O que podemos projetar para o futuro de Coby Bryant?

Seattle selecionou na quarta rodada o vencedor do Prêmio Jim Thorpe, que é dado para o melhor defensive back (safety ou cornerback) do país, Coby Bryant. Ser o vencedor desse prêmio jogado do lado oposto de Sauce Gardner, é ainda mais difícil porque, em tese, você vai receber muito mais alvos que o normal. Mas Seattle surpreendeu ao colocá-lo para jogar como nickel, uma posição que ele nunca havia jogado um snap sequer.

Vamos ver como foi sua temporada!

Temporada em números

Jogando no slot pela primeira vez em sua carreira no futebol, Bryant lidou com fortes dores do crescimento desde o início, permitindo um longo touchdown em sua estreia na NFL contra o Broncos e lutando com tackles perdidos. A cobertura se destaca como uma área em que o ex-vencedor do prêmio Jim Thorpe terá que dar um grande salto na próxima temporada, pois permitiu 515 jardas, dois touchdowns e uma classificação de passador de 107,8.

Mas havia muito o que se empolgar com o jogo de Bryant, já que ele não perdeu um único tackle nos últimos oito jogos da temporada regular e produziu um par de sacks em blitzes de nickel bem executados, mostrando sua versatilidade. Mais notavelmente, ele apareceu como a segunda vinda de Charles “Peanut” Tillman (um renomado CB conhecido pelos seus socos na bola para forçar fumbles) com quatro fumbles forçados, mostrando um talento especial para socar a bola e criar turnovers.

Problemas na Cobertura

Rota fade vindo do slot. Bryant perde o rastreio da bola, cede a recepção que acaba virando TD.

Eu acho que esse fator de saber onde e quando atacar a bola foi o que mais atrapalhou a vida dele. No college ele fazia isso muito, mas não conseguiu replicar no seu primeiro ano na NFL.

Ele faz o mais difícil que é estar passo a passo numa rota curta, mas novamente chega milésimos atrasado e cede o first down.

Isso me preocupou bastante. Mesmo sendo apenas calouro numa posição que nunca jogou, ele sofreu em pegar alguns alinhamentos. Dois erros crassos, um ele deixa o recebedor passar livre e outro ele marca uma zona que já havia outro jogador.

Isso era algo que ele já mostrava no college, e por conta disso não entendi o “experimento” dele como nickel. Essa mudança de direção sempre foi um desafio para ele.

Se você comparar o trabalho dele com o de Ugo Amadi, que era o antigo nickel, você consegue ver uma evolução no quesito marcação individual, que era um dos grandes calos do jogo de Amadi. Na marcação em zona ele ainda precisa de ajustes, mas não foi uma queda brusca. O fato de ser sólido em man-to-man foi o que fez com que Seattle deixasse Justin Coleman no banco a temporada toda. O veterano tinha sido trazido justamente para esse papel.

Ok, o QB adversário é John Wolford, não é lá um grande desafio. Mas ele se mantém ligado no que o QB vai fazer enquanto dropa na sua zona. Ele corta a linha de passe da rota cruzada, que fatalmente seria passe completo se ele não interviesse.

Problemas de falta

Ele cometeu 3 faltas no muito por ser físico demais além das cinco jardas permitidas.

Blitzer

Ele não é o CB mais rápido do elenco, mas tem boa saída do snap  e bom faro par achegar ao QB.

Essa cover 2 nickel blitz deu bastante certo durante o ano.

Festival de Fumbles

Esse foi um dos fatores que “passou bastante pano” para ele. Ele não fez uma marcação boa e foi para tackle, mas aí consegue o turnover. Ninguém lembra que ele deixou o WR aberto.

Boa postura e técnica para atacar a bola e forçar o fumble.

Murray tenta improvisar e novamente ele tem o bom faro para atacar a bola.

Trabalho como tackler

Coby Bryant melhorou muito como tackler durante sua temporada de calouro. Somando ao final do ano 16 paradas e 52 tackles.

Primeiros 9 jogos

Tackles perdidos: 9

Nota de tackles PFF: 30,0

Últimos 8 jogos

Tackles perdidos: 0

Nota de tackles PFF: 90,0

Deu a primeira descida de graça para os Giants.

Mais um tackle perdido em terceira descida que deu o first down para o adversário.

Veredito

Com outra offseason para crescer em sua nova posição, ou potencialmente competir novamente como CB do lado esquerdo, ele deve ser uma presença constante na defesa em 2023 e além. Minha preocupação apenas é que Seattle tenha um plano e consiga desenvolvê-lo com paciência.

Forever a 12s!

10 Replies to “O que podemos projetar para o futuro de Coby Bryant?”

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