Playbook 20 – Zone Blitz

A Zone blitz ou fire zone permite que a defesa pressione o QB com cinco jogadores, com 3 jogadores defendendo a zona próxima da linha de scrimmage e 3 no fundo (3-deep, 3 under). A zone blitz, é usada para disfaçar o que a defesa fará pré-snap, para causar dificuldades e confusão na leitura do QB.

Foi “criada” em 1971 pelo técnico defensivo do Miami Dolphins, Bill Arnsparger. No entanto, não foi usada até o início dos anos 90, quando o treinador defensivo Dick LeBeau popularizou o esquema no futebol profissional enquanto treinava no Cincinnati Bengals.

Essas fire zones podem forçar o quarterback a jogar no “hot” que é quando o quarterback vê uma blitz chegando e passa rapidamente para um recebedor que percorre uma rota curta. Isso envolve o quarterback ajustando seu alvo e o “hot receiver” ajustando sua rota (por exemplo, interrompendo uma rota mais profunda e correndo uma slant ou hitch). Se um quarterback na linha de scrimmage ler a defesa e identificar uma blitz vinda, ele poderá  designar um recebedor como uma leitura “hot” ou um “hot receiver”.

Em suma o que acontece aqui é: quem em tese deveria rushar, vai para marcar em zona e quem deveria marcar em zona vai para cima do QB. Isso confunde a leitura do jogador que pode passar numa posição que ele não espere que tenha alguém, mas de repente, alguém dropa ali.

Também serve para gerar sacks. Seguindo a mesma lógica, ele olha o alinhamento e não espera uma blitz de um lado, de repente… BOOM!

A grande desvantagem disso é que é pouco efetivo em jogada corridas. Além disso, tem o fato de usar DLs na cobertura. O DL não está acostumado a jogar em cobertura e, inerentemente, não será tão eficaz como um LB ou DB  que faz isso com mais frequência.

Esse lance abaixo, na semana 8, que me motivou a escrever esse texto. Colocar Reed para cobrir um slot é erro para demitir o DC pós jogo.

Funções na zone blitz

Hot 2

É um jogador que vai cobrir o curl-flat. “Hot 2” significa que o recebedor #2 será o alvo “quente” contra o blitz (o recebedor terá 5 jardas e se vira contra a blitz). Esse defensor simplesmente precisa controlar o #2 (ou quem se torna o número 2) em caso de passe. As marcações servem de referência, será 2 jardas fora do hash . Se o quarterback continuar dropando, ele chegará aos 12-14 (jardas atrás) com os olhos no quarterback. Em caso de corrida, esse jogador é responsável por conter/forçar (para dentro) o RB e deve se alinhar em relação a bola, sempre de fora para dentro.

Hot 3

Este é um trabalho simples. No passe, ele deve simplesmente chegar ao meio do campo (independentemente de onde estiver # 3) defendendo esse espaço. Se o quarterback continuar a recuar, ele dropará a uma profundidade de 12 jardas. Contra a corrida, ele simplesmente tem que reconhecer quem é o número 3 e se marcá-lo, jogando com leverage de dentro para fora.

O jogador Hot 3 é o único jogador que pode trocar atribuições com um DE (chamado de “switch“). Switcher – é o linebacker que está longe do blitz que será o jogador Hot 3 (DE que dropa será o jogador Hot 2). Se houver dois recebedores fora, o DE não poderá defender o curl (Hot 2), para que o Hot 3 (linebacker) faça uma chamada de “switch“. Tudo o que isso faz é garantir que o ataque não faça com que você saia da blitz ou a tenha desvantagem numérica em ambos os lados. O Hot 3 e o Hot 2 mudarão de atribuições e o linebacker sairá e alinhará por dentro contra o # 2.

Hot 2 da “lateral”

Este jogador recuará para 4 jardas fora do hash até a linha. Como o outro jogador do Hot 2, ele recuará para 5 jardas contra passe rápido e 12 jardas contra passe longo. Terá a mesma função no jogo corrido.

https://twitter.com/i/status/1191693372429414401

Normalmente, o Hot 2 da lateral será um DE. O treinamento para o lado defensivo é simples: “apenas recue” – é isso. Quando no limite (“ponto quente do # 2”) se o # 2 estiver no backfield (ou seja, algum tipo de 3×1 ao campo), esse jogador deve enfrentá-lo se ele executar uma inside run. No limite (lateral), essa técnica é exatamente como você jogasse como um OLB em uma defesa tradicional.

Outside blitzer

Ao exercer pressão extra com LBs e DBs, um dos rushers será o blitzer externo (ou contain). Este jogador está preparado para buscar o quarterback, mas deve reconhecer como ele se encaixa na blitz. Se o fluxo vai para longe dele, ele terá o QB de fora para dentro. Com o fluxo em direção a ele, ele atacará o RB. Em situações de option, ele sempre irá para o QB, uma vez que o Hot 2 pegará se a bola for passada para o RB.

Efetividade de quem executa a blitz

Com a zone blitz, os defensores estão atacando PESSOAS (não os gaps). Os stunts dizem aos jogadores como penetrar e atacar o passador. A mentalidade aqui é tratar os blitzers como portadores de bola (os bloqueadores são tacklers); depois de seguir o caminho correto, o blitzer deve “encontrar o campo aberto”.

Em vez de dizer a um jogador para “executar a blitz no gap A“, ele a venderá como “você fará blitz no guard”. A filosofia é seguir o caminho de menor resistência, a maneira mais rápida de atrapalhar o passador. O blitzer lutará contra o lado mais fácil. Se o bloqueador estiver protegendo mais a parte de dentro, ele atacará por fora, e vice-versa. A ideia é chegar no QB pelo caminho mais fácil.

Go Hawks!

9 Replies to “Playbook 20 – Zone Blitz”

  1. Cara, eu já sabia que não sabia de muita coisa, ou melhor, quase nada, sobre futebol americano. Mas depois de ler esse Playbook, descobri que sou um pobre diabo!

    1. Estamos aqui pra aprendermos juntos!! Qualquer coisa, estamos as ordens!!

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