O que aconteceu com os Tight Ends de Seattle?

Algo que preocupou bastante a torcida no começo do ano foi o investimento pesado que o time fez em TEs. Parecia que o time focaria quase que exclusivamente em passes curtos e segurando o potencial de Russell Wilson. No entanto, foi justamente o contrário que aconteceu, o ataque era arrasador em profundidade, mas faltou mesclar com ameaças no meio do campo.

Dia de GM: E se eu fosse John Schneider?

O que aconteceu com a defesa e o ataque de Seattle?

O Investimento

Sem contar com o valor de Dissly, só em investimento para 2020, gastamos 11.3M e 3 escolhas de draft (um em Parkinson e duas em Sullivan). Minha ressalva não é nem contra um jogador em específico da lista, mas sim em investir tanto nesse setor e não usar durante o ano.

Playbook 27 – Quais são os tipos de TE do futebol americano?

A produção

A produção dos TEs não foi nada parecido com o que Brian Schottenheimer já teve no decorrer da sua carreira como OC.

Como o ataque vai usar tantos Tigh Ends?

Greg Olsen

https://twitter.com/i/status/1315473175090794497

Foram 11 jogos, passando pela IR com uma lesão no pé. Foi alvo de 37 passes para 24 recepções, 239 jardas e apenas 1 TD, a segunda pior marca de sua carreira e o ano menos produtivo dele.

https://twitter.com/i/status/1343318912923017217

Conseguiu 16 primeiras descidas para Seattle, foi trazido justamente para ser o passe de segurança de Wilson em terceiras descidas por conseguir “achar os atalhos do campo”. No começo do ano, essa meta até foi alcançada, mas foi esquecida durante o ano.

https://twitter.com/i/status/1305221441386881026

O único TD de Olsen veio na semana 1 contra os Falcons.

Análise Seattle Seahawks 38 x 25 Atlanta Falcons

https://twitter.com/i/status/1307838976846372864

Na semana seguinte ele dropou seu único alvo para a primeira interceptação de Wilson no ano.

Análise New England Patriots 30 x 35 Seattle Seahawks

Se recuperou na semana seguinte e fez seu melhor jogo no ano com boas recepções em momentos cruciais.

Análise Dallas Cowboys 31 x 38 Seattle Seahawks

Graças ao bom Deus se aposentou e vai comentar os jogos para não manchar sua baita carreira.

Will Dissly

Conseguiu jogar pela primeira vez os 16 jogos, foi alvo de 29 alvos para 24 recepções 251 jardas e 2 TDs. Conquistando para o ataque 11 primeiras descidas. Uma produção menor em 16 jogos em relação aos 5.5 da temporada 2019.

Essa rota wheel contra um LB ficou desleal.

Análise Minnesota Vikings 26 x 27 Seattle Seahawks!

Onde ele foi usado, e muito bem, foi em bloqueios. Dissly era conhecido como o melhor bloqueador da sua classe e vemos muito disso aqui no jogo.

Playbook 09 – Tipos de bloqueio

Conseguiu criar a lane para dar a segunda leitura ao RB e chegar a endzone.

Análise Arizona Cardinals 21 x 28 Seattle Seahawks

Além de ser usado no jogo corrido, ele também foi por diversas vezes usado para dar mais tempo a Wilson com proteção de 6 e até 7 em bloqueios.

Análise Seattle Seahawks 23 x 17 Philadelphia Eagles

Bom bloqueio no primeiro nível e uso da técnica para  fazer um cutblock para dar o espaço ao seu RB.

Análise Seattle Seahawks 26 x 23 San Francisco 49ers

Jacob Hollister

Participou dos 16 jogos apesar de ter ficado sem ser acionado em alguns. Teve 40 alvos, 25 recepções, 209 jardas, 3 TDs (mesma marca que teve no ano passado) e conseguiu 14 primeiras descidas. Em 12 dos 16 jogos na temporada ele teve três alvos ou menos.

Los Angeles Rams 9 x 20 Seattle Seahawks

No fim do ano ele foi mais alvo de passe. Por consequência, algumas das INTs de Wilson foram em sua direção, tanto que apenas 25 recepções foram feitas nessas 40 tentativas.

Análise Seattle Seahawks 20 x 15 Washington Football Team

Voltou também a ser usado como uma espécie de slot receiver para achar o espaço entre as zonas intermediárias.

Ele começou o ano e teve muitos snaps como FB, sendo o TE que mais alinhou em funções diferentes no ano, inclusive, evoluindo bastante o trabalho nos bloqueios.

Playbook 27 – Quais são os tipos de TE do futebol americano?

Colby Parkinson

Por conta da lesão que teve no começo do ano só esteve disponível em 6 jogos. Foi alvo de 2 passes onde conseguiu 2 recepções, 16 jardas e 2 primeiras descidas.

Análise New York Jets 3 x 40 Seattle Seahawks

Total da Setor

A unidade teve 75 recepções, 715 jardas e 6 TDs. A título de comparação o ” WR3″, bastante contestado, David Moore teve 6 TDs em apenas 35 recepções durante o ano, sem contar as jardas pelo fato de ser mais usado em profundidade.

Comparando com o resto da liga, vejamos a produção do setor:

  • Alvos – 20º;
  • Recepções – 20º;
  • Jardas – 22º;
  • Touchdowns – 21º;
  • First Downs – 20º;
  • Dinheiro gasto – 8º; (10M que foi o dinheiro gasto em Olsen e Hollister apenas, pagaria um RT de elite como Jack Conklin)

Veredito

Quase me lembrou o filme Moneyball, em que o GM queria uma coisa e o técnico não fazia, até o momento que o GM corta todas as opções para forçar o técnico a usar o combinado. JS parecia focado em construir um jogo forte para TEs, mas não deu certo em questão de produção, deixando os jogadores muito focados apenas nos bloqueios.

Go Hawks!

2 Replies to “O que aconteceu com os Tight Ends de Seattle?”

  1. […] O que aconteceu com os Tight Ends de Seattle? […]

Deixe um comentário