Playbook 31 – Usando o Conceito Smash e Mesh

Na nossa coluna de playbook vamos começar a falar um pouco mais sobre os conceitos de ataque mais utilizados no futebol americano. Adianto que iremos falar de um modo mais geral. Cada conceito tem suas mudanças e adaptações para o playbook de cada time, ficaria basicamente impossível cobrir todas essas mudanças. Os conceitos derivam da combinação de pelo menos duas rotas. Dessa forma, é possível usar o conceito nos dois lados do campo, ou então usar as outras rotas como isca, para abrir espaço para o conceito funcionar.

Conceito Smash

O primeiro que iremos tratar aqui é o conceito Smash, que é bem comum e tradicional desde o high school, pelo fato de ser bem simples de executar e dar uma leitura mais fácil para o QB. Bom, esse é o princípio para todo o esquema. Ou facilitar a vida do QB, com um jogo mais simples, ou estressar e atacar uma parte específica da defesa adversária.

Playbook 08 – A árvore de rotas dos recebedores

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O conceito Smash cria uma leitura high-low que ataca a maior fraqueza da Cover 2, as partes externas no fundo do campo, nas duas laterais. O conceito Smash possui uma combinação de duas rotas, que são uma Corner (high) e a outra, uma Hitch (low). Se o cornerback (flat defender) ficar no recebedor com a leitura curta/low, o recebedor com a leitura high estará livre provavelmente. Por outro lado, se o cornerback for marcar o fundo, o recebedor da Corner, é provável que o recebedor da Hitch/Low estará livre. Esse conceito é eficaz contra a Cover 2 zone, bem como as coberturas da Cover 3 e da Cover 4. Preste atenção nos defensores que fazem o trabalho de buzz (no esquema da foto, seriam os OLBs) que podem pegar essa rota corner se identificarem o conceito.

Playbook 13 – Cover 2, um conceito que vem sendo usado cada vez mais em Seattle, na era pós LOB

Playbook 11 – Como funciona a Cover 3, que fez a defesa de Seattle tão temida?

Playbook 12 – Cover 4 um jeito para defender o fundo do campo

No caso da foto mais acima, temos o conceito duplicado. Dessa forma a leitura do QB é feita em um lado, da rota mais alto para a mais curta, caso não haja nada ele faz a mesma leitura do outro lado do campo. No caso da foto o RB não corre nenhuma rota, mas pode ser o passo de desafogo se estiver tudo fechado.

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Aqui temos Seattle usando esse conceito. Eles usam apenas num lado do campo, já que eles alinham no 3×1( 3 WR de um lado x 1 no outro). O RB sai numa flat para dar a opção e o WR do lado contrário faz uma rota cruzando o campo. No play action o time faz Baldwin vir no bloqueio para pegar de surpresa a defesa. Com Lockett correndo a corner ele fica com espaço livre e consegue a bela recepção.

Playbook 22 – O uso do play action

Doug Baldwin, o recebedor que mudou a arte do route running, vai deixar saudades!

Conceito Mesh

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O conceito de passe Mesh tem dois recebedores correndo rotas Shallow, mas vindo de direções opostas. Contra a cobertura individual suas rotas  criam um atrito ou uma escolha natural na cobertura dos defensores. Geralmente um dos recebedores vai ficar livre.

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Essa jogada consiste em duas rotas drag (uma de cada lado) se cruzando. A rotas dos outros recebedores variam e devem aproveitar o espaço criado. O objetivo é confundir e atrapalhar as marcações individuais no meio do campo. Existem muitas variações do conceito mesh. Se vai ser feito pelos dois recebedores de dentro, pelos dois de fora, se vão se cruzar mais próximo da linha de scrimmage ou não. Aqui iremos explicar de forma mais detalhada o Snag que foi o utilizado na jogada acima.

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Não existe nada de muito rebuscado, é o conceito mesh com a rota snag executada. Serve para colocar ainda mais pressão nos LBs que podem buscar as laterais para marcar os recebedores internos, deixando uma janela de passe para o recebedor que fica esperando no meio do campo. Percebam que é o que acontece ali em cima, os LBs se preocupam com as rotas drag e deixam um buraco no meio onde Jaron Brown recebe a bola. Detalhe para quantidade de jardas que ele consegue pós recepção.

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Conceito excelente de passe curto e funciona contra marcação individual e em zona. Neste caso, a defesa dos Rams estava marcando em Zona e as rotas de Carson e Gordon fazem os LBs hesitarem na marcação pelo meio e ficarem atentos a essas rotas, deixando a rota snag de Hollister como passe viável. No entanto, o TE dropa a bola e perdemos uma grande oportunidade.

Go Hawks!