Planejando a offseason 2022 (Ataque)

Não, não estou dizendo que está tudo acabado, apesar de ser difícil temos chances ainda de chegar aos playoffs. O objetivo do texto é olharmos HOJE o que temos para o ano que vem e vermos como estaremos realmente antes da free agency/draft começarem. Iremos passar setor a setor analisando as possibilidades.

Vamos lá!

Quarterbacks

Dentre os reservas o time tem hoje Geno Smith, que teve seus 3 jogos e meio e saiu apenas com uma vitória, contra os Jaguars. Depois dos 30 não tem muito mais a oferecer. O que nos leva ao QB3, Jacob Eason, jogador que se transferiu para Washington, maior Universidade do Estado e que já deu boas peças para o time de Seattle.

O jogador foi cogitado como primeira rodada, mas só acabou saindo na quarta. Perdeu vaga nos Colts por não conseguir entender e aprender o playbook. Mas o GM, John Schneider sempre tentou ter um QB para desenvolver. Eu daria a chance dele ficar como nosso backup pelos anos que restam a Wilson, e acabaria com aquela “necessidade/possibilidade” de pensar em um QB no draft lá no finzinho para ser backup.

Agora vamos falar de quem realmente importa, Russell Carrington Wilson. Tivemos toda a novela nessa última offseason e as coisas hoje não estão melhores. O QB (na verdade seu agente Mark Rodgers) decidiu dar um “brigar”, justamente no ano em que ele mesmo “se sabotou” com jogadas forçadas em busca de TDs mais majestosos.

Ele foi peça fundamental para a escolha de Shane Waldron, mas no primeiro ano, não demonstram estar na mesma página. O jogador pediu uma nova linha ofensiva e recebeu migalhas. O time não trouxe nenhum center, trocou por Gabe Jackson de uma OL falida e draftou Stone Forsythe, mas para ficar no banco.

Para manter o QB feliz (e vivo), seria interessante atender de verdade os pedidos dele. Para trazer jogadores bons, você tem que fazer o scout corretamente e ser agressivo. Sempre usarei os Chiefs como exemplo. Não foram perfeitos, mas perderam seu LT e RT e numa offseason trocaram por Orlando Brown para LT, assinaram com o OG mais caro da liga, Joe Thuney, draftou o melhor center em muito tempo, Creed Humphrey, Trey Smith na sexta rodada (um cara que se não fosse as lesões chegou a ser cogitado na primeira rodada. Quatro posições em alguns meses, isso que é um trabalho de GM. Precisamos de algo nesse estilo.

Running Backs

Um dos setores extremamente mal montados da equipe. Mal montado e mal usado. Estatística interessante: RBs de Seattle, e sua porcentagem de carregamentos para avanços de zero ou menos jardas e onde isso se classifica (min. 10 carregamentos) via @TruMediaSport:

Rashaad Penny 33,3% (2º)
Alex Collins 20,2% (23º)
DeeJay Dallas 20,0% (24º)
Chris Carson 11,1% (82º)
Travis Homer 10,0% (88º)

Do ponto de vista de disponibilidade as coisas também não estão boas. Marshawn Lynch não perdeu um único jogo devido a uma lesão de 2012-2014. Desde então, os Seahawks tiveram pelo menos um de seus running backs sofrendo uma lesão que encerraria a temporada, por sete anos consecutivos.

2015: Rawls
2016: Prosise
2017: Carson e Prosise
2018: Prosise novamente
2019: Carson, Penny e Prosise
2020: Homer
2021: Carson

Acho que não é interessante para uma das posições de mais impacto no jogo escolher alguém com histórico de lesão. Foi isso que o time fez com Carson e Prosise. Que se juntaram a Penny que apesar de estar saudável no college nunca conseguiu fazer isso na NFL. O time tentou insistir na dupla que nunca deu certo, com isso causando outros problemas.

Penny nunca teve talento e o time nunca trouxe um nome decente para ser RB2 ou lutar por essa vaga. Ano passado até trouxe Hyde, mas ele ficou mais tempo machucado que o próprio Carson. Sem talento, Chris Carson virou um burro de carga com uma porcentagem muito grande de snaps e paga alguém com problemas de lesão, é uma receita que tem tudo para dar errado.

Tudo isso culminou com uma lesão de Carson no pescoço grave. O time sabia dessa lesão quando assinou o contrato, e talvez só por isso que ele assinou com Seattle, uma vez que provavelmente ele não teria conseguido passar nos exames médicos de outras equipes. O time arriscou e não deu certo. Possivelmente vimos seus últimos snaps dele esse ano. Ele tem em 2022 um cap hit de 6.5M e sendo cortado pós primeiro de janeiro deixaria 1.5 de dead cap em 2022 e 2023 e liberaria 5M.

Penny não tem contrato par ao próximo ano e não deve renovar. Alex Collins não está a ficar mais novo e também não tem contrato para o próximo ano. Travis Homer e DeeJay Dallas nunca tiveram chances e por isso também nunca mostraram a que vieram. Na free agent o grande nome seria RoJo, que inclusive era cogitado para ser escolha de Seattle no ano em que Penny foi escolhido, mas tem lá seus problemas para ficar saudável.

O caminho seria apostar num veterano para dividir o backfield e aproveitar a classe razoavelmente profunda no draft e trazer alguém. Pelo amor do Santo cristo que não seja com nossa primeira escolha, que será no segundo round.

Tight Ends

Um setor que tem Gerald Everett sem contrato para o ano que vem e Will Dissly também. De forma que o único com contra é Colby Parkinson que é rei nos treinos, mas nunca recebeu chances no ataque, que não nos dá nenhum parâmetro de como ele vai ser se precisar se tornar o TE1. Todos os 3 tem características totalmente diferentes.

A classe de draft é extremamente profunda. Muitos bons nomes e caras com as características mais diversas. Caras atleticamente bons e com boa capacidade de YAC, como Everett e caras para o meio do campo e bom bloqueadores como Dissly. Acredito que o time deve renovar com um das duas peças (talvez até as duas dependendo do valor) e busque alguém no draft.

Ao menos é isso que esperamos. Vale lembrar que pagamos caro no Olsen, Willson, Hollister e ainda fomos no draft com Parkinson e Sullivan. Esse ano temos a real necessidade e a classe é muito boa e variada. Possivelmente a posição que Seattle teria mais controle do seu destino.

Wide Receivers

Não há o que discutir sobre nossos WR1 e WR2 com Lockett e DK. A grande questão é a partir do slot 3. O time trouxe Dee Eskridge, mas apesar de certa euforia e esperança que se criou, se machucou na semana 1 e não passa mais confiança; Freddie Swain surpreendeu no ano passado e nesse ano chegou a disputar a vaga de WR3, com a lesão de Eskridge e deu momentos bons ao time, mas não consegue passar aquela confiança.

Na free agency vamos ter nomes (ao menos até o momento) como: Allen Robinson, Chris Godwin, Davante Adams, Mike Williams. Mas vai ser preciso gastar um dinheiro, que deve retornar muito bem com esses nomes disponíveis. Talvez o Robinson fosse o nome mais possível, já que tem 29 anos e sempre sonhou em ter um QB bom de verdade.

No draft a classe também é bem profunda, mas chuto que o time vá usar uma pick mais baixa em WR, podendo trazer talento, mas nada mais que uma aposta.

Offensive Tackles

Essa tem que ser a primeira pick do time. Na FA temos Cam Robinson, nome que até gosto, mas não resolve, Terron Armstead que vai ser extremamente cobiçado e com a possível aposentadoria de Brown, Seattle deveria ir atrás com tudo que pudesse. para garantir alguém já testado na liga.

Brown tem a questão da aposentadoria e de contrato. Shell também do outro lado não tem contrato. No elenco, só Stone Forsythe e Jake Curhan teriam contrato para 2022. O time deu poucas chances para ambos e seria muito arriscado ir direto com eles. Mas será que o time está disposto a usar Forsythe ou vai esperar mais um ano ou até mesmo deixar ele no banco “para sempre”.

Classe de draft também é profunda e tem bons nomes para RT e LT. Meu sonho seria buscar o Armstead, até para mostrar para Wilson nosso comprometimento e trazer um novato que pudesse jogar como RT e futuramente talvez assumir a função de LT, apesar de que com 31 anos, Terron ainda poderia jogar uns 4,5 anos.

Offensive Guards

O time tentou fechar com Zeitler mas acabou assinando apenas com Gabe Jackson, depois do mesmo ter sido cortado. Jackson teve um começo de ano incrível no pass protection em Seattle, bem melhor do que esperava, já que ele vinha “dispensado” de um time que cortou quase toda sua OL de uma vez.

Do outro lado Lewis não deu o passo que se esperava dele e fez jogos medonhos. Sua grande sorte é que no elenco nunca houve ninguém para se cogitar como reserva. Não há profundidade e isso pode ser consertado nessa offseason, seja na FA seja no draft, não podemos começar 2022 com Jamarco Jones como reserva.

Com a dupla titular definida, temos bons nomes na FA para ajudar a compor e dar um “calor” nesses caras. Will Hernandez, Laken Tomlinson, Connor Williams e Brandon Scherff. Trazer o veterano de WFT poderia fazer com que o time movesse Lewis para center e adicionasse um cara de peso.

Das opções listadas, provavelmente só Hernandez aceitasse um papel de reserva e talvez Tomlinson.

Center

A posição mais subestimada de TODA a offseason passada. Renovamos com Ethan Pocic, que seria um bom backup e Kyle Fuller que… seria o Kyle Fuller. A única coisa boa é que o contrato deles acabam ao fim do ano. O time não entrou na briga por David Andrews, Corey Linsley e etc, fora perder Creed Humphrey que resolveria a posição por anos. Nesse ano temos Ryan Jensen, Matt Paradis, Jason Kelce e Ben Jones como nomes para ficar de olho na offseason.

A classe de draft também é boa. Infelizmente não é tão profunda e não tão forte quanto a do ano passado. O grande nome Tyler Linderbaum, que deve sair na rodada 1 tem um gap grande para o segundo da posição, mas ainda assim o time pode investir em caras como Ricky Stromberg, Jarrett Patterson, John Michael Schmitz, Alec Lindstrom, que seriam um baita upgrade.

Go Hawks!

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