“Nós nunca imaginaríamos que que fosse possível ter a chance de pegá-lo. Quando John [Schneider] percebeu, ele apenas agarrou a oportunidade de dar uma pick para subir no draft e pudéssemos ter a 64ª escolha. Fiquei chocado“. Carroll disse após o final do draft. “Isso foi muito divertido, ter esse cara em nossa equipe. De repente, do nada, tudo convergiu perfeitamente. Nós acertamos, e sim nós temos uma trade, e bang, bang, bang, ele fez isso para nós. Foi realmente emocionante“. Adicionou o treinador.
Além disso protagonizou duas cenas memoráveis. Primeiro ao receber a ligação e responder aos prantos “por que vocês demoraram tanto para me buscar?” A cabeça dos prospectos pesa muito, por isso que muitos deles decidem não ir ao evento para evitarem a pressão (como Haskins fez esse ano), e essa reação realmente foi emocionante.
E do lado engraçado, ver o jogador fazendo tio Pete tirar a camisa, algo hilário!
https://twitter.com/bleacherreport/status/1121996506326638592
Essa foi a história de DK Metcalf (isso mesmo, não é D.K., ele inclusive corrigiu isso em uma das primeiras coletivas como um Seahawk). Ele era tido como um top-10/15, mas só acabou sendo escolhido na última posição da segunda rodada, como explicado acima por Carroll. Houveram suspeitas de uso de esteroides e por isso que foi especulado sua caída, além da questão da lesão do pescoço.
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Existem 3 tipos de recebedores, e em negrito o papel que Metcalf pode desempenhar:
- Split end, X ou SE – são posicionados próximos à lateral, no lado contrário ao TE, na linha de scrimmage, ficando menos em jogadas de motions. Por estar na linha, normalmente ele vai ficar de frente com um CB marcando de forma agressiva e em press. Sendo assim, ele precisa de velocidade, agilidade e explosão para evitar os jams/bumps e chegar a lateral primeiro que o adversário.
- Flanker, Z ou FL – Se posiciona pelo menos um passo atrás da linha de scrimmage, pode ser usado em motions, que é o jogador que se movimenta antes da jogada se iniciar, um artifício que vem sendo usado cada vez para identificar o tipo de cobertura que o adversário está usando. O flanker por estar mais distante do cornerback, ele tem mais espaço para conseguir escapar do marcador. Sendo assim é requirido de um flanker velocidade e aceleração para chegar ao fundo do campo.
- Slot, Y ou SR – se posicionaram entre a linha ofensiva e o recebedor “X” ou o “Z”, ou seja nos espaços ou do inglês slot. Sendo assim, ele enfrentará a marcação de safeties ou linebackers, jogadores mais físicos, porém com menos velocidade se comparados com os cornerbacks. Nesses confrontos a tendência é que não haja perseguição, pois estarão numa faixa mais central e mais congestionada do campo e possivelmente em marcação por zona. Então o slot tem que ser inteligente para achar o espaço entre as zonas.
Ele tem 6’4” (1,93m) e 225lbs (102kg), jogou em Ole Miss onde teve 67 recepções para 14 TDs e 1228 jardas. Muitas dessas jardas vieram de rotas go, jogadas de back shoulder e endzone, foram 16 recepções para 589 jardas, 10 TDs, que geraram 11 jogadas explosivas, enquanto em outras rotas, foram 51 recepções para 639 jardas e 4 TDs em 13 jogadas explosivas.
Aí que está o ponto e é de onde partirá nossa análise. Apesar de ter “quebrado” o combine ele foi muito mal em testes de agilidade, inclusive sendo pior que Tom Brady.
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Bons técnicos não exaltam o que seus jogadores fazem de errado. Bons técnicos usam bem o que seus jogadores sabem fazer de melhor. Você sabe que ele não vai render em rotas de cortes ou jogando no slot, você vai usá-lo nessas situações? Não! Então maximize as qualidades que você tem ao seu dispor.
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Ainda nas fraquezas de DK, ele tem certos problemas com drops. Ele tira os olhos da bola, já tentando se antecipar nos próximos passos. Dessa forma ele acaba perdendo a concentração. Técnica ruim para recepção, não adianta ter o braços longos se você não usa da forma correta, usar o corpo para recepcionar também não é a técnica correta, recepções devem ser feitas apenas com as mãos.
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Em algumas ocasiões ele consegue ficar livre, mas seu QB, que não era dos melhores do college, acabava não lançando para ele em situações que ficava livre.
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Em jogadas de redzone ele é sensacional. A agilidade é colocada de lado em detrimento do físico e velocidade, sendo assim ele se destaca muito. Wilson adora um alvo alto na redzone, já teve Graham e essa dupla pode ser bastante produtiva.
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Ele é muito físico e sabe usar isso, começa num leverage, e uma vez que os CBs abrem o quadril ele usa as mãos para conseguir vantagem e criar separação.
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Ele é um grande problema para se marcar. Se você marca pressão, você é queimado. Uma vez que ele está um passo a sua frente, já era, não há muito o que fazer. Além de ser muito físico disputando o espaço, passo a passo.
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Se você marca em cushion (dando um bom espaço para o recebedor), você dá tempo para ele desenvolver sua velocidade e também será difícil detê-lo.
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Nas jogadas acima temos o que ele entrega de melhor, rotas Go, Slant e Curls, isso te lembra alguém? Demaryus Thomas, e Calvin Jhonson o incrível Megatron…
Veredito
É fato que ele não corre a árvore de rotas completa, e precisa evoluir nisso porque ele pode acabar se tornando muito previsível. Inclusive desde o draft ele vem trabalhando forte nas técnicas de route running e vem evoluindo muito nesse aspecto, mas está longe do ideal. Mas se ele continuar sendo próximo do que foi no college nas rotas de velocidade, ele tem bastante futuro na liga. Sempre lembrando a máxima dos jogadores a quem DK é comparado, usar o que o jogador sabe fazer de melhor podemos ter aí um Megatron 2.0
Go Hawks!
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