A realidade bateu na porta e conhecemos a versão que esperávamos dos Seahawks para essa temporada: inúmeros problemas por imaturidade de jogadores novos, um QB limitado e o time sofrendo em vários jogos. De fato, não foi fácil ver a versão real dos Seahawks, porém para quem viu a construção do time dessa temporada sabe que a semana 1 foi um lapso e que, mais cedo ou mais tarde a realidade viria à tona e veríamos a versão real do time. Página virada é hora de olhar o próximo desafio: Atlanta Falcons.
Seattle Seahawks 7 x 27 San Francisco 49ers
Começando a temporada se alguém apontasse um time diferente de Bears, Falcons, Texans ou Seahawks como pior elenco da temporada, ela provavelmente não estudou os times. E apesar de ter um elenco limitado com inúmeras deficiências, o que a gente viu dos Falcons em campo nas duas primeiras semanas não é nem de longe os piores desempenhos da temporada. Um time para ir para o Overtime contra os Saints e ainda morrer atirando e depois contra colocar um calor nos Rams no último quarto marcando 17 pontos não é para se desprezar.
Abraçar o rebuild com consciência e competência
Dois times em rebuild que precisam muito ser elogiados são os Falcons e os Lions. Afinal não é simplesmente sair trocando todo um time acumulando escolhas de Draft e cap space, mas tem essas munições nas mãos de uma comissão técnica capaz de desenvolver talentos e ativa no mercado de acordo com as necessidades e oportunidades. Tudo bem que houveram erros no processo de reconstrução dessas duas equipes, mas, nesse início de temporada, o que vemos são duas equipes em estágios diferentes nessa construção de um time vencedor, mas idênticas em seu potencial.
Com isso, após um jogo especial pelo contexto que foi contra os Broncos e uma frustração contra nosso rivais de divisão (mesmo que tenha sido conforme esperávamos antes da temporada), contra a equipe de Atlanta esperamos um jogo mais equilibrado. Sendo assim gostaríamos de trazer aqui aspectos fundamentais para o confronto do final da tarde de domingo.
Dinamismo no Ataque
O que vem sendo comum nos jogos dos Seahawks nas ultimas temporadas é ver um ataque sem dinamismo. A forma como os drives são desenvolvidos ocorrem de maneira semelhante jogada sim e jogada também. O que difere está mais naquilo do que a defesa adversária oferece ao nosso ataque.
A temporada 2022 começou semelhante. O que vimos no primeiro jogo foi um exemplo disso, um primeiro tempo onde o jogo ofensivo encaixou, mas, após o intervalo e ajustes defensivos dos Broncos, não pontuamos mais. Ficamos estagnados nos 17 pontos feitos nos 2 primeiros quartos. O ataque monótono se repetiu no segundo jogo, contra uma defesa preparada para enfrentar os Seahawks baseada na amostra dada na semana 1, o jogo ofensivo não engrenou e não conseguiu anotar nenhum ponto em todo jogo.
Em nenhum dos dois jogos o time conseguiu estabelecer o jogo corrido. Ainda não batemos 100 jardas nessa temporada. Contra os Broncos paramos de correr no segundo tempo e não marcamos pontos. Contra os Niners, o ataque apático e uma defesa cheia de erros logo deixou o jogo 20 a 0, onde não dava para correr com a mesma frequência.
Temos um grande corredor em Ken Walker, e se Waldron começar a chamar as outside zone em que ele foi tão bem em Michigan State, podemos ver mais jardas para o novato. Com isso, Smith deve ter mais tempo e liberdade para jogar e assim conseguir um ataque minimamente constante.
Defesa tem que impor o seu jogo
O nosso DC descreveu a partida contra os Niners como um show de horror. No texto abaixo, chutei o Darrell Taylor como decepção do ano, numa aposta vazia. Mal sabia eu que estaria certo. Taylor tem sido totalmente contraproducente nesses dois primeiros jogos, só aparecendo quando comete alguma falta ou algum erro. Contra os Broncos mordeu infantilmente TODOS os play actions e no último jogo, errou todos os tackles possíveis.
Por falar em tackles perdidos, a defesa de Seattle como um todo tem errado muitos tackles. No último jogo cometemos muitas faltas e novamente tivemos uma falha individual que gerou uma gafe que virou TD. Era sabido que a defesa iria oscilar por ter um time jovem, mas essa oscilação não vem acontecendo, o time só tem jogado mal.
Numa equipe com um ataque liderado pelo pior QB da liga, a defesa precisa aparecer. Se acontecer uma vantagem de 20 pontos novamente, nosso ataque não tem talento, força e capacidade de correr atrás.
O time tem que manter a Torcida no jogo
O Lumen Field é um estádio hostil para aqueles que visitam Seattle, é assim muito antes da nossa casa ter esse nome. Porém, o que vemos de um tempo para cá, apesar do confronto da semana 1 e tudo o que estava em jogo, era uma torcida barulhenta e impactante que perdia a intensidade conforme o desenrolar da partida. Isso se dava pela forma com que o time se comportava em campo, com drives ofensivos previsíveis que se resumia em run, run e bomba do RW e uma defesa que sedia muitas jardas e que sedia muitos pontos. Com isso a torcida não inflamava e refletia muito do que se desenvolvia no campo.
Nesse final de semana retornaremos ao Lumen Field. Sabemos que não terá o ingrediente que teve no confronto contra os Broncos, mas não é atoa que a torcida de Seattle é conhecida como 12th man. Cabe a equipe usar esse jogador que ganha jogos para a equipe da casa.
Jogador da Semana – 2022.Week 1 – A camisa 12
12 > 3
12 > do que qualquer jogador!