Jordyn Brooks dá esperanças para o futuro?

Seattle decepcionou na dia 1, ou não, se você tomar como referência as últimas escolhas de primeira rodada que sempre são de jogadores que não mereciam sair por ali. Jordyn Brooks, de Texas Tech, era mais um que se encaixava nesse molde e gerou revolta a ponto de torcedores não identificados criarem uma música para sua escolha do dia para noite.

Mais um reach e uma análise do dia 1 do Draft 2020!

Recap do Draft 2020 de Seattle

Brincadeiras a parte, diferente dos seus antecessores, LJ Collier e Rashaad Penny, ao menos o LB daria esperanças ao time?

Poderia ele virar um bom jogador no futuro?

Até onde vai?

Veja hoje, no BSBR Repórter!

Stats

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Em 14 jogos disputados, já que ele perdeu algumas partidas por conta de lesão, teve 2 passes desviados, 57 tackles e 2 para perda de jardas.

Esquema

Desde seu draft, apesar de não concordar com sua escolha no ponto em que foi feita, jamais discuti sobre sua efetividade no esquema. Em Texas Tech ele fazia muito o papel de spy que vale muito a pena quando você joga contra os Cards duas vezes no ano, e o uso cada vez maior do play action e rollouts.

Por que Seattle escolheu o Jordyn Brooks?

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Aqui temos um compilado de jogadas do primeiro confronto com os Cardinals em que ficou mais evidenciado o trabalho de spy de Brooks. Inclusive, na parte final do jogo quando o time parou de usá-lo Murray ficou solto para atacar nossa defesa.

Análise Seattle Seahawks 34 x 37 Arizona Cardinals

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E dessa partida, o grande destaque foi esse lance. Jogada fundamental e desenhada para o QB correr. Brooks fica atento e faz a jogada escapando dos bloqueios e salvando o TD.

Playbook 22: Funções específicas, o Rover, Rat, Green Dog e Viper

Evolução

Talvez essa seja a grande palavra para o ano de Brooks. Claro que ele tem excelentes tutores em Wright e Wagner, mas fez o que todo calouro deveria fazer. Viu seu tape e começou a trabalhar nos seus principais defeitos, demonstrando um bom desenvolvimento, mais uma vez bem diferente de Collier e Penny.

Bobby Wagner está ansioso para ensinar Jordyn Brooks!

Como LBs atuais serão fundamentais para os LBs do futuro?

Vamos lá!

Jogo Corrido

Essa ainda não era sua maior fraqueza, mas ele tinha o problema de achar bons ângulos e conseguir escapar de bloqueios, normalmente era presa fácil para OLs. Tinha muito medo disso subindo o nível para NFL, mas ele corrigiu em tempo.

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Os Eagles chamam o jet sweep e Brooks consegue antecipar muito bem, chegando até a esperar parado por instante o corredor chegar.

Análise Seattle Seahawks 23 x 17 Philadelphia Eagles

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Aqui o TD era iminente, o jogo corrido é uma força dos Rams e estavam na linha de uma jarda. O time dos Rams foi com sua tradicional corrida pelo gap C, o espaço entre o OT e o TE, Brooks se aproveita da falta de sincronia do TE e avança, forçando o RB a fazer o cutback. No entanto a jogada foi tão boa, e dada sua velocidade, ele impede a segunda leitura e faz o tackle para eprda de jardas,

Playbook 29 – O que é essa tal de Gap/Technique?

Playbook 10 – Tipos de corrida

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Boa infiltração e mais uma boa leitura. Ele percebe que Wright fechou a parte de dentro do bloqueador e ele vê que a única saída dele seria correr para o lado de fora e Brooks impede a conversão de quarta descida.

Los Angeles Rams 9 x 20 Seattle Seahawks

Jogo Aéreo

Aqui com certeza era sua maior fraqueza de longe. Aos que assistiram todos os tapes de Brooks, era possível ver o motivo pelo qual seus stats mostravam apenas 6 passes desviados e 2 INTs em 4 anos e 46 jogos.

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Aqui ele marca bem sua zona hook, e quando vê o passe faz o corte rapidamente. Na época do college o que mais me incomodava era que parecia que ele estava jogando descalço num chão quente quando era pedido para marcar em zona. Reação bem diferente aqui.

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Esse tweet resume bem o que esse tópico vem trazer. Se no primeiro lance ele se perde marcando George Kittle, no segundo ele faz uma das suas melhores jogadas no ano.

Análise San Francisco 49ers 27 x 37 Seattle Seahawks

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A jogada acima foi tão boa que mereceu um tweet só para ele. O recebedor dos Rams achou justamente o buraco entre as zonas de Brooks e Wagner. Brooks chega a reagir mais rápido que Wagner e solta a pancada para impedir o passe. Mas o detalhe é a rapidez em que ele vira o quadril e chega no WR mesmo sendo uma distância grande.

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Um papel que Wagner faz bastante na defesa de Seattle é jogar como MRT (Middle Run Trough). É a função em que você fica em zona no meio do campo e caso alguém passe pela sua área, você passa a marcá-lo individualmente. Sua velocidade é muito bem vinda para essa função.

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Só a título de comparação, uma jogada esse ano em que Wagner faz esse papel de MRT.

O que ficou faltando?

Além de tempo de jogo, já que ele poderia ter tido bem mais snaps, até para descansar Wright e maximizá-lo como SAM, posição em que o veterano jogou MUITO bem.

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Brooks foi enviado em 8 blitz e conseguiu apenas 1 pressão. Esse lance podia ter sido seu primeiro sack, não fosse a falta.

Análise New York Jets 3 x 40 Seattle Seahawks

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Claro que o pouco de sua utilização como blitzer vem do uso frequente de Jamal Adams e o fato de que não dá para mandar todo time para cima do QB. Mas no jogo contra os Pats em que ele estava bem verde, foi usado como um edge devido a lesão (Bruce Irvin) e o momento do jogo.

Qual papel Irvin terá em 2020?

Análise New England Patriots 30 x 35 Seattle Seahawks

Veredito

O que Brooks demonstrou em seu primeiro ano, desenvolvendo e minimizando suas fraquezas foi muito encorajador. E…não, ele ainda não vale uma primeira rodada, continuo pensando nele como uma boa escolha de dia 2, mas tendo em vista as bobagens que fizemos no dia 1, ele é o que tem mais lutado para diminuir o prejuízo.

Ele precisa alcançar o primeiro passo de ser um titular efetivo e depois continuar sua evolução. Bastante ansioso para ver como ele vai performar no ano 2. Ficarei muito feliz se Brooks alcançar o seu teto, que é alto e que no futuro eu possa escrever um texto falando sobre a besteira que falei sobre ele ser reach.

Go Hawks!