Flowers terá que papel em Seattle?

A temporada de Flowers não foi das melhores e todo mundo sabe disso. Pensando nisso, o time trouxe por apenas uma quinta rodada, o Quinton Dunbar, dos Redskins. Daí surgiu uma dúvida de qual seria o papel de Flowers nesse ano.

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Como passamos o ano passado inteiro sem nenhum nickel, a primeira ideia seria colocá-lo como um nickel comum. Schneider tinha dito que iria endereçar a posição e o time passaria jogar mais nesse tipo de formação, depois de ser amplamente explorado por jogar no 4-3.

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O que acontece com a defesa de Seattle?

Flowers de Nickel?

No entanto, não parece ser uma boa ideia colocar Flowers nessa posição. Para mim, algo fundamental para um nickel padrão é a capacidade de mudança de direção. O nickel tem que cobrir muito mais espaço que um CB normal e não tem a linha lateral para lhe ajudar, sendo assim precisa ser rápido para reagir as rotas do ataque.

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O principal ponto fraco de Flowers foi justamente a capacidade de mudar de direção e reagir, então essa tentativa poderia ser um desastre.

Ok, poucos CBs vão conseguir marcar bem Davante Adams o jogo inteiro. Entretanto, até contra a décima quinta linha de recebedores dos Eagles, depois de basicamente todos se machucarem, ele nesse lance a seguir, jogando no nickel e marcando individualmente, se desespera e comete a falta.

Então onde Flowers vai jogar?

Primeiramente, é bem melhor para a profundidade do elenco ter Flowers no banco, do que ter um Akeem King da vida. Inclusive, não entendi o motivo pelo qual os Falcons e Panthers não exploraram mais o jogo em cima dele, quando tiveram oportunidade. Claro que ainda há a possibilidade do jogador ser envolvido em alguma troca, ou algo do tipo, mas vamos partir do pressuposto que ele permanecerá no elenco.

O que é Big Nickel?

Você deve estar acostumado ao conceito de nickel que seria o terceiro CB que entra no lugar do LB para privilegiar a defesa ao jogo aéreo. No entanto, existe uma derivação dentro da posição de nickel, Hoje os times tem usado mais TEs atléticos e pode acabar sendo um embate em que o ataque acaba tendo uma vantagem física em cima da defesa.

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Nesse lance por exemplo, Amadi, que é nosso candidato a nickel padrão foi explorado nesse ponto no college. No lance acima, ele cobre bem o TE, marcando de forma próxima, mas o TE usa o corpo como escudo e Amadi acaba sem chances.

Como foi a “estreia” de Amadi no nickel?

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Para tentar, combater isso, as defesas criaram o big nickel, que seria basicamente um terceiro safety. Você tira o SAM LB do jogo, que é normalmente o pior defensor de passes, e que não teria capacidade para marcar o TE em rotas profundas. Contra o jogo corrido, o big nickel por ser esse “terceiro safety” vai cobrir o jogo corrido melhor do que um nickel. Além de poder ser um blitzer mais efetivo.

Mas como tudo na vida, não só há lado positivo. Você deve se perguntar se com essas vantagens, por que os times não jogam assim o tempo todo? Por que esses safeties vão ter desvantagem contra os slots que são mais rápidos e ágeis. Então ele deve ser usado de forma situacional.

Como o Big Nickel é usado em Seattle?

Depois de uma temporada pífia, Ken Norton Jr é o mais odiado entre os odiados. Mas ele desenvolveu um bom trabalho nesse pacote de big nickel no seu primeiro ano. Inclusive poderia ter trabalhado mais nisso nesse último ano, contra niners e Eagles que usam bastante TEs.

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O escolhido por ele para esse papel é o Akeem King, dono das minhas críticas, mas ele já conseguiu certo êxito. King era safety no college então tem o background necessário para a função. Contra os Chiefs foi seu ápice. Kelce tinha 10 touchdowns e mais de mil jardas recebidas no momento que chegou na partida. Com o pacote de King marcando individualmente ele em 13 snaps, ficou com um total na partida de apenas 54 jardas e sem touchdowns.

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Ele tenta atrapalhar a rota de Kelce e marca de forma passo a passo o TE.

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Kelce consegue uma separação mas é um avanço mínimo e é rapidamente contido.

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Seria difícil pedir para marcar de forma melhor um TE do calibre de Kelce. Ele toma a slant curta mas King já está próximo para fazer o tackle.

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Flowers como Big Nickel

Flowers era safety no college e foi visto como possível candidato para conversão pela sua boa capacidade de tackle e capacidade de ajudar o jogo corrido.

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A formação dos Eagles não tinha WR do lado de Flowers e ele fica de olho no TE. No entanto, percebe rapidamente a corrida e faz o tackle imediato.

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Lembra o lance de Amadi, em que ele perde no corpo para o TE? A vantagem de Flowers é que ele não deverá ser atropelado de forma física pelos TEs.

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Ele marca passo a passo o TE aqui e não tem problemas com velocidade.

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Não apenas contra TEs no slot, Flowers seria uma boa arma, mas também contra WRs mais altos e físicos, como Arcega-Whiteside que nesse lance alinhou no slot. Apesar de perder no primeiro passo, ele usa sua boa envergadura para conseguir desviar o passe.

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Se Wentz conseguisse fazer o passe aqui, seria um grande avanço. O TE chamou ele para o baile e ele ficou mais perdido que Batman em festa do dia dos pais.

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O físico e velocidade de Flowers pode ser extremamente produtivo em gerar pressão com blitz da secundária, coisa que fizemos pouco esse último ano. As blitzes foram muito sem criatividade.

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Veredito

Como falei anteriormente, Flowers no banco da certa profundidade a posição que ano passado só tinha King. Outro ponto é que “descartar” Flowers hoje seria complicado porque os contratos de Griffin e Dunbar acabam ao fim da temporada. Ou seja, pensando no futuro teria que se manter Flowers “no jogo” ou draftar algum CB para trabalhá-lo para o futuro.

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