegue parar o corredor sem ceder jardas.

Ele tem o que chamam de “faro” para tackles, não tem medo de bloqueios ou pancadas, sua agressividade e força de vontade são sensacionais.

Como sempre as coisas melhoram para Seattle no dia 3, durante essa semana ainda faremos a segunda parte do post, com os jogadores de sexta e sétima, e outro falando dos UDFA mais importantes até então. Inclusive os nomes confirmados estão listados abaixo:

  • Ohio State OL Demetrius Knox
  • South Dakota State QB Taryn Christian
  • Utah C Lo Falemaka
  • Baylor CB Derrek Thomas
  • Citadel EDGE Noah Dawkins
  • Northwestern State WR Jazz Ferguson
  • Texas CB Davante Davis
  • Oklahoma RB Marcelias Sutton

Go Hawks!

 

 

Deixe um comentário