Fracasso e decepção são coisas relativas a um ponto de vista. Por exemplo, se você pensa em ser o cara mais rico do mundo e só vira o cara mais rico do continente, você vai entender isso como fracasso, mas, para quantas pessoas isso não seria o ápice de um sonho? A temporada dos Seahawks não está mais nas próprias mãos, de forma que ainda que vençamos todos os jogos, vamos depender dos adversários para conseguir o sucesso tendo apenas 3% hoje.
Análise San Francisco 23 x 30 Seattle Seahawks
Meu padrão de fracasso para essa temporada, foi atualizado para: “não quero entregar uma pick top-10 para os Jets”, fazendo com que o negócio caro por Adams, fique ainda mais caro, sem contar com a fatídica lesão dele. E só para contextualizar, nos últimos anos Seattle trocou 3 vezes sua pick de primeira rodada por um jogador. Percy Harvin, Jimmy Graham e Jamal Adams, TODOS tiveram problemas de lesão chegando aqui. Inclusive, os dois últimos nunca tiveram um grande histórico de lesão. Existe alguma energia bem pesada nessa primeira rodada de Seattle.
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Voltando a questão do objetivo, se conseguirmos não ser lanterna da NFC/NFC West e desempenhar bons jogos, seria algo bom na atual conjuntura. Um bônus é ter chance de jogadores jovens se provarem, como Taylor, Robinson, Brooks, Eskridge (que nem é tão novo assim para NFL), Forsythe e Curhan. Obviamente não estou pedindo para colocarmos o “time B” em campo, mas deveria ser uma meta dar tantos snaps quanto possíveis para esses caras, pensando nos próximos anos.
A maldição do QB reserva vai voltar?
Tyrod Taylor sofreu uma lesão, de forma que até o momento não temos 100% de certeza de quem será o titular. O time de Houston já deu algumas chances para David Mills, podem fazê-lo mais uma vez. Mas enfrentar um QB reserva tem sido um desafio hercúleo para os Seahawks nos últimos tempos.
O time perdeu para Colt McCoy duas vezes, Brett Hundley, Teddy Bridgewater, Wolford/Goff com dedo quebrado. De forma que isso não passa confiança nenhuma para a torcida. Confesso que o que parece é que o time entrou naquele bom e velho salto alto contra essas equipes. O diferente dessa vez é que os Seahawks estão 4-8 e perder esse jogo (ou qualquer outro daqui par ao fim da temporada) significa dar a Wilson sua primeira temporada com record negativo.
Linha Ofensiva consegue produzir algo?
Aparentemente teremos o retorno de Lewis, que vai ser um upgrade em relação a Fuller e Curhan, que jogaram as últimas partidas. Ainda que o segundo-anista não esteja nem de perto repetindo suas boas exibições do ano passado, seu retorno nos dá algum alento, dado o ano miserável que a OL tem tido.
Raio-X: Os problemas da linha ofensiva de Seattle
Jackson que para muito daria uma grande segurança para Wilson, tem destruído seus números jogo a jogo, desde a partida contra os Packers, sendo o líder do time em pressões cedidas nesse período. Ao seu lado, ele deve ter um novo parceiro, já que a chance de Shell jogar são bem pequenas, ainda não treinou essa semana.
Isso dá oportunidade para dois novatos, Jake Curhan e Stone Forsythe. Apesar de não ser a posição de origem de Forsythe, seria interessante vê-lo em alguma ação na NFL. Espero que o time use a estratégia de revezar os dois novatos durante o jogo, para dar snaps par ambos e termos alguma noção do que podemos contar para o ano que vem.
Jacob Martin, ex-cria de Seattle, tem jogado muito bem e fazendo uma bela dupla com Jonathan Greenard, de forma que o time se sentiu confortável de cortar o veterano Withney Mercillus. No miolo da linha eles tem Malik Collins e Ross Blacklock como possíveis ameaças para o passe, e Roy Lopes que foi o grande achado deles no draft, parando o jogo corrido de Seattle, que tem sido bem improdutivo.
Quem é o culpado do mal desempenho do jogo corrido?
Wilson vai seguir sua evolução, ainda que pequena, jogo a jogo?
Eu acho que nem o mais otimista dos torcedores tem se agradado das exibições de Wilson. Porém, da mesma forma que você não pode negar que ele está jogando MUITO abaixo do seu nível, você também não pode negar que ele tem evoluído, ainda que pouco, de jogo em jogo.
Vai enfrentar uma defesa que outrora já teve nomes fortes na linha defensiva e que esse ano decidiu por cortar veteranos com contratos pesados para dar chances a jovens. Se Wilson conseguir escapar do Desmond King e Justin Reid no fundo do campo, esse time pode conseguir ter um ataque consistente, mas vamos aguardar o desempenho da OL.
Qual impacto da lesão de Jamal Adams?
Claro que o meme de “sem Adams em campo Seattle sofreu 0 pontos contra os 49ers” nem precisa ser explicado. Ele teve sucesso atacando o QB? Não. Inclusive, Neal tem um sack no ano e Adams não. Mas esquematicamente, Seattle deve mudar bastante. O time tinha estabelecido muitas chamadas de cover 2/cover 4/cover 6 por conta do range de Adams. Neal não tem esse range, e por isso o time deve ser forçado a chamar bastante cover 3. Ainda sobre o safety ele cedeu mais de 100 jardas no jogo contra os 49ers.
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“Ah, mas cover 3 não é a cara de Seattle?” Sim pequeno gafanhoto, mas isso expõe o time ao conceito dagger, que basicamente explora as costas dos LBs, e hoje temos Wagner “cansado” na cobertura (mesmo sendo um MONSTRO no jogo corrido) e Brooks que apesar da melhora, ainda tem oscilado bastante nesse quesito. Vamos combinar também que ajustes não seria o nome do meio da nossa comissão técnica, e quando a equipe começava a mostrar alguma segurança na secundária, além de perder mais um titular, deve sofrer mudanças esquemáticas. (Isso porque nem estou entrando no ponto que DIGGS NÃO TREINOU AINDA ESSA SEMANA!)
ESSE JOGO VALE TODA SUA TORCIDA!
Go Hawks!
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