Charles Cross ainda precisa de evolução para valer a escolha top-10

Fazia muito tempo, cerca de 10 anos, que não escolhíamos dentro do top-10. A oportunidade surgiu e Seattle escolheu um dos OTs da trinca dos considerados melhores da classe (para quem não lembra os outros, seriam Ikem Ekwonu e Evan Neal). Dos 3, Cross era o prospecto mais “verde” com apenas dois anos como titular e um deles sendo ano da COVID, com menos jogos.

Charles Cross será o pilar do futuro da OL de Seattle?

Charles Cross vai fazer valer a escolha de top-10?

Era esperado altos e baixos para ele no seu primeiro ano. Infelizmente, a oscilação se manteve no segundo ano e ele também foi atrapalhado por lesões, dele e do resto da OL. Esse terceiro ano ganha uma importância ainda maior. Acabou a fase de “passar pano” para sua inexperiência e ele precisa começar a dar retorno no investimento do time.

Stats

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Várias semanas depois de retornar de uma lesão no dedão do pé que lhe custou três jogos, Cross exibiu seu imenso potencial em indiscutivelmente o melhor período de quatro jogos de sua carreira, rendendo apenas oito pressões e zero sacks enquanto enfrentava várias linhas defensivas de qualidade para os 49ers, Commanders, Rams e Cowboys. Sua nota de proteção de passe de 69,7 ficou em 21º lugar entre 56 tackles, uma melhoria substancial em comparação com sua temporada de calouro onde conseguiu 63,9. Ele também fez grandes avanços no departamento de penalidades, quase reduzindo suas infrações pela metade, com cinco, em comparação com nove em 2022.

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Por melhor que Cross tenha jogado em novembro, o resto de sua segunda temporada provou ser de certa forma decepcionante para uma escolha de top 10. Lidando com uma lesão persistente no início, ele cedeu três sacks para os Browns e Ravens em semanas sucessivas e depois que seu jogo melhorou por um mês, ele terminou com uma nota ruim, inclusive cedendo nove pressões em uma única partida, na derrota devastadora para os Steelers em Semana 17. Jogando quase 200 snaps de proteção de passe a menos, ele cedeu 42 pressões e seis sacks, quase igualando seu total de sua temporada de calouro, ao mesmo tempo em que registrou uma taxa de eficiência de proteção de passe inferior de 95,4 por cento e viu sua nota de bloqueio de corrida cair quase cinco pontos.

Proteção ao passe

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Ele faz a checagem se precisaria ficar para ajudar com Aaron Donald #99, mas percebe que vai pegar o #0 que acabara de passar por Noah Fant. Mesmo tendo sido desacelerado pelo TE, Cross faz um trabalho péssimo de pés e cai sucumbindo ao movimento de força.

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A perda dos 6 pontos aqui fica total na conta do Cross. Ele faz um contato péssimo e permite que o defensor acesse seu peito e consiga empurrá-lo rapidamente para cima do seu QB.

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Novamente, ele permite um caminho rápido ao QB para o pass rusher.

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Contato ruim e ele cede facilmente o spin.

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Ele é muito agressivo na tentativa de antecipar o pass rush e acaba cedendo o gap interno.

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Posicionamento terrível, digno de Germain Ifedi. Ele já perde no primeiro passo e quase cede o sack.

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Parsons é um monstro mas Cross para os pés na hora do contato e permite que ele deslize para dentro (um de suas maiores fraquezas desde o college e que ele não mostrou evolução) e consiga acertar o QB.

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Outra vez que ele está contra um pass rusher de elite. Isso não é motivo para ser dominado desse jeito como se fora um bagre. Ele perde no trabalho de mãos que era sua maior qualidade no college.

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Aqui ele mostrando seu trabalho de mãos. Ele faz o contato na altura do cotovelo e consegue jogar o DL no chão. Jogada padrão!

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O jogador deve baixar o pad level, mas nunca a cabeça.

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Se me dissessem que esse foi um snap de Ifedi, eu não duvidaria. Ele está totalmente perdido na sua agressividade de chegar ao pass rusher.

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Ele perde em todas as fases do snap. Na saída, nos pés e nas mãos.

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Isso aqui foi um passe rápido e ainda assim Geno levou um hit. Não tem muito o que falar, essa foi uma de suas piores partidas da carreira.

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Quase que ele cede mais um strop-sack na sua carreira.

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Olha o pé dele no momento do contato! Ele pede para levar o inside move.

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Um dos poucos momentos bons do garoto problema Randy Gregory, foi em cima de Cross. O posicionamento de pés é ruim, ele perde na batalha de mãos e fica fácil chegar no QB para o sack.

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Ele leva um chop move lindo do defensor, mas como já foi dito algumas vezes aqui, sua capacidade de trabalho de mãos era um dos seus pontos fortes e isso não tem aparecido com frequência na NFL.

Jogo Corrido

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Ele consegue passar a frente do seu adversário e fechar o seu caminho para o reach block perfeito.

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Ele até termina o snap perdendo o equilíbrio, mas o começo da sua jogada foi o suficiente para afastar Highsmith e abrir espaço para o TD de Walker.

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Ele abaixa demais a cabeça e permite seu defensor escapar facilmente.

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Isso era algo que esperava de Cross desde seu primeiro jogo. Era sabido que ele não dispunha de grande repertório no jogo corrido, mas ele tinha boa mobilidade. Deveria ser usado mais em espaço aberto, mas isso só foi chamado no seu segundo ano.

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Boa mobilidade e muito impacto contra DBs.

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Essa jogada não aconteceria sem Dareke Young, mas aqui Cross mostra como ele se movimenta com naturalidade e ataca bem em movimento.

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O esquema de pulls é algo bastante usado por Ryan Grubb, Cross se mostra competente para ser bastante usado nisso.

O que Ryan Grubb pode fazer no ataque de Seattle? Parte 2 [Jogo Corrido e Screens]

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Um dos melhores snaps dele na carreira. Começa bloqueando o defensor para dentro e mostra velocidade para ir buscar o defensor longe e o tira da jogada para o avanço.

Veredito

Cross era um dos jogadores que mais tinha esperança de ver um salto de qualidade. É óbvio que temos que levar em consideração a lesão que ele teve, que o fez perder tempo e quando voltou não estava 100%. Continuamos vendo alguns snaps bem ruins, principalmente numas partidas específicas.

O que dá um pouco de alento foi seu crescimento no jogo corrido. Isso não se refletiu tanto em nota no PFF, mas ao ver o tape, podemos ver Cross sendo fundamental em muitas jogadas.

Forever a 12s!