O impacto de Diggs na defesa de Seattle

No texto de hoje iremos falar de Quandre Diggs. A sugestão veio do Francisco lá de um dos nossos grupos do whatssap, caso queiram entrar procurem a gente nas redes sociais.

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Para você que começou a ver o esporte recentemente, temos alguns posts que podem ajudar na compreensão:

Playbook 15: Caiu na área é penâlti! Conheça as faltas do jogo

Playbook 16: Entenda as posições do futebol americano

Tudo que você precisa saber para o começo da offseason

Playbook 17: Pontuações na NFL

Playbook 18: Dicionário de termos do Futebol Americano

Vale a pena lembrar que a troca que trouxe Diggs foi um achado. Trocamos Vannett para os Steelers e conseguimos uma quinta alta (dos Steelers via Jaguars – nona escolha, que se transformou em Dunbar), trouxemos Willson, um TE do mesmo nível e deixou a gente livre para gastar nossa escolha original, de fim de rodada, para trazer Diggs.

Luke Willson está de volta ao Seattle!

A conexão Wilson to Willson está de volta!

Seattle faz troca com o Pittsburgh Steelers

Seattle faz troca com o Detroit Lions!

O jogador que veio de Detroit, tinha a função de resolver um problema que não havia sido estancado desde a saída de Earl Thomas. Blair, Thompson e Hill, ainda que juntos, não conseguiram se mostrar capazes de ajudar McDougald.

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Raio-X: Lano Hill é realmente a solução em relação a Tedric Thompson?

Vamos ver o trabalho dos antecessores de Diggs!

Tedric Thompson

Assumiu a vaga deixada por Thomas desde sua lesão no ano passado. Em 16 jogos como titular, teve 5 passes desviados, 1 fumble forçado, 76 tackles e 3 interceptações. Ele claramente não tinha um atleticismo fora de série, no entanto, olhando seu desempenho no college ele tinha uma EXCELENTE capacidade de rastrear a bola, sendo um dos melhores do país no último ano em Colorado. Chegando na NFL ele não conseguiu traduzir isso para seu jogo.

Além de não dar certo no que ele fazia de bom, nos tackles perdidos que não ia ser sua força.

Salários de Carson, Griffin e Thompson são ajustados

Ele demora muito tempo para perceber a rota no fundo, que é sua responsabilidade. Fora isso e a falta de velocidade para chegar, ele fica desesperado e se o WR não tivesse conseguido fazer a recepção, deveria ter sido marcado falta de segurada.

Na primeira partida do ano ele consagrou Andy Dalton, dando uma furada absurda na cobertura.

Lano Hill

Tem 6 jogos como titular na carreira, sendo quatro no último ano. Esse ano teve apenas 25 tackles combinados.

Hill, Thompson e Luani lutam pelas vagas no elenco na posição superlotada de Safety

Eu não consigo assimilar que tinha analista cometendo a heresia de falar que ele seria o bam bam kam.

Ele tem o costume de demonstrar uma agressividade exagerada, para fazer aquela “média” com a torcida. Entretanto, esse comportamento causa esse tipo de jogada. Ele marcando o fundo do campo, com a obrigação de ler a jogada, dá o famoso tackle no vácuo.

Percebam a mesma jogada com Diggs em campo.

Combatendo o jogo corrido, que deveria ser sua maior força, ele tem problemas para sair de bloqueios.

Esse erro de gap chega ser bisonho. Falta MUITA leitura de jogo para ele.

Péssimo ângulo e sem velocidade de reação, parabéns aos envolvidos.

Marquise Blair

Em 14 jogos que esteve ativo, foi titular em 3: Ravens, Bucs e Falcons. Fora isso participou de alguns snaps em outras partidas, no pacote que continha Shaquem Griffin. Em suas participações teve 1 passe desviado, 2 fumbles forçados e 32 tackles combinados. A grande questão sobre Blair, é que uma vez que Hill esteve saudável ele não conseguiu ser titular, tornando ele o QUARTO free safety do time, uma vez que todos saudáveis ficaria Diggs, Thompson, Hill e Blair. Vale lembrar que o time deu um reach absurdo nele indo na segunda rodada.

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Shaquem Griffin como pass rusher

Muito se fala de sua versatilidade, podendo jogar como FS e SS. Já algo que pesava contra era sua capacidade de rastrear a bola e vemos isso aqui, ele perdendo a chance de interceptação e ainda cedendo TD, na mesma jogada.

Sua técnica de tackles em campo aberto, muitas vezes é falha, também pela questão de agressividade. O safety como o nome já diz, precisa ser a última linha de segurança, deve ser confiável e preciso.

Jogador da Semana: Marquise Blair

Marquise Blair, o assassino silencioso, trará de volta o BOOM para a secundária de Seattle?

O real impacto de Diggs

Para começar a comparação vamos aos números: 11 jogos SEM Diggs, o time criou 19 turnovers, em 7 jogos COM Quandre Diggs gerou 16 turnovers.

Além desses belos números, em questão de esquema da defesa de Seattle, Diggs se encaixou perfeitamente. Sua capacidade de leitura de rotas, ângulos de tackles e velocidade de reação eram algo que faltavam ao time desde a saída de dedinho, ops ET3.

Quandre Diggs, será a solução para os nossos problemas da secundária?

Range de Diggs

Na defesa de Seattle, as zonas underneath e rotas intermediárias da defesa, são menos priorizadas do que rotas longas, para manter o mantra de Carroll de não ceder jogadas explosivas (+20 jardas). Dessa forma, os jogadores podem até ceder a recepção para essas rotas curtas/intermediárias, mas o tackle deve ser imediato. Cabe ao safety identificar e chegar rapidamente para impedir a jogada. Diggs demonstrou esse potencial e range mesmo não tendo tantos snaps como FS de single-high até esse momento da sua carreira, já que nos Lions foi mais nickel strong safety.

Ele controla o campo inteiro, ele se move para seu lado direito e ainda consegue mudar sua direção e chegar no FB dos Niners que estava alinhado como TE. Deixando no caminho aquela pancada marota que não faz mal a ninguém.

Leitura de Diggs

Você pode ter toda a velocidade do mundo, mas se você não fizer a leitura certa, ou no tempo certo, de nada irá adiantar. Diggs é um jogador bastante inteligente.

Percebam que quando o WR faz o motion, Diggs já levanta o braço. Identificou a jogada, percebeu quem vinha bloqueá-lo (o LT) e mesmo com essa diferença de tamanho ele consegue achar o melhor caminho para chegar e fazer o tackle.

Seattle estava em cover 1, ou seja, Diggs cobrindo o fundo do campo e todos os outros jogadores em marcação individual. King é batido (para variar), Diggs percebe onde ele é necessário, dobra a marcação e faz a interceptação do passe forçado de Goff.

Playbook 14 – Cover 0 e Cover 1 – É hora da blitz e do caos

Essa jogada é a melhor de Diggs, não apenas pelo TD. Ele vem marcar a zona do meio do campo como robber, e aí vem seu instinto, ele percebe o passe ruim de Goff e já fica em posição. Detalhe para o excelente trabalho de Griffin com a pressão.

Time em cover 2, ele está recuado, mas percebe a corrida e desce a colina para fazer o tackle. O TE, bem maior que ele, tenta vir bloqueá-lo, mas ele escapa e faz o tackle.

Playbook 13 – Cover 2, um conceito que vem sendo usado cada vez mais em Seattle, na era pós LOB

Capacidade de Tackle

Diggs tem 5’9 e 197lbs. Pode ser considerado pequeno, mas isso não o impede de ser um jogador totalmente disposto a se doar nos tackles. Não tem medo da confusão e vai para cima.

Num dia em que o time sofreu com reverses ele fica em posição de impedir o avanço e faz um BELO tackle.

Seattle Seahawks 12 x 28 Los Angeles Rams

Tendo em vista o tamanho dele e que quem recebe essa bola é um TE… ele vem do nada e PLOW!

Ele tem muita velocidade e explosão para descer o campo e fazer o tackle imediato.

Mesmo exemplo, velocidade, ângulo e antecipação perfeitos. Não dá para comparar mas pelo menos temos um pouco de BOOM de volta a Seattle.

Claro que ele nem sempre acerta, mas o processo está correto.

Velocidade de reação de Diggs

Seu background como nickel ajuda bastante aqui. Consegue ter fluidez nos quadris para mudar de direção e manter a velocidade.

Playbook 05 – Quais tipos de nickel existem?

Ele vem cobrir uma rota no meio, mas o recebedor corta para a lateral do campo. Diggs faz a mudança de direção e já fica em área de fazer o tackle. Mas recebe um presente do Garoppolo pressionado e faz sua primeira interceptação, no seu primeiro jogo.

Red Flag (Lesões)

Algo que pesou contra Diggs foi sua saúde. Ele já chegou com uma lesão, aquele tão conhecido hamstring. E ele demorou bastante para curá-la, tanto que no fim da temporada começou a ter problemas novamente, voltando apenas nos playoffs. A mudança que ele deu a defesa, precisamos o ano inteiro, principalmente pelo fato de não ter nenhum reserva a altura, como mostrado anteriormente.

Veredito para Diggs

Depois de ceder 3 recepções para 61 jardas e um rating de 86.1 com os Lions, depois da mudança para Seattle, ele teve 3 interceptações dos 5 passes lançados em sua direção. Os outros dois passes foram para 24 jardas, cedendo um passer rating de 55.4 passer rating durante seus 5 jogos. Depois de cometer 11 faltas entre 2017-18, ele evoluiu ficando em segundo com menos faltas entre todos os safeties. Foi apenas uma, de acordo com NFL-Penalties.com.

Os números não mentem. Diggs trouxe a defesa para outro nível. Isso porque, nós tivemos uma PÉSSIMA defesa ano passado. Tendo Diggs o ano inteiro e com os reforços que o time pode ter, podemos ter uma defesa bem mais forte. Claro que conta o péssimo trabalho de KNJ.

Go Hawks!

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