A chegada de Shane Waldron criou uma grande expectativa para criatividade para o nosso ataque. Infelizmente, por diversos fatores não tivemos o impacto esperado. É sempre bom lembrar que é a primeira temporada dele não só em Seattle, mas sim como Coordenador Ofensivo.
Raio-X: As novidades de Shane Waldron
Quais jogadas Shane Waldron vai trazer para Seattle?
O impacto de Shane Waldron no Draft de 2021
Shane Waldron é o novo Coordenador Ofensivo de Seattle!
Agora, com o fim da temporada poderemos analisar como um todo e dar uma previsão do que poderemos ter no futuro.
Vamos lá!
Desafios
Como dito anteriormente, Waldron nunca havia trabalhado como OC. Isso por si só, já seria um desafio. Ele era Coordenador do Jogo Aéreo nos Rams. No papel novo ele teria responsabilidades novas e problemas de adaptação já eram esperados.
Agora ele teria que:
- Chamar as jogadas;
- Desenhar as jogadas;
- Relação mais próxima nos jogadores, principalmente o QB;
- Ter uma relação maior com o jogo corrido;
- Fazer os ajustes durante o jogo;
Números do Ataque
- Marcou 395 pontos o 16º da liga;
- 3423 jardas aéreas o 23º da liga;
- 30 TDs aéreos, 10º da liga;
- 2074 jardas aéreas o 11º da liga;
- 18 TDs corridos, 9º da liga;
- Wilson com 3113 jardas, 25 TDs e 6 INTs.
Em números, tirando a questão das jardas aéreas, os números parecem bons. Mas assistindo os jogos, ninguém ficou confiante com esse ataque, mas iremos dissecar os problemas mais a frente.
Uma estreia quase perfeita!
Eu fiquei totalmente empolgado na partida contra os Colts. Ele entregou tudo que eu esperava dele na visão mais otimista possível. Jogo bem chamado com 49% corrida, 51% passe. 44% de aproveitamento em 3ª descida. 100% na redzone. 8 recebedores diferentes, 6 corredores diferentes. Fomos o segundo na NFL em chamadas de play action com 41%, quase o dobro do uso no ano passado. Mais um fator que ajuda a OL na proteção a Wilson. Além de uma criatividade no jogo corrido.
Seattle Seahawks 28 x 16 Indianapolis Colts
[Video] Tapes Don’t Lie S01E01: Waldronalizou o ataque do Seahawks!
A única ressalva desse jogo foi o apagão que o time teve no terceiro quarto, em que não pontuou.
Problemas que fugiram da sua responsabilidade
Waldron cometeu erros, mas o ataque teve problemas em que ele não tinha nenhuma culpa.
Por exemplo:
- Trabalho ruim da OL na proteção ao passe;
- Trabalho rum da OL no jogo corrido;
- Problemas de decisão de Wilson;
- Lesão de Wilson;
Na semana 2, Wilson perdeu seu coach particular. Alguém muito importante para ele, não sei o quanto isso impactou, mas o QB tomou algumas decisões a partir de então bem questionáveis. Além disso, teve o azar de Wilson ter sofrido sua primeira lesão na carreira que o forçou a perder jogos. Sendo assim, foram 3 jogos com Geno Smith, além de basicamente uns 4 jogos com o QB claramente fora de forma e sem condições.
Quem é o culpado do mal desempenho do jogo corrido?
Outro problema foi o trabalho de Solari. Não tivemos um jogo corrido bom tirando basicamente as 3 primeiras semanas e as 5 últimas. E no começo da temporada ainda tínhamos uma inconstância. Com o jogo corrido sem entrar, o play action que era importante no esquema e para proteger a OL demorou para entrar. Isso expôs o problema em proteger o QB, que só ficava mais evidente em situações óbvias de passe.
Quais as implicações da demissão de Mike Solari?
Problemas que foram responsabilidade de Waldron
Raio-X: Dissecando os erros de Shane Waldron na semana 2
Depois de eximi-lo da culpa, agora chegou a hora de apontar seus erros:
- Péssimas decisões, principalmente em terceiras descidas;
- Inconstância/Falta de ajuste durante os jogos;
- Problema de distribuir os alvos;
Péssimas decisões, principalmente em terceiras descidas
Sempre teremos a dúvida do quanto de autonomia ele tem, mas vamos partir do pressuposto que ele tem o comando.
https://twitter.com/i/status/1446307175996043285
Aqui temos um exemplo de como ele tomou algumas decisões ruins. Estamos numa terceira para dois, o que poderia ser convertido com certa facilidade. Daí o time no primeiro jogo sem seu RB titular decide correr. Um play action aqui poderia encaixar muito mais. Depois do erro, o time vem com uma corrida para cima de Aaron Donald. Existia ao menos umas 100 opções melhores do que deveria ser feito aqui.
Análise Los Angeles Rams 26 x 17 Seattle Seahawks
https://twitter.com/i/status/1470878936041205768
Algumas vezes os o melhor a se fazer é o simples. Terceira para um, o time com uma OL não confiável, ele tenta uma toss, ao invés de correr pelo meio. Outras vezes durante a temporada, o ataque clamava por uma corrida diferente e daí vinha a corrida pelo meio.
Análise Seattle Seahawks 33 x 13 Houston Texans
Times que vencem são times que são capazes de converter terceiras descidas com consistência. Seattle teve problemas sério com isso. Seja por execução, mas muitas vezes a escolha nesse momento crucial era ruim. Dois exemplos foram mostrados acima, mas tivemos diversas oportunidades em que ele procurou um passe vertical, sem dar saídas curtas e a jogada acabou com um sack.
Raio-X: Os problemas de terceira de descida do ataque de Seattle
Inconstância/Falta de ajuste durante os jogos
Com exceção do primeiro jogo (e tirando a partida contra os Jaguars/Lions, que não contam), o time não foi dominante do começo ao fim de basicamente nenhuma outra partida, mesmo nas vitórias. Ele cometia erros crassos num jogo e na semana seguinte, o problema ainda estava lá. A NFL não dá 8 semanas para você arrumar seu ataque.
Contra os Steelers o time passou o primeiro tempo sem produzir nada, literalmente nada. Ele não fez nenhum ajuste durante essa parte do jogo. Ele precisou esperar a volta do intervalo para começar a chamar corridas. Isso funcionou e o ataque começou a tomar forma. Faltou para ele usar isso ao seu favor no restante do jogo.
Seattle Seahawks 20 x 23 Pittsburgh Steelers
Problema de distribuir os alvos
Esse, junto com a falta de ajustes são minhas críticas mais pesadas a ele. O ataque do time era limitado a DK Metcalf e Tyler Lockett, Waldron prometia distribuir os alvos. A chegada de Gerald Everett e a escolha de Dee Eskridge poderiam ajudar nisso. O novato se lesionou e nunca foi um fator, mas o TE teve os melhores números da carreira.
Isso deveria ser bom, mas não foi. Ter uma terceira ameaça deveria mantes as defesas adversárias adivinhando de onde viria o golpe. No entanto, era fácil nos marcar. Houve jogos em que a bola ia só para Everett, outros só para Lockett e outros só para Metcalf. Com esse talento você não pode ficar limitado.
Até Wilson se lesionar, Metcalf teve poucos alvos. Quando Geno Smith assumiu, ele começou a produzir, mas ao preço de Lockett virar quase uma peça nula no ataque. Precisamos de mais jogos como a primeira semana, com os stats espalhados entre vários recebedores e com criatividade.
O que esperar de 2022?
Já temos um ano de adaptação para o novo cargo, então a tendência é que ele performe melhor. Além disso, com Andy Dickerson virando OL Coach, e tendo sido uma pedida de Waldron, pode significar que vamos ter uma OL mais moldada e treinada para o que o ataque de Waldron quer/pode fazer, diferente de Solari que rodava um esquema dos anos 90.
Go Hawks!
[…] Abriu um pouco do playbook, mas seguimos com GRANDES problemas de executar screens. Os motions que ele chamou foram bem efetivos, vamos ver se continuam no playbook. Como foi o primeiro ano de Shane Waldron? […]
[…] Como foi o primeiro ano de Shane Waldron? […]
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[…] Eu acho que ele usou pacotes criativos. O que vou pegar no seu pé nesse jogo foi criatividade no jogo corrido. As corridas internas não estavam funcionando e deveriam ter optado por mais outside zone, onde Walker seria até melhor aproveitado. Só que quando você perde de 20-0 não dá para ficar correndo com a bola. Como foi o primeiro ano de Shane Waldron? […]
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