Qual potencial Will Dissly pode atingir?

Seguindo nossas análises do elenco, hoje vamos falar de Will Dissly TE do nosso time, que infelizmente se lesionou no início do jogo 4 da temporada, depois de mostrar flashes de um ótimo teto. Até onde ele pode chegar?

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Will Dissly, que tem 6’4 (1,93cm) e 270lbs (122 kg), começou sua carreira sendo recrutado por Washington como defensive end e jogou nessa posição nos dois primeiros anos da sua carreira. No primeiro ano atuou em 6 jogos e registrou apenas 2 tackles. No segundo, iniciou um jogo e participou dos outros 13, conseguindo 8 tackles, 3 para perda e 1 sack. Foi após o fim do segundo ano que lhe foi pedido que tentasse a mudança de posição e teve 4 recepções para 47 jardas e 1 TD. No seu último ano teve 21 recepções para 289 jardas e 2 TDs, sendo fundamental principalmente nos bloqueios ao jogo corrido. Vale salientar que nunca dropou (soltar a bola após receber o passe, tornando-o incompleto) uma bola no college.

Com a vigésima escolha da quarta rodada, Seattle escolheu Dissly, que era conhecido como o TE com melhor bloqueio da classe, isso aliado a promessa que Seattle investiria pesado no jogo corrido novamente. Entretanto no começo da temporada regular, foi possível ver que Dissly não era apenas um bom bloqueador, mas sim uma ótima opção de passe também.

Então vamos aos lances do camisa #88:

Já que falam tanto de Dissly no bloqueio, começaremos por eles. Percebam por quantas jardas ele empurra o adversário chegando até empurrar dois jogadores com seu grande esforço. Talvez pelo sua base como DE faça com que ele não tenha medo de se colocar nos bloqueios e não fuja do contato.

Aqui ele consegue bloquear numa jogada de passe um jogador bem maior que ele, dominando facilmente. Ele NUNCA cedeu nenhuma pressão em bloqueios de passe no college, nesse lance ele mostra força e bom trabalho com os pés.

Nessa jogada ele bloqueia ninguém menos que KHALIL MACK, absorvendo o impacto para dar tempo para Wilson fazer o passe.

Na jogada contra os Broncos, ele bloqueia no segundo nível, chegando com velocidade e totalmente inteiro no lance, fazendo o contato com adversário. No lance contra Cards, numa inside zone Dissly bloqueia por basicamente 20 jardas, criando um espaço gigante para Davis avançar. Em ambos os lances mostra um ótimo atleticismo.

Nessa jogada ele faz um bloqueio conhecido como reach block e juntamente com o pull de Sweezy abre espaço para Penny avançar.

Dissly executa muito bem o bloqueio conhecido como wham block. Esse bloqueio consistem em um trap (quando um jogador da DL não é bloqueado pelo OL que está a sua frente, é deixado desbloqueado até que um jogador de outra posição venha fazer o bloqueio de “surpresa”) executado pelo jogador que está em movimento (normalmente um TE). Mais uma vez bom posicionamento das mãos e bom primeiro impacto, criando o gap para Carson.

Nem tudo são flores nos bloqueios de Dissly, aqui e em alguns outros lances ele é batido por um counter moves facilmente e por sorte acabou não prejudicando a jogada.

Dissly também é uma ameaça no jogo aéreo, teve 8 recepções para 156 jardas, 2 TDs e ZERO dropsVamos a algumas jogadas dessas:

Essa foi a jogada de impacto que fez todos olharem para Dissly, como mais do que apenas um bloqueador. Além dos ajustes das rotas para achar o espaço entre as zonas, ele mostra uma qualidade que via muito no seu tape no college, a dificuldade que os defensores tem de derrubá-lo. Ele não é um Gronk, mas veja o trabalho que os adversários tem para conseguir levá-lo ao chão, muito atleticismo, belo corte e bela execução de rota, além de uma enorme determinação.

Primeira recepção de Dissly na carreira, e justamente para TD num lance de redzone. Ele executa o chip, que é quando o jogador faz um primeiro bloqueio, apenas para tirar o ímpeto do adversário e depois sai para fazer a rota. Nessa jogada, o DB cai na armadilha do play action e deixa espaço que Dissly sai para explorar.

Aqui méritos totais para Dissly e Wilson. O QB presta atenção quando Dissly faz a leitura correta do espaço após baterLB. Detalhe que após o impacto ele consegue quase 5 jardas.

Mais uma exibição da sua qualidade em conquistar jardas após a recepção. Os Bears vinham com uma defesa se preocupando mais com o a recepção longa e estava bem recuada, o TE vê o espaço no meio do campo, faz a finta em Eddie Jackson e ainda avança mais umas dez jardas.

Nessa jogada podemos ver que ele pode ser bem utilizado em situações de redzone (20 jardas finais do campo). Ele começa executando uma rota drag, mas quando vê o espaço aberto ele inteligentemente interrompe a rota e vira para Wilson, dando opção para o QB marcar o TD.

Para responder a pergunta do começo do post vamos explicar os tipos de Tight Ends que existem:

  • Y-tight end ou In line tight end: é o TE tradicional. Vai ser o que alinha com uma das mãos no chão e ajuda no jogo corrido e na proteção ao passe e normalmente é bastante utilizado em jogadas na redzone. É utilizado normalmente nas três descidas. O protótipo desse jogador é pelo menos 1,93m (6’4”) e com peso entre 115kg (253lbs) e 125kg (275lbs).
  • F-tight end ou Flex tight end: Esse jogador vai participar mais ativamente do jogo aéreo, alinhando no slot. O jogador precisa ser atlético e bom recebendo passes. Esse arquétipo teria no máximo 1,90m de altura (6’3”) e pesando entre 100kg (220lbs) e 110kg (243lbs).
  • H-back: É um tight end menor que trabalha como um bloqueador a mais na linha, ele alinha uma jarda atrás da OL, diferentemente do TE tradicional. Em tese tem que saber bloquear, correr rotas e receber passes. Pede-se um jogador no máximo com 1,93m (6’4”) e mais ou menos 125kg (275lbs).

Com a saída de Graham, a posição de TE ficou vaga, o time trouxe Ed Dickson, para trabalhar mais como bloqueador e Vannett finalmente teve uma temporada saudável para jogar. Dissly se mostra como um Y-tight end, sendo bem versátil, trabalhando bem em bloqueios e recebendo bem passes, PRINCIPALMENTE na redzone que é fundamental esse aproveitamento para quem é da posição.  Tem atleticismo tanto para bloqueios como execução de rotas e entendimento das zonas e de como explorá-las. Com a recuperação da lesão, se ele trabalhar mais em bloqueios contra counter moves e continuar estudando bem a execução de rotas, tem tudo para ser uma ótima opção de passe.

Go Hawks!

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