Com altos e baixos, Jordyn Brooks dá mais um passo na carreira

Na primeira rodada de 2020 Seattle deu um reach numa escolha inesperada num pouco falado jogador de Texas Tech. Apesar de muita desconfiança, inclusive deste que vos escreve, Jordyn Brooks surpreendeu mesmo jogando uma quantidade limitada de snaps. Apenas quando Seattle alinhava com 3 LBs que ele entrava em campo.

Ainda assim, ele teve melhorias notáveis na cobertura ao passe. O time confiou nele e por isso decidiu deixar o veterano KJ Wright sair. Com grandes poderes, grandes responsabilidades. Terminou como líder do time em tackles 184 tackles, 10 tackles para perda de jardas, quatro passes desviados.

Vamos ver como foi a temporada do segundo-anista!

A inconstância na cobertura

O esquema de Seattle foi muito mal montado, ou ao menos o time não tinha as peças para tal. O posicionamento dos LBs e nickel era bisonho. Hora eles estavam muito junto a linha defensiva e cediam recepções nas suas costas, hora eles recuavam muito e tomavam um caminhão de jardas pós recepção. O resultado disso foi 92 recepções para 1.010 jardas e sete touchdowns, o maior número cedido por um linebacker na liga.

O ruim…

https://twitter.com/CorbinSmithNFL/status/1443622110656561153

Um dos grandes problemas de Seattle no ano foi defender screens. Os motivos foram diversos, um deles podemos ver acima: erro de execução. Ao chegar no OL, Brooks deveria forçá-lo de fora para dentro, com o intuito de jogar o RB para dentro, mas não o fez.

https://twitter.com/cortesrapinas/status/1462634490128437254

Essa é minha principal crítica a ele na cobertura. Ele tem velocidade para se recuperar, mostra boa técnica, mas ele teima em tentar ler os olhos do QB. Ele é manipulado e deixa sua zona aberta por conta disso.

https://twitter.com/cortesrapinas/status/1462635939705016326

Aqui Seattle estava em marcação homem a homem. O LB é movido para a lateral contra James Conner, que nem é o melhor RB correndo rotas. Ele morde o double-move e comete a falta.

Playbook 15: Caiu na área é penâlti! Conheça as faltas do jogo

https://twitter.com/i/status/1480342005595136004

A PFF deu a ele 14 tackles perdidos. Embora sua taxa de tackles perdidos tenha aumentado, a explicação é matemática. Com mais tentativas, os tackles perdidos iriam aumentar. Mas nesse lance, não tem desculpa nem para ele nem para Diggs.

https://twitter.com/alexcastrofilho/status/1462785595525193735

É compreensível que a rota do recebedor interno atrapalha ele. Mas a incapacidade de cobrir uma rota simples de HB, a angle é preocupante.

O bom…

https://twitter.com/alexcastrofilho/status/1461088408747528202

O motion deixaria Seattle em maus lençóis. No entanto, Brooks demonstra velocidade para cobrir uma rota crosser mais longa contra Allen Lazard e consegue impedir a recepção numa baita jogada.

https://twitter.com/i/status/1437174984842096644

Marcação contra TE individual. Passo a passo e ataca a bola no momento certo. Rotas simples sem double-move, ele cobre com perfeição.

https://twitter.com/i/status/1477384440833789955

Aqui ele emprega uma técnica fundamental para LBs não serem batidos em play action.  O uso da ROBOT explicamos no texto abaixo.

Playbook 53: Usando a Técnica ROBOT

https://twitter.com/i/status/1480341819422654468

Aqui ele emprega novamente, e dessa vez não dá certo. Mas marcando um WR você não pode pedir coisa muito diferente disso.

https://twitter.com/i/status/1439707237849600005

Só KNJ para deixar Brooks contra Julio Jones. Apesar de no vídeo estar marcando TD, ele conseguiu fazer o suficiente para impedir que o futuro Hall Of Famer conseguisse estabelecer a posse.

https://twitter.com/i/status/1475221386922795011

Aqui o espaço é curto para se defender, qualquer erro seria fatal. Ele vê a rota flat do RB e mesmo com o conceito ofensivo tentando criar uma colisão, ele chega e impede o TD.

https://twitter.com/i/status/1475220802391977998

Ele instintivamente percebe o screen, deixa passar o recebedor e ataca o backfield para fazer o tackle.

https://twitter.com/i/status/1473499566775443464

Aqui ele percebe o screen e se esquiva do OL para fazer o tackle. Era basicamente esse trabalho que ele deveria ter feito naquele lance que mostramos no começo contra os Vikings.

https://twitter.com/alexcastrofilho/status/1453002119519391748

Ele ficou marcando o meio do campo de forma bem satisfatória. Não se afoba e quase conseguia sua primeira INT.

https://twitter.com/cortesrapinas/status/1470179076971368448

O TE corre a rota e tenta criar a separação com o contato, ele se antecipa e quase consegue a INT.

Uma máquina de tackles

Fazendo parte do time titular em tempo integral após um forte final de sua temporada de calouro, Brooks continuou de onde parou tal qual Wagner como uma máquina de tackles. Ele empatou com o veterano com 10 jogos de 10 ou mais tackles, igualou sua marca de um único jogo com 20 tackles em uma vitória sobre os Cardinals na semana 18 e, finalmente, estabeleceu um novo recorde de franquia de temporada única com uma liga com 184 tackles. Disruptivo e como um blitzer em chances limitadas, ele liderou a equipe com 10 tackles atrás da linha de scrimmage e registrou nove pressões e um sack em 56 tentativas de pass rush.

https://twitter.com/mattyfbrown/status/1478578953044602883

A linha defensiva de Seattle sempre foi montada para abrir espaço para os LBs brilharem. É isso que Brooks faz aqui. Bryan Mone abre espaço e ele infiltra e faz o tackle.

https://twitter.com/i/status/1470180491588423683

A técnica de tackle não foi das melhores, mas novamente ele vê o espaço aberto e ataca com agressividade.

https://twitter.com/alexcastrofilho/status/1465664403601297409

Não seria uma boa ideia deixar um WR para bloquear Brooks. O resultado disso…ele detona A. Gibson.

https://twitter.com/cortesrapinas/status/1460056611679088648

Poona Ford criou essa avenida no meio da linha e Brooks e Adams chegaram para impedir a conversão de terceira descida.

https://twitter.com/alexcastrofilho/status/1445478347333537804

Esse foi um dos sacks mais rápidos do ano, segundo o Next Gen Stats.

Seattle deveria adiantar uma renovação?

Com a temporada de 2022 sendo seu terceiro ano como jogador da NFL, ele será elegível para uma extensão no início do novo ano da liga em 2023. Se Brooks conseguir replicar sua temporada de 2021 este ano, faz muito sentido para Seattle para tentar mantê-lo antes que seu preço fique fora de controle.

Projeção de Contrato: 3 anos – 50M e 31M garantidos.

O Futuro

A cobertura continua sendo a falha mais gritante de Brooks, mas seus números não resumem verdadeiramente o quanto ele melhorou essa área de seu jogo em sua segunda temporada, por conta do esquema. Precisa trabalhar os double-moves e ser mais instintivo no jogo aéreo para ser menos manipulado pelos QB.

Lentamente deve começar a tomar o espaço de Wagner no coração da defesa de Seattle e se tornando um dos melhores jovens linebackers da liga, ele recebeu o primeiro de muitos votos All-Pro no futuro depois de liderar a NFL em tackles e parece prestes a entrar em território estelar em 2022.

Go Hawks!

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