No próximo dia 30 de Janeiro, acontecerá o Shrine Bowl. É o segundo All Star Game mais importante, depois do Senior Bowl. Eric Galko tem feito um trabalho muito bom nos últimos anos, melhorando o evento e conseguindo prospectos mais importantes. Ele já conseguiu Isiah Pacheco e Brock Purdy, que foram escolhas de fim de Draft que deram muito certo, bem como Zay Flowers, um recebedor de primeira rodada.
Durante a semana que antecede o evento os jogadores se encontram com os 32 times e temos os treinos. São sessões de 1v1 de OL x DL, WR x CB, TE x S/LB, além de drives com 7 versus 7. Esses drills dão muito destaque a alguns prospectos e podem fazer os stocks subirem rapidamente.
Vamos lá!
Shedeur Sanders, Colorado
É sem dúvidas o prospecto mais conhecido do evento. Ele pode ser o primeiro QB a ser escolhido e até a primeira escolha geral do Draft. Ele tem um estilo de jogo que lembra bastante o de Geno Smith. Eu acredito que ele não irá para o jogo, vai apenas treinar para manter o stock.
Ele é um bom prospecto, pode lançar sob pressão. A OL de Colorado era extremamente problemática e Sanders conseguiu produzir bons momentos escalando o pocket. Numa classe mais forte, fatalmente Sanders não seria um dos QBs de topo, mas devido a escassez de talento, alguns times devem puxar o gatilho dentro do top-5.
Max Brosmer, Minnesota
Como eu disse acima a classe de QB não é boa. Sendo assim, prospectos da posição devem sair bem antes do que o esperado. Dessa forma, Seattle não deveria se movimentar até o dia 3. E nesse range, um excelente nome seria Max Brosmer, QB de Minnesota.
Brosmer chamou minha atenção no Draft passado quando assistia os tapes de Dylan Laube de New Hampshire. Esse ano ele se transferiu para Minnesota e conseguiu produzir mesmo numa competição maior. Excelente capacidade de antecipação e domina os passes intermediários.
Brady Cook, Missouri
Eu esperava um salto de produção de Cook, mas o ataque de Missouri não atendeu as expectativas. Cook lançou 50 passes para touchdown em 47 jogos de carreira com os Tigers, sendo titular em cada uma das últimas três temporadas.
A boa produção de Luther Burden (um dos prováveis candidatos de WR1) veio da boa conexão com Cook. Haverá algumas questões sobre sua força de braço. Contudo, Cook tem excelentes características intangíveis, visto como um grande líder e um cara com extrema bravura em busca das vitórias.
Kyle McCord, Syracuse
McCord pode ser outra boa aposta de dia 3. O QB conseguiu bons números depois de sair de Ohio State. Liderando a FBS em passes completos (391), tentativas de passe (592) e jardas de passe (4.779), McCord terminou em 10º na votação do Troféu Heisman e teve 13 TDs e nenhuma interceptação em seus últimos cinco jogos.
Phil Maphah, Clemson
Maphah foi uma grande arma para Clemson na redzone. Esse foi um grande problema para Seattle. O RB de Clemson pode ajudar nisso. Ele não tem a top speed de outros RBs, mas compensa isso com força e equilíbrio, correndo sempre com paciência esperando seus gaps abrirem.
Rocket Sanders, South Carolina
6’2 e 237lbs é o típico prospecto de Power Back. Seu maior destaque foi em 2022 quando ele ainda estava jogando por Arkansas. Ele provavelmente não receberá snaps em terceiras descidas, mas deve ser de grande ajuda nas primeiras descidas e na redzone. A grande diferença para Maphah é que ele teve seus momentos como home-run hitter.
Oronde Gadsden, Syracuse
Ele é um tipo diferente de TE. Ele não vai adicionar muito in-line, mas suas qualidades aparecem como big slot, ao melhor estilo Darren Waller. Ele tem fisicalidade para ganhar de nickels e velocidade para vencer LBs e Safeties em profundidade. É uma ameaça constante em fades e seam e um excelente route runner, e é físico e rápido para conseguir jardas após a recepção.
Luke Lachey, Iowa
Tem o futebol americano em seu DNA, sendo filho de Jim Lachey. Luke é um grande atleta com background de basquete. Lachey é um excelente bloqueador por zona e um alvo seguro em todas as zonas. Ele ataca bem a bola e é um recebedor seguro e sólido. O grande problema é que ele teve uma lesão em 2023, que inclusive fez ele voltar par amais um ano.
Mitchell Evans, Notre Dame
Tem um excelente frame, que utiliza muito bem para ajudar nos bloqueios. Tem boa noção para achar o espaço entre as zonas e é um recebedor muito seguro. Contudo, ainda precisa refinar sua técnica de bloqueios, além de correr uma árvore de rotas mais reduzida em ND.
Ricky White, UNLV
UNLV teve uma temporada muito boa e um dos motivos para isso foi o bom ano de Ricky White. Ele alinha no outside e no slot. É uma ameaça vertical incrível ajudando a esticar o campo. Mesmo sendo uma arma vertical, é capaz de receber no tráfego no meio do campo. Ademais, ele tem um trabalho incrível nos times especiais, bloqueando 4 punts.
Antwane Wells, Ole Miss
Wells foi usado no slot, como X Receiver e até saindo do backfield em alguns momentos. É muito veloz e uma arma vertical. Capaz de conseguir muitas jardas após a recepção, se tornando um fit perfeito no esquema de Ole Miss, inflando os números de Jaxson Dart. Wells precisa melhorar sua falta concentração em alguns momentos que causa alguns drops.
Kaden Prather, Maryland
Kaden Prather traz uma mistura intrigante de tamanho, habilidades com a bola e capacidade de fazer grandes jogadas. Sua estrutura e catch radius o tornam uma ameaça imediata na red zone, enquanto sua versatilidade em correr rotas sugere potencial como um movimentador de correntes. O desempenho de Prather contra a competição de alto nível indica que ele pode contribuir cedo em uma função rotacional.
Esquematicamente, Prather se encaixa em ataques que enfatizam jogos de passe vertical e aquelas que criam matchups baseados na fisicalidade.. Embora seu teto atlético possa limitar seu stock de Draft, o conjunto de habilidades e a produção de Prather o perfilam como um potencial WR2/WR3 com espaço para crescimento.
Xavier Truss, Georgia
Georgia tem conseguido produzir bons OLs e principalmente aqueles que são atléticos. Truss tem 6’7 e 320lbs, algo que farão os scouts terem atenção ao seu jogo. Ele pode jogar como OT, mas também tem versatilidade como OG, outro ponto extremamente positivo para seu stock. Seu principal desafio é vencer a batalha de leverage/pad level que os seus 6’7 trazem.
Joshua Gray, Oregon State
Provavelmente será testado como OG. Ele joga num esquema focado no jogo corrido, então seria um fit interessante para times que rodam muito zona. Tem facilidade para chegar ao segundo nível e tem um incrível conhecimento do jogo.
Gus Hartwig, Purdue
Traz a experiência de quase 40 jogos como titular. Grande líder, jogador inteligente e com boa capacidade para bloquear em pulls e no segundo nível. Tem boa ancoragem no pass protection, mas perde contra finesse moves, precisando evoluir nesse quesito.
Kenneth Grant, Michigan
Provavelmente o prospecto mais alto nos boards depois de Shedeur Sanders. É um DT enorme com mais de 330 libras. Ele é um desafio para os OLs adversários moverem, principalmente em corridas de gap. Tem boa antecipação e reconhecimento de bloqueios. O seu grande problema é que ele não adiciona muito como pass rusher e precisa melhorar sua movimentação lateral.
Nazir Stackhouse, Georgia
Tem 6’3 e 320, tamanho e peso ideias para a NFL. É um excelente run stopper, extremamente físico e absorve bem os bloqueios duplos para abrir espaço para seus companheiros. Assim como Grant, ele deixa a desejar no quesito pass rush. Sem muito a adicionar para Georgia, ele raramente joga em terceiras descidas.
CJ West, Indiana
West passou boa parte da sua carreira em Kent State. Esse ano ele se transferiu para Indiana e foi um dos destaques do time que chegou nos playoffs. Ele não é um bull rusher e vai sofrer contra OLs mais forte. Contudo, ele tem um excelente primeiro passo e joga com violência em todo o snap. Pode alinhar como 0, 1, 2 e 3-tech.
Chris Paul, Ole Miss
Um dos prospectos mais subestimados da classe. Paul teve um excelente ano em Ole Miss depois de se transferir de Arkansas. É um excelente atleta e se destaca na cobertura. Sua mudança de direção permite marcar RBs e TEs e ele tem velocidade para segui-los em rotas mais profundas. No jogo corrido ele consegue marcar sideline a sideline, contudo, precisa melhorar sua capacidade de sair de bloqueios dos OLs Maiores.
Jay Higgins, Iowa
Jay Higgins é um linebacker bem condecorado e altamente produtivo. Ele é duas vezes All-American e acumulou quase 300 tackles nas últimas duas temporadas combinadas. A maior razão pela qual ele conseguiu atingir esses números é seu motor implacável e bons instintos, que lhe permitem estar no lugar certo com mais frequência do que não.
Ainda não temos os números do combine, mas ele parece ter braços curtos. Isso faz com que seja mais difícil para ele escapar de bloqueios de OLs uma vez que engajem no LB.
Shavon Revel, ECU
Revel é um prospecto de primeira metade da primeira rodada do Draft. Contudo, ele se lesionou na última temporada e isso vai afetar bastante seu stock. Não é comum para um CB de 6’3 se movimentar como ele se movimenta. Fluidez de quadril, podendo se encaixar em esquemas de zona e de cobertura individual. Ele também é um excelente tackleador, mostrando uma fisicalidade incomum para um CB.
Cobee Bryant, Kansas
O peso dele (170lbs) será uma questão. Contudo, Bryant é um CB alto de braços longos e com excelente capacidade de ball hawk. É um tackleador disposto que não tem medo de sacrificar seu corpo no jogo corrido. Sua mudança de direção e top-end speed serão problemas no próximo nível.
Zah Frazier, UTSA
Jogando na mesma universidade de Tariq Woolen, Frazier também é um CB muito alto (6’3) e com braços longos que ajudam na press coverage. Ele não é um avatar igual a Woolen, mas tem muito potencial. Apenas um tackle perdido na carreira, 6 interceptações em 2024, o segundo melhor número na FBS.
Forever a 12s!