Prévia Seattle Seahawks x Arizona Cardinals

Tivemos uma semana para recuperar nossos corações daquele jogo do SNF contra os Vikings. A semana de bye normalmente ajuda Seattle, mas esse jogo será bem complicado, como falaremos a frente. Essa partida vai ser ainda mais importante, porque além de ser nosso primeiro jogo dentro da divisão, também será o início de uma série pedreira. Jogaremos com Cards, Rams, Bills, 49ers e Cardinals novamente.

Raio-X: Semana de bye, boost ou bust?

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Claro que dá para sonhar com um 5-0 nessa sequência, mas não podemos descuidar para virar um 0-5. Nesse recorte de jogos, acredito que esteja o futuro de Seattle, tanto dentro da divisão, como para reta final. Vale lembrar que enfrentaremos Eagles, Giants e Jets num momento da tabela em que os times devem estar a passeio e terminaremos contra 49ers e Rams.

Analisando o calendário de Seattle

Aí tem História…

Domingo, Seahawks e Cardinals se encontrarão pela 43° vez na história do confronto.

O Seattle lidera por 21-20 e um empate, aquele fatídico empate.

Desde 2013 não perdemos em Arizona, entretanto é o estádio com a sina das contusões… 😠

— Blog do Seahawks Brasil (@blogseahawksbr) October 19, 2020

Todo mundo já teve aquela(e) ex que só dava treta e é aquele passado de histórias que você só quer esquecer. Se fosse para definir uma franquia como esse tipo de ex para Seattle, com certeza seriam os Cardinals. O time de Arizona passou por altos e baixos, mas mesmo nos períodos de baixa, deu trabalho ao time. Fora isso, tem todas as mistícas que permeiam o confronto e o campo de Phoenix. Acho que todos os fatos mais dolorosos da história da franquia, estão por lá (tirando o SB que perdemos para os Steelers na mão grande). Até perder para Brett Hundley, nós perdemos.

A maldição do pássaro de Arizona que lesiona jogadores

Kyler Murray

O QB que vem de temporada de OROY (que não foi a escolha correta na minha opinião), venceu de forma tranquila os Cowboys, mas seus números não foram dos melhores. Teve 9-24, 188 jardas e 2 TDs com 93.7 de rating. Para falar a verdade, ele incomodou mais correndo com a bola do que passando, 10 corridas, 74 jardas, 7.4 YPC e 1 TD. Seattle já enfrentou um QB móvel na semana 2 contra os Pats, mas aqui enfrentamos uma espécie nova. Newton é um QB num corpo de um edge, então para derrubar o cara dá trabalho. Murray já é bem menor, mas com isso vem muito mais elusividade para escapar de tackles na agilidade, ao invés da força. Esse é um artificio que acredito que será muito usado no plano ofensivo de Arizona.

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Jogo Corrido

Nós éramos a terceira melhor defesa contra o jogo corrido, mas na partida contra os Vikings, vimos que ainda temos muito a melhorar. Caímos para um desempenho geral de 3.9 YPC. 100 jardas por jogo  e sendo a sétima da liga. Isso vem da diferença do estilo de corrida, enquanto os primeiros times usavam em sua maioria corridas mais internas, os Vikings usavam corridas mais externas e focaram muito em deslocar Wagner do combate ao jogo corrido.

Kenyan Drake Amazing 80 yard TD run against Seahawks pic.twitter.com/m4qWe3hSSF

— Highlights Essentials (@HighlightsEsse1) December 24, 2019

O esquema de Cardinals (e semana que vem, Rams), se assemelha bem mais ao jogo dos Vikings do que aos das primeiras semanas. Um dos responsáveis por isso, além do QB que falamos acima, é Kenyan Drake, que começou o ano devagar, mas na semana 6 voltou ao desempenho do fim da temporada passada, com  20 corridas e 164 jardas, 8.2 e 2 TDs. Vale lembrar que o time sofreu com ele na última semana da temporada passada. Além dele, Chase Edmunds também é opção e segurou o piano até Drake pegar o ritmo.

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Um cara que pode ajudar com sua experiência e bom trabalho contra corridas em geral, é Damon Harrison que assinou pelo time de treinos. O DT rejeitou propostas de time principal de Bucs e Dolphins, ou seja, em algum momento ele virá para o elenco principal de Seattle. Ele estava muito tempo fora da NFL, então ainda não tem data de estreia definida, mas vamos aguardar e torcer.

Finalmente Damon Harrison se torna um Seahawk!

O Arsenal Aéreo dos Cardinals

Eu poderia acabar esse tópico só com dois nomes: Hopkins e Fitzgerald. O primeiro está entre os melhores recebedores da NFL e o segundo um dos melhores recebedores da história. Vou nem citar a stat em que Fitz tem mais tackles na carreira que drops. Mas além dessas bolas de segurança que Murray procurou quando esteve em apuros o time ainda tem dois nomes menos badalados.

Por coincidência, eram dois caras que no processo do draft acho que encaixariam bem em Seattle, principalmente o primeiro: Kirk, e para completar Isabella. Kirk não teve o impacto que esperava, mas começou a ser melhor utilizado, já que, combina bastante com esse esquema novo dos Cardinals. Isabella é uma grande arma em profundidade.

Com muitos recebedores espalhados no campo, o time vai explorar a secundária de Seattle que vem com problemas. Apesar de ceder um rating de apenas 89.7 (7º da liga), o time cede 370 jardas por jogo. É o match que não dá alegria para gente, principalmente se não tivermos Dunbar disponível e formos obrigados a colocar Flowers em campo. Adams também tem feito falta e a “secundária” dos sonhos, jogou apenas um jogo junto. No segundo Diggs foi ejetado, no terceiro Dunbar e Adams se machucaram, e só o CB voltou na última partida contra os Vikings, mas ainda sentindo dores e alternando com Flowers.

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Existe uma velha máxima no futebol que diz que não é possível defender o passe perfeito. Sendo assim, você mata o mal pela raiz, e impede que o passe saia. Vamos precisar do nosso pass rusher de forma forte nessa partida. A participação de Adams pode dar ao time a força em blitz que normalmente foram efetivas na semana 1 e 2.

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Numa campanha quase que perfeita em busca do MVP, Wilson tem 19 TDs, líder da NFL, 300 jardas por jogo, 129.8 rating, líder da liga novamente e 8.9 jardas por passe. Quase um first down  a cada passe. E ele é o maestro do ataque que tem 34 pontos por jogo, e lidera a liga em aproveitamento na redzone, com 88.9%. Metcalf vai ter a sua frente Patrick Peterson, um dos poucos CBs que o WR não levou a melhor no ano passado, sendo quase que anulado nos dois confrontos. Depois de queimar Ramsey, Humphrey, Gilmore e outros, DK deve querer adicionar a sua lista o grande PP. Do outro lado, temos Byron Murphy um dos jogadores que mais me doeu no coração não vir para Seattle e ainda acabar num time rival. Era fã demais dele no draft. Ele vai dar trabalho para Lockett que teve alguns momentos apagados nos dois últimos jogos e sua presença vai ser muito bem vinda nesse.

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A defesa dos Cards deve usar a estrátegia dos Vikings de tentar dirrimir as opções no fundo do campo para Wilson, dobrando com os safeties. Apesar de Baker ser um bom safety ele só fez sua primeira INT no jogo passado, que contribuiu para deixar Dalton com apenas 65.8 de rating. O time de Seattle tem que estar preparado para atacar com jogo corrido, que tem 4.9 YPC, 115 jardas por jogo e usar os TEs para receber passe no meio do campo, contra os LBs dos Cards.

Na questão da OL, além de cuidar das possíveis blitz de Baker e cia, o time terá um pequeno refresco, já que Chandler Jones está na IR. O jogador da mesma universidade de Alton Robinson tem mais sacks em Wilson do que contra as franquias de 49ers e Rams juntas. Ainda assim, o time pressionou demais Dalton na última partida, apesar do time de Dallas estar com basicamente um titular na linha. Vai ser um bom teste para nossa OL que vem sendo elogiada.

O jogo iria ser as 17:00 e transmitido na FOX Sports. Contudo, devido a um possível caso de COVID na OL dos Raiders, moveu o jogo para horário nobre. Arizona. Phoenix. Horário nobre. Bola na linha de uma jarda. 6-6. Lesões de Chancellor e Sherman…

Go Hawks!