Façam o exercício e pesquisem o que é preciso para ser um bom DB. Depois de aprender tudo, saibam que para ser um DB de Seattle vai precisar de muito mais tempo e esforço. No decorrer de vários textos sempre falei que PC pode ter lá seus problemas com o ataque, mas na defesa e principalmente na secundária ele é um monstro. Porém isso tem um preço, os DBs são exigidos bastantes e para os novatos aí que a coisa fica complicada mesmo.
Playbook 01 – Papéis na formação de Punt
Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe
Em toda classe tem aquele aluno CDF, e o da turma passada foi sem sombra de dúvidas Flowers. Ele chamou a atenção pelo seu tamanho de 6-3 e seus braços longos de 33 7/8 inches. No combine correu 4.4 mais do que os queridinhos Derwin James, Terrell Edmunds e Minkah Fitzpatrick. Isso foi o suficiente para PC gastar um quinta rodada e tê-lo como seu projeto do ano.
Em 15 jogos ele teve 6 passes defendidos, 67 tackles combinados, o terceiro do time. Além de ter forçado 3 fumbles e ainda recuperou 2 para fechar seus stats. Faltou apenas uma interceptação para coroar o ano. Apesar de estar tendo um começo de ano conturbado, esse texto serve para nos dar esperança (Torcedor Mode: ON).
Bom, vamos ver a seguir os principais requisitos para os defensive backs do tio Pete:
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 22, 2019
Um das qualidades mais importantes para um defensive back é ser paciente. Um jogador afobado está muito mais propenso a cometer erro e um tackle perdido ou uma cobertura agressiva demais pode deixar o caminho livre para o TD. Na jogada ele espera o momento certo e faz o tackle perfeito, inclusive forçando um fumble.
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 22, 2019
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) July 5, 2019
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 22, 2019
Outro aspecto importante é a agilidade e mudança de direção. Ele consegue manter durante muito tempo a postura square e isso faz com que ele consiga mudar de direção rapidamente, principalmente de forma lateral.
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 22, 2019
Treine para ser rápido, quando terminar de treinar, treine mais um pouco. Não se pode dar ao luxo de dar espaço ao WR. Além do atributo físico é preciso ter o mental, a compreensão do leverage. Ele usa o corpo para forçar o WR a vir por dentro onde ele teria a ajuda do safety no fundo do campo.
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 28, 2019
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 28, 2019
Dois primeiros mandamentos da defesa de Seattle:
1- Marcarás o recebedor adversário em press;
2- Não serás diva e não fugirás do jogo corrido, pelo contrário, derrubarás qualquer adversário que adentrar em vossa visão.
Na marcação pressão, o CB precisa fazer o “jam” que nada mais é que acertar o corpo do WR com as mãos, para atrasá-lo ou tirar da sua rota. Percebam no lance contra os Cowboys, que Flowers com o jam, não só tira ele da rota mas derruba o WR e ainda fica atento e faz um tackle que pode ser considerado salvador, uma vez que se Zeke passa por ali, seria beem difícil de pará-lo.
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 22, 2019
Para marcar em zona é necessário ter uma boa velocidade de reação e compreensão. Flowers percebe que o RB que vai para aquela área, o passe vai um pouco alto que dá a chance do CB fazer o tackle quase que imediato.
Nessa jogada Flowers dá uns dois passos para frente pensando ser uma corrida mas se recupera rapidamente devido sua capacidade atlética usando a técnica de trail, juntamente com McDougald. pic.twitter.com/o9y2LHW8rg
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 19, 2019
Flowers mais uma vez demonstra sua capacidades de inteligência de leverage, ele mantém o WR encaixotado usando a técnica de trail, com a ajuda de McDougald. Dessa forma, fecha totalmente a tentativa de passe para ele.
Flowers na marcação individual cruzando o campo. Notem a paciência e o cuidado para não ser batido numa rota corner por exemplo. No final do lance ele deveria ter feito a interceptação, mas temos sempre que lembrar que ele é um safety convertido que está na primeira temporada. pic.twitter.com/thH17qldNQ
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 19, 2019
Jogada difícil, marcação individual e a rota executada cruza o campo inteiro. A paciência mais uma vez é fundamental porque qualquer deslize ele pode ser batido. Ele mantém a distância suficiente para não ser batido numa quebra de rota e para acompanhar o WR, só ficou faltando a interceptação.
Apesar de todo crescimento ele ainda pode evoluir na técnica de fazer tackles pic.twitter.com/9Wvrzr5fYk
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 19, 2019
Ele tem paciência, mantém uma boa posição mas na hora de fazer o tackle imediato ele faz de forma muito alta e vai por cima de Fitz.
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 28, 2019
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 28, 2019
O step-kick é uma técnica que não é para qualquer um, exige muita paciência e concentração. A técnica se refere aos cornerbacks que estão pressionando na linha de scrimmage. Concentra-se em proteger o passe profundo e também as jogadas curtas. Forçar os ataques a apostarem em médio alcance. Se eles completarem essas bolas, os jogadores se concentram em atacar, limitando jardas depois da recepção e avançando para a próxima jogada.
O passo (step) sempre vem com o pé externo quando o snap acontece. A paciência é necessária ao permitir que o recebedor faça o primeiro movimento. Os CBs são ensinados a esperar até que o WR entre em sua esfera (comprimento do braço) antes de fazer o contato. Os olhos ficam nos números do recebedor e o corpo tem que ficar em pé. “Abrir o portão” ou virar os quadris cedo demais é péssimo. Quando eles batem com as mãos, dentro da janela de 5 jardas, eles atacam os músculos peitorais do recebedor. E isso acontece simultaneamente com o chute (kick), quando a “dança” do recebedor acaba ele faz o chute com o pé de trás para correr com o recebedor a rota real dele. Como DBs dos Seahawks colocam, passo para paciência, chute para posição.
Essa é a mais difícil das técnicas, DBs experientes sofrem para aprender. Flowers falou em uma entrevista que aprendeu treinando no espelho. Ele ainda não está na sua perfeição, mas o que ele evoluiu é de se admirar.
Usando a técnica de 3 passos de leitura, marcando 1/4 de campo. pic.twitter.com/59CCQYhfCg
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 19, 2019
Seattle esse ano jogou mais em cover-2 do que o habitual para suprir a ausência de Thomas. Nessa jogada eles jogaram em uma cover 6, formação em que a defesa marca de um lado em cover 2 e do outro em cover 4. Flowers está do lado da cover 4. Ele usa a técnica dos 3 passos + bail para ir para sua zona dando a ele uma visão do recebedor e de Rosen, ele vê quando a bola é lançada e vai ao ataque dela (velocidade de reação de novo!). Ele basicamente não consegue a interceptação porque Dupree o segura. Deveria ter sido uma interferência ofensiva nesse lance.
Jogada de inteligência de @_Slimm7 protegendo o meio do campo na C2 pic.twitter.com/ShgJpUehwF
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) June 19, 2019
Em mais uma jogada de cover 2, ele marca Fitzgerald forçando ele a não ir para o meio do campo, protegendo assim a maior vulnerabilidade da C2, com boa noção de jogo. E depois vai para o embate físico contra Fitzgerald, é perceptível que Rosen evita o passe na primeira leitura. Nesse lance aqui poderia ter sido marcado uma falta para juízes que admitem menos contato.
No resumão temos:
- Jogar em press e ser físico;
- Entender de leverage;
- Ajudar no jogo corrido;
- Step-kick;
- Velocidade de jogo (diferente de velocidade física);
- Paciência (pequeno gafanhoto);
- Compreensão dos conceitos defensivos;
As jogadas acima, mostram que Flowers realiza uma infinidade de técnicas defensivas de Carroll. Em bump-and-run, off-man ou off–zone, o CB está usando várias técnicas para vencer suas disputas individuais. Sua velocidade, tamanho e envergadura lhe dão uma boa capacidade de recuperação. Além disso, ele está demonstrando uma compreensão clara dos conceitos de coberturas e do papel que lhe é designado na defesa.
O desenvolvimento não é algo linear. Flowers pode ter uma “queda do segundo ano”. No entanto, agora, ele parece estar demonstrando potencial “melhor CB na história da franquia”. Ele tem o melhor treinador possível para realizar essa promessa. Nada mal para um cara que nunca jogou na CB na faculdade. O foco da offseason será adicionar interceptações ao seu jogo; tem havido vários erros e Flowers joga com um rastreio de bola consistente. Então ele vai ser um mestre completo na arte de jogar como cornerback para o Seattle Seahawks
Go Hawks!
[…] Playbook 04 – Tre Flowers, o aluno aplicado das técnicas da secundária de Seattle […]
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