Na nossa coluna de playbook vamos continuar a falar um pouco mais sobre os conceitos de ataque, mais utilizados no futebol americano. Adianto que iremos falar de um modo mais geral. Cada conceito, tem suas mudanças e adaptações para o playbook de cada time, ficaria basicamente impossível cobrir todas essas mudanças.
Playbook 31 – Usando o Conceito Smash e Mesh
Playbook 32 – Usando o conceito Stick e Spacing
Playbook 33 – Usando Conceito Flood e Levels
Os conceitos derivam da combinação de pelo menos duas rotas. Dessa forma, é possível usar o conceito nos dois lados do campo, ou então usar as outras rotas como isca, para abrir espaço para o conceito funcionar. O princípio para todo o esquema é ou facilitar a vida do QB, com leituras mais simples, ou estressar e atacar uma parte específica da defesa adversária.
Playbook 08 – A árvore de rotas dos recebedores
Por que tanto ódio a Schottenheimer?
Quem foi o culpado do desempenho do ataque no SNF?
Conceito Drive
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O conceito Drive tem um recebedor externo executando uma shallow cruzando o campo, enquanto o recebedor interno ao lado dele executa uma rota de dig. Com as duas rotas indo na mesma direção, cria uma leitura high/low para o quarterback. Consiste também num conceito de uma rota drag do recebedor externo e uma rota dig do recebedor interno. Principal objetivo aqui é conquistar jardas após a recepção. É uma excelente forma de bater blitz. O QB vai ter duas opções, uma em cada profundidade para fazer o passe. O outro lado da formação normalmente corre rotas mais profundas para afastar os CBs e safeties da jogada.
Na jogada acima, Hollister, por dentro, executa a rota mais profunda e Lockett, por fora, executa a rota curta. Detalhe para o fato do recebedor estar posicionado de forma a sair da linha de scrimmage basicamente sem nenhum contato. A rota de Hollister mais ao fundo chama a atenção dos defensores deixando Lockett livre para avançar e conquistar muitas jardas após a recepção. Cumprindo assim o objetivo desse conceito: passe rápido e jardas após recepção.
Conceito Dagger
O conceito de Dagger é uma combinação de rotas que é comumente usada tanto no nível da faculdade quanto da NFL. Dagger é mais frequentemente associado a Mike Martz e Norv Turner e é semelhante ao conceito “Hi–Lo“. Em sua forma mais básica, Dagger é uma combinação de 3 rotas que envolve uma rota vertical do recebedor de slot, uma drag recebedor do outro lado e uma dig do recebedor do lado do slot.
Playbook 08 – A árvore de rotas dos recebedores
Normalmente a Dagger se torna uma leitura Hi-Lo entre a drag e a dig. A drag deve esticar o campo horizontalmente o máximo possível, atraindo os linebackers deixando a dig exposta em suas costas. A Dagger também pode ser executada a partir de uma formação Trips, onde o recebedor mais interno (geralmente um Tight End ) serve como o papel de esticar o campo de forma horizontal com uma flat ou out.
Ataca bem a Cover 1, o CB do lado aberto é ensinado a jogar com leverage externo. Fuja do FS no meio do campo com a rota seam e use a rota dig para acabar com o leverage. Na Cover 2: No esquema Tampa 2, o Mike abrirá os quadris para o lado forte da formação pegando a ameaça interna profunda. Com os safeties pensando no fundo campo não podem pegar a dig, que seria responsabilidade do Mike, se ele demorar para perceber isso, vai ser explorado. Na Cover 3: Novamente, o corredor da rota seam vai ocupar o FS. A diferença é que quem marca as zonas underneath não recuarem o suficiente podem dar brecha mais uma vez para o corredor da dig. Esse foi um conceito muito usado pelos Rams para atacar Seattle na era Sean McVay.
Playbook 14 – Cover 0 e Cover 1 – É hora da blitz e do caos
Playbook 11 – Como funciona a Cover 3, que fez a defesa de Seattle tão temida?
Aqui temos mais uma variação. O RB corre uma rota flat ao invés do TE. Aí a mágica acontece: a rota profunda estica o campo verticalmente e Kearse consegue entrar dentro do campo e completa a recepção.
Go Hawks!